Dinamica plana

Introdução

No planeta Terra pode-se observar que várias coisas estão em movimento, podendo ser causado por algo que o causou ou simplesmente por sempre esteve em movimento na natureza.

O presente trabalho tem o intuito de apresentar o assunto: Dinâmica do Movimento de translação, todavia para isso pretende-se abordar antes um breve histórico sobre o processo das ideias sobre o movimento.

Há muito tempo os antigos já se intrigavam com essa ideia das coisas na natureza estarem em movimento. Os primeiros a tentarem explicar esse fenômeno, de que sem notícia, foram os filósofos pré-socráticos^[1], os quais preparam um raciocínios que séculos mais tarde Aristóteles^[2] faria uso para aprimorar seu pensamento sobre o movimento.

Outro influente cientista que observou o fenômeno foi Galileu Galilei^[3] que elaborando o estudo sobre o pêndulo, tornado o telescópio melhor para observação do sistema solar revolucionou o método científico.

No século XVII, surge Isaac Newton^[4] com a elaboração de suas três, dando continuidade ao pensamento científico, finalmente dá início à formação da física como conhecemos hoje, a física moderna.

1. Historial

No que concerne aos estudos de dinâmica do movimento de translação, faz-se necessário, antes de tudo, abordar sobre os mementos da história em que a análise desse fenômeno, o movimento, teve grande relevância. Seguindo uma linha cronológica dos acontecimentos começa-se com os pensadores pré-socráticos, até chegar-se à física moderna.

Desde a antiguidade o movimento era observado, visto que esse fenômeno, faz parte da natureza. Porém as primeiras tentativas de conceituar este elemento, aconteceu por volta do século VI a.C., com os filósofos pré-socráticos, depois, passando dois séculos, aparece outro pensamento cujo autor é Galileu Galilei, o qual viveu no século IV a.C.. Tem-se após, Isaac Newton, desenvolvendo suas três leis, dá continuidade ao pensamento de Galileu. Mais tarde aparece o conceito de Impetus, finalmente, o conceito e o estudo do movimento começa a se tornar como o conhecemos na atualidade. (BAPTISTA; FERRACIOLI (1998), p. 187)

1.2 Pré-socráticos

Começando os fatos registrados do estudo do movimento, têm-se os pensadores pré-socráticos os quais dão os primeiros passos para explicar o movimento. Ao se referir a esse momento da história, José Plínio Baptista e Laércio Ferracioli (1998) em seu artigo “A Evolução do Pensamento sobre o Conceito de Movimento”, afirmam:

As primeira idéias envolvendo a matéria dinâmica primordial preenchendo todo o cosmos, denominada de Princípio, partiram do filósofos Jônicos entre os séculos VII e IV a.C., que posteriormente, Aristóteles (c.384-322 a.C.), passou a denominá-los de ‘Físicos’.(1998, p. 188)

A partir desse momento começa-se a aparecer as primeiras evidências sobre a observação do fenômeno em questão, é claro iniciando com os filósofos considerados os sábios daquela época. Os autores continuam nessa progressão da história:

Com exceção do filósofo eleata Parmênides (c. 540-450 a.C.),  as concepções cosmológica desses filósofos pré-socráticos apresentam semelhanças gerais, principalmente no tocante ao papel desempenhado pelo movimento. Para estes ‘físicos’ o movimento é apresentado como um estado de permanente matéria e fundamentalmente importante para o entendimento dos processos de formação que se desenvolvem na natureza.( BAPTISTA;FERRACIOLI,1998, p.188)

Pode-se constar, de acordo com estes autores, a presença do interesse dos pensadores, desde o início, para com deslocamento das coisas no mundo, dado que isso sempre aconteceu. Mas também se nota a importância dada a matéria do movimento, a sua compreensão, para os chamados físicos, era considerada de essencial importância para o entendimento da natureza como um todo.

Para começar-se a análise das ideias destes pensadores, deve-se primeiro discorrer sobre o pensamento de Platão, um renomado nome na filosofia e, que muito contribuiu não somente para a evolução do raciocínio na Grécia antiga, mas também na humanidade.

Ao citar Platão, Baptista; Ferracioli (1998) assim expressam:

A obra de Platão [1] é vasta e complexa e sua cosmogonia tem por base os quatro elementos – terra, ar, água e fogo – os quais, por sua vez, são formados pela associação de formas geométricas: os sólidos regulares descobertos pelos pitagóricos.( BAPTISTA;FERRACIOLI 1998, p.188)

De acordo com esses autores, pensamento de Platão parte da premissa de que os quatro elementos da natureza possuem formas geométricas. E continuam expondo:

 A terra seria formada por um aglomerado de formas cúbicas, o fogo por tetraedros, a água por icosaedros e o ar por octaedros. Estas formas são as correspondentes platônicas dos átomos de Demócrito. Assim, toda a matéria seria formada por combinações apropriadas destes elementos fundamentais na seguinte composição: de fogo para que o corpo seja visível; de terra que seja sólido; de água e ar para serem bem proporcionados.( BAPTISTA;FERRACIOLI 1998, p.188)

Pode-se constatar a generalidade do pensamento filosófico, e a influência do pensamento de outros filósofos na ideia de Platão, como a teoria atômica, citada acima, na qual se definem os quatro elementos da natureza, e que tudo era feito a partir da combinação destes.

Segundo Baptista; Ferracioni (1998), entre os pensadores pré-socráticos de grande expressão tem-se Heráclito (540-480 a.C.). Para ele todas as coisas estão em movimento, por esse motivo uma nunca pode-se banhar num mesmo rio duas vezes. Este ainda dizia que o universo está em constante transformação. Outros pensadores são os ‘Físicos’ Milésios Thales (c.624-545 a.C.), Anaximandro (c. 610-545 a.C.) e Anaxímenes (c. 580-500 a.C.), foram os precursores na ideia de que o universo era constituído de uma única substância. Depois vieram Demócrito (c.460-370 a.C.) e Anaxágoras (c.500-428 a.C.) que acreditavam que tudo se criava através do movimento circular, a partir desse princípio todas as coisas eram separadas e ordenas até se forma o universo.