ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE AGUA – Funcionamento do processo de tratamento e purificação em uma estação de tratamento de água (ETA)
Por: Chariel Eduardo Martineli • 27/6/2019 • Relatório de pesquisa • 3.171 Palavras (13 Páginas) • 247 Visualizações
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
CHARIEL EDUARDO MARTINELI
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – Funcionamento do processo de tratamento e purificação.
CAPINZAL
2019
CHARIEL EDUARDO MARTINELI
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE AGUA – Funcionamento do processo de tratamento e purificação em uma estação de tratamento de água (ETA)
Relatório apresentado como parte das exigências da disciplina Química Geral, do curso de Engenharia Química da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba.
Orientador: Dr. Leonardo Henrique de Oliveira
Capinzal
2019
SUMÁRIO[pic 1]
1. INTRODUÇÃO 4
2. CAPTAÇÃO 4
3. PROCESSO DE TRATAMENTO 5
4. ARMAZENAMENTO 14
5. DISTRIBUIÇÃO 15
6. LIGAÇÕES DOMICILIARES 15
7. CONCLUSÃO 16
8. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS 16
- INTRODUÇÃO
A água é um dos principais recursos naturais presentes no planeta, sendo o elemento primordial para a subsistência de todas as espécies existentes no meio ambiente terrestre, além de ser um recurso amplamente utilizado nas indústrias.
Considerando que, nas palavras de Walterler Alves de Souza:
De toda a água na natureza, 97,4% é salgada (oceanos) e o restante, 2,6% é representado pelos rios, lagos e fontes subterrâneas, ou seja, a superfície do planeta é de 510.000.000 km², e as águas correspondem a 70,8% desta superfície totalizando 361.000.000 km², no entanto, a maior parte desse percentual não tem um aproveitamento 10 direto, pois formam as geleiras e lençóis profundos, onde a captação se torna economicamente inviável. Desse percentual aproveitável, cerca de 0,3 %, a maior parte, está poluída ou não oferece condições para consumo. (2007, p. 9-10)
Desta forma, a sociedade busca incessantemente por alternativas que visem o tratamento para que águas impróprias ao consumo humano se tornem potáveis, através de, sendo necessárias diversas atitudes proativas, de todos os membros da sociedade civil.
Entre as formas mais utilizadas, posteriormente ao processo preventivo visando à preservação dos mananciais, o processo de tratamento e purificação é a forma mais utilizada em escala global, para obter água para o consumo. Assim, necessário se faz conhecer de todos os procedimentos que são adotados para que uma água imprópria, que após passar por processos físicos químicos, se torne potável.
- CAPTAÇÃO
A escolha da fonte de abastecimento é uma etapa primordial na hora da construção de um sistema de tratamento.
Deve-se, por isso, procurar um manancial com vazão capaz de proporcionar perfeito abastecimento à comunidade, além de ser de grande importância a localização da fonte, a topografia da região e a presença de possíveis focos de contaminação, podendo ser a captação superficial ou subterrânea.
A superficial é feita nos rios, lagos ou represas, por gravidade ou bombeamento. Se por bombeamento, uma casa de máquinas é construída junto à captação. Essa casa contém conjuntos de motobombas que sugam a água do manancial e a enviam para a estação de tratamento.
A subterrânea é efetuada através de poços artesianos, perfurações com 50 a 100 metros feitos no terreno para captar a água dos lençóis subterrâneos.
Essa água também é sugada por motobombas instaladas perto do lençol d’água e enviada à superfície por tubulações. A água dos poços artesianos está, em sua quase totalidade, isenta de contaminação por bactérias e vírus, além de não apresentar turbidez.
- PROCESSO DE TRATAMENTO
O tratamento da água é possível em decorrência de diversas etapas que possuem processos químicos e físicos envolvidos para que isso ocorra. O processo de tratamento engloba sete etapas, mais a distribuição. Entre eles estão à coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, tratamento final que engloba a fluoretação e correção do pH/acidez, e a acidez.
- Coagulação
A primeira etapa do tratamento da água consiste em um processo chamado de coagulação, momento em que a água captada, denominada água bruta, recebe aditivos químico, estes que variam conforme a necessidade e o estado em que a água se encontra, porém, são utilizados dois principais agentes coagulantes, entre eles o Sulfato de Alumínio.
Tal fato se explica:
Perante a incapacidade de remoção satisfatória das impurezas presentes nas águas destinadas ao abastecimento humano pela sedimentação simples, o tratamento convencional em ETA’s utiliza substâncias coagulantes, que reagem com a alcalinidade do meio, seja ela natural ou adicionada, formando polímeros com valor de carga superficial positiva (hidróxidos). Estes atraem as cargas negativas dos colóides em suspensão formando partículas de maior tamanho, denominadas flocos e que apresentam velocidade de sedimentação superior (MACEDO, 2007).
Considerando a utilização de tal etapa, tem-se que o objetivo é poder propiciar um ambiente em que as reações na etapa seguinte, se dêem de forma a facilitar a floculação dos sedimentos encontrados na água bruta e coagulados com aos agentes.
Além do Sulfato de Alumínio - Al2(SO4)3, podem ser acrescentados diversos agentes coagulantes, que são determinados conforme o pH da água, conforme a tabela a seguir:
Coagulantes | Faixa de pH |
Sulfato de alumínio | 5,0 a 8,0 |
Sulfato ferroso | 8,5 a 11,0 |
Sulfato férrico | 5,0 a 11,0 |
Cloreto férrico | 5,0 a 11,0 |
Sulfato ferroso clorado | acima de 4,0 |
Aluminato de sódio Sulfato de alumínio | 6,0 a 8,5 |
Assim, o agente coagulante será determinado conforme o nível de acidez ou alcalinidade encontrado na água, inclusive, se observa a utilização simultânea de químicos, tais como o Aluminato de Sódio - NaAlO2 e o Sulfato de Alumínio - Al2(SO4)3, quando o pH da água bruta se encontrar entre os níveis 6,0 e 8,5, sendo relativo conforme o estado no momento da captação, conforme leciona Walterler Alves de Souza:
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