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Do Trabalho Manual a Sustentabilidade

Por:   •  30/5/2023  •  Relatório de pesquisa  •  4.758 Palavras (20 Páginas)  •  96 Visualizações

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                                                                         1° ano TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

TRANSFORMAÇÕES E TENDÊNCIAS NA HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO DA HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA JUNIOR

PROFESSORA ANA KARLA

REGISTRO - 2023

SUMÁRIO

  1. RESUMO ....................................................................................................................................03
  2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................04
  3. DESENVOLVIMENTO...................................................................................................................05
  1. História das Fundações.........................................................................................................05
  2. Os Materiais na Construção Civil..........................................................................................05
  3. Descobrimento e Manufatura de Materiais: do Aço ao Cobre..............................................06
  4. Regionalizando a História: Construções de Madeira no Paraná............................................06
  5. Novas Tecnologias e Sustentabilidade: Reinvenção de Métodos e Materiais.......................07
  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................08
  2. REFERÊNCIA/ FONTE DA PESQUISA...........................................................................................08

TRANSFORMAÇÕES E TENDÊNCIAS NA HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL:

“ DO TRABALHO MANUAL À SUSTENTABILIDADE “

                                         1 - RESUMO: Estudar as transformações e tendências na história da engenharia civil é procurar entender o presente, investigando os marcos históricos do passado que permitiram que os conhecimentos científicos e tecnológicos da engenharia chegassem até aqui e se desenvolvessem do modo que acontece nos dias atuais. Mapear a evolução da história, do uso de materiais e de técnicas de construção na engenharia civil, descrever edificações de importância histórica para o entendimento do tema e da engenharia como expressão da cultura de um povo e traçar mudanças sociais que podem interferir na engenharia civil é de suma importância para compreensão do contexto em que a engenharia está inserida, e são estes, portanto, os objetivos desta pesquisa. Desse modo, para entender como é construída a história da engenharia civil, ao avaliar os papéis da aplicação de técnicas de construção, uso de materiais, representações culturais intrínsecas às edificações e outros aspectos neste contexto, foram realizadas buscas em livros, periódicos científicos (eletrônicos e impressos), revistas, sites e outros meios. Foi buscado construir com sucesso, dessa forma, num primeiro momento, um panorama satisfatório que permita compreender a evolução da engenharia através do tempo, obter informações e redigir um trabalho de modo que estes dados auxiliem no desenvolvimento e análise de tendências atuais, na construção de um repertório válido de modo científico, técnico e também cultural.

                                         

