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ESTAGIO SUPERVISIONADO ESTÁCIO

Por:   •  3/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.122 Palavras (9 Páginas)  •  598 Visualizações

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CAMPO GRANDE – MS

Relatório

Estágio