DEPRO - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Por: Adrielle Schiassi • 17/3/2019 • Trabalho acadêmico • 6.212 Palavras (25 Páginas) • 123 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO[pic 1]
ESCOLA DE MINAS
DEPRO - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PRO314 – GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS
Profª Tania Rossi Garbin
Estudo sobre satisfação no trabalho terceirizado do serviço de limpeza da UFOP
Adrielle Schiassi
Daiane Martins
Gustavo Antonio Pereira
Otávio Campos
Salvador Junior
21 de março de 2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 Serviços ligados à higienização de espaços públicos 1
1.2 Trabalhadores invisíveis – Limpeza e faxina 2
1.3 A falta de reconhecimento enfrentado pelos terceirizados e questões de gênero 4
2 OBJETIVOS 7
2.1 Objetivo geral 7
2.2 Objetivos específicos 7
3 METODOLOGIA 8
3.1 Delineamento 8
3.2 Sujeitos de pesquisa e lócus 8
3.3 Processo de coleta de dados 9
3.4 Técnica de análise de dados 10
4 RESULTADOS / APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS 12
4.1 Relação com os alunos 12
4.2 Relação com os professores 13
4.3 Relação com os técnicos administrativos 14
4.4 Educação dos usuários 14
4.5 Tratamento diferenciado 15
4.6 O trabalho em si 16
4.7 O vestuário e a exclusão 16
4.8 O reconhecimento do trabalho 17
5 CONCLUSÃO / SÍNTESE DAS UNIDADES DE SENTIDO 18
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
INTRODUÇÃO
Serviços ligados à higienização de espaços públicos
As ações ligadas à higienização de espaços públicos de convivência são relevantes para os relacionamentos sociais, uma vez que promovem um local acolhedor no qual as pessoas sentem-se confortáveis em permanecer. Além disso, as relações de trabalho e demais manifestações de encontro, aprendizado, socialização são beneficiadas em função da limpeza dos espaços.
Todavia, em uma relação inversamente proporcional a valorização da limpeza em espaços de convivência públicos encontra-se a valorização do trabalho do profissional da limpeza. Assim, as pessoas desejam permanecer em ambientes limpos e higienizados, mas não atribuem valor ao executor da limpeza. Este trabalhador, na maior parte das vezes, mulher, é significado com um ser com pouca instrução e oportunidade de crescimento profissional, pois do contrário não estaria realizando uma atividade tão desqualificada.
Dessa forma, limpeza é socialmente almejada e observada pelos usuários do serviço, no entanto, as executoras da mesma passam despercebidas, sendo lembradas somente quando necessário se faz proceder a higienização de algum objeto ou espaço. Pode-se pontuar que o trabalho é significativo, mas o trabalhador não.
Neste cenário, o presente trabalho visa analisar as vivências e percepções de funcionários da limpeza atuantes em uma Universidade Federal acerca de seu trabalho. A relevância desta proposta de pesquisa consiste em atribuir voz as pessoas que não são valorizadas em seu ambiente de trabalho, por realizarem uma atividade que pressupõe pouca qualificação.
Para desenvolvimento deste trabalho foram realizadas entrevistas de caráter semiestruturado com oito mulheres atuantes em cinco unidades acadêmicas de uma Universidade Federal no setor de limpeza, uma vez que não foram encontrados homens que ocupavam cargos ligados à faxina. Os dados transcritos foram interpretados via análise de conteúdo.
O trabalho está estruturado, além das partes de introdução e conclusão, em três eixos centrais de discussão. Primeiramente, tem-se uma revisão de literatura acerca do trabalho por invisíveis, a fim de nortear e embasar a análise dos dados coletados. Em um segundo momento, apresenta-se o percurso metodológico adotado para realização da pesquisa. Por fim, ocorre a apresentação e análise dos dados.
Portanto, espera-se que essa investigação acerca do trabalho de invisíveis evidencie e atribua voz as percepções das trabalhadoras da faxina, sempre relegadas a um posicionamento social inferior e submisso.
Trabalhadores invisíveis – Limpeza e faxina
Ordinariamente a divisão social do trabalho faz com que certos tipos de trabalhadores sejam considerados invisíveis, como aqueles que fazem limpeza (garis, faxineiras etc.).
Isso decorre da questão da indiferença, do preconceito ou da alienação, sendo dirigidos aqueles trabalhadores à margem da sociedade.
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