                                           2. INTRODUÇÃO: O estudo em questão é de cunho bibliográfico. Para entender como é construída a história da engenharia civil, ao avaliar os papéis da aplicação de técnicas de construção, uso de materiais similares e diferentes, representações culturais intrínsecas às edificações e outros aspectos neste contexto, foram realizadas pesquisas em livros, periódicos científicos (eletrônicos e impressos), revistas, sites e outros meios. O saber empírico acumulado ao longo dos tempos e o fato de muitas construções, datadas de muitos séculos, existirem, mostra o valor da experiência em engenharia, embora apenas no século XX a engenharia tenha sido cientificamente teorizada (NÁPOLES NETO, 1998). Porém, há dados de que cerca de 17 séculos a.C. foi encontrado o primeiro código de obras conhecido, o de Hamurabi, rei da Babilônia, segundo Nápoles Neto (1998). As representações sociais que as construções apresentam são muito importantes para a compreensão do modo como foram feitas. É certo que cada edificação tem a capacidade de contar uma história e refletir a cultura do povo que a originou. Exemplos disso são citados por Ballantyne (2012), que analisa monumentos culturais, moradias, locais de culto, pontes e estruturas de defesa, memoriais e espaços públicos. O autor comenta que cada construção permite desvendar a cultura, o clima e as tecnologias da sociedade que a criou, possibilitando àquele que as observa abrir a mente para cada momento e cenário histórico. A construção civil evolui conforme a sociedade, alguns elementos mantêm-se e outros podem ser substituídos. Hugon (2004, p. 1) afirma que “os materiais [...] variam segundo as épocas, segundo os recursos locais, segundo os meios de transporte e realização, segundo a estética etc.”, o que confirmam Neufert & Neff (2003), que ensinam que a formação geológica do terreno determina as condições de construção de cada lugar. Um tipo de construção que se encontra desde o Paleolítico, estendendo-se pelo Neolítico e antiguidade, é o agrupamento de habitações em forma circular [...] este estágio construtivo é curioso, pois se revela mais como estágio cultural do que histórico, uma vez que se estende desde restos encontrados na Europa Ocidental, Chipre, Rússia, China, Japão, até construções bem mais modernas, bastante semelhantes, de índios sul-americanos e de lapões. (NÁPOLES NETO, 1998, p. 18) historicamente, segundo Ballantyne (2012), as construções traziam significados específicos, e alguns destes sentidos são transpostos em edificações da atualidade. O autor comenta, por exemplo, que a construção da cidadela de Machu Picchu, para o povo inca trazia o significado de um governo de status semidivino por se elevar nas montanhas. E, essa noção, transpôs-se até hoje, em construções como o Tour Montparnasse, SacréCoeur, Edifício Chrysler, Centro Rockfeller, Torre Eiffel e Empire States, construções por ele consideradas metafísicas e monumentais. Cabe, deste modo, listar algumas construções mundiais de marco histórico não apenas da construção civil, engenharia e arquitetura, mas que são patrimônio cultural da humanidade: a Grande Pirâmide de Khufu (Gisé, Egito, 2.500 a. C.); o Partenon (Atenas, Grécia, 447-432 a.C.); o Coliseu (Roma, Itália, 70-82); o Templo de Luohan Yuan (Suzhou, Jiangsu, China, 982); a Basílica de São Pedro (Roma, Itália, 1506-1626); o Taj Mahal (Agra, Uttar Pradesh, Índia, 1632-53); a Torre Eiffel (Paris, França, 1889); o Empire State (Nova York, Estados Unidos, 1931). A importância de uma construção para a cidade que se insere é marco histórico digno de ser observado. Exemplo disso é o Partenon (construído na acrópole de Atenas, parte mais alta da cidade, localização estratégica para defesa militar e valor simbólico de enobrecimento humano) e também o Coliseu (construído em Roma para sediar combates de gladiadores e também periodicamente inundada para sediar batalhas navais). Ballantyne (2012) afirma que a arquitetura remete principalmente à culturas que se fecharam com muros de blocos de pedra (tais como a egípcia, romana e chinesa), já que não costuma abordar civilizações como o povo mongol, por exemplo, que não baseava sua cultura em edificações, mas na lida com cavalos. O templo de Luohan Yuan da China, também traz representações sociais dos povos que a construíram (é considerado um marco de honra, construído para fins de contemplação por budistas). Wang Wenham e Wang Wehun construíram o tempo na cidade de Suzhou, considerada como o paraíso terrestre (BALLANTYNE, 2012). Sobre a história das construções especificamente no Brasil, durante a época colonial, haviam três grupos principais de construções: obras relacionadas com a indústria do açúcar e instalações portuárias; fortalezas militares, quartéis, edifícios públicos e cadeias, e, ainda, obras civis (casas de moradia, casas de comércio, igrejas, armazéns e moinhos). “Nestes edifícios dominavam as técnicas locais de taipas tanto de pau-a-pique, como de pilão” (VARGAS, 1998, p. 34). Cada obra tem sua importância pelas produções de sentidos que traz agregada à sua arquitetura, e, do ponto de vista da engenharia, são ricas em informações que permitem compreender a evolução das técnicas de construção, assim como a análise do surgimento e uso de cada material disponível para a prática da construção, de acordo com cada povo e cada época.

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