Direitos Tributais
Pesquisas Acadêmicas: Direitos Tributais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Minmelato • 24/4/2013 • 5.198 Palavras (21 Páginas) • 380 Visualizações
TRABALHO PRONTO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Retirado do site jurídico SOS Estagiários (www.sosestagiarios.com) Página 2
1. INTRODUÇÃO
O ideal de promover o bem estar, o desenvolvimento das potencialidades, além da noção
do que seja bem comum constituem a finalidade do Estado.
Entre as atividades que o Estado desenvolve, tutelando necessidades públicas, algumas
são essenciais (segurança pública, prestação jurídica, etc.) outras complementares, protegendo
outros itens (secundários), exercidas através de concessionárias.
O Estado moderno paga os bens e serviços de que necessita, gerando despesa pública,
exercendo uma atividade financeira. Conceitua-se tal atividade como a atuação estatal para obter,
gerir e aplicar recursos financeiros necessários à consecução de suas finalidades, desdobrando-se
em receita, despesa e crédito público.
A finalidade da atividade financeira é a realização dos serviços públicos e o atendimento
das necessidades públicas, ou seja, as necessidades coletivas encampadas pelo poder político,
inseridas no ordenamento jurídico (constituição e leis).
A atividade financeira está jungida a três necessidades públicas básicas: prestação de
serviço, exercício do poder de polícia e intervenção econômica.
O Estado somente que pode explorar a atividade econômica quando por imperativo de
segurança nacional ou relevante interesse coletivo, sujeitando-se ao regime das empresas
privadas. O poder de dirigir a economia agora não é mais privativo da União, que retém
atribuição de regulação geral da matéria. Fala-se em Estado ali, mas entende-se Federação,
incluindo Estado e Município. TRABALHO PRONTO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
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2. HISTÓRICO DA TRIBUTAÇÃO NO BRASIL
Ao longo do período que vai desde a proclamação da República até a promulgação da
constituição de 1934 a principal receita tributária brasileira advinha do imposto sobre a
importação. A partir dos anos 30, houve um maior direcionamento para os impostos internos. A
principal receita dos estados passou a ser o imposto sobre vendas e consignações e, dos
municípios, os impostos sobre indústrias e profissões e o imposto predial.
Apresentaram-se consideráveis mudanças no sistema tributário com a constituição de
1946. Através da criação de impostos e de um sistema de transferências, elevou-se a receita dos
municípios. Até 1966 observou-se uma participação crescente dos impostos internos, destacandose os impostos sobre consumo, vendas e consignações.
A reforma tributária da década de 60 tinha dois grandes objetivos: a elevação da receita
para solucionar o problema do déficit fiscal e a implementação de um sistema tributário que
estimulasse o investimento. Pode-se dizer que o resultado foi extraordinário. Com a reforma,
obtivemos uma melhor alocação dos recursos, a priorização da tributação sobre o valor agregado,
uma redução do número de tributos, dentre outras vantagens. Costuma-se dizer que, naquela
época, o Brasil passou a contar com um dos sistemas tributários mais modernos do mundo. Veja
na tabela a seguir os principais tributos antes e após a reforma de 1965/1967:
Antes da reforma Após a reforma
FEDERAIS FEDERAIS
Imposto de Importação Impostos sobre Comércio Exterior (II e IE)
Imposto de Consumo IPI
Impostos Únicos Impostos Únicos
Imposto de Renda Imposto de Renda
Imposto sobre Transferências para exterior IOF
Impostos sobre Negócios TRABALHO PRONTO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
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Impostos Extraordinários Impostos Extraordinários
Impostos Especiais Outros (transporte, comunicações, etc.)
ESTADUAIS ESTADUAIS
Imposto sobre vendas a varejo ICM
Imposto sobre Transmissão (Causa-Mortis) Imposto sobre Transmissão (Causa-Mortis)
Imposto sobre Expedição
Imposto sobre Atos Regulados
Impostos Especiais
MUNICIPAIS MUNICIPAIS
Imposto Territorial Rural
Imposto sobre Transmissão (Inter-vivos)
IPTU IPTU
Imposto de Indústrias e Profissões ISS
Imposto de Licença
Imposto sobre Diversões Públicas
Imposto sobre Atos de Economia
Para compensar as perdas de arrecadação dos estados e dos municípios, criou-se fundos
de participação e as partilhas do imposto único. O Imposto de Renda foi prejudicado pelo tempo
que decorria entre a apuração e o recolhimento em relação à inflação elevada.
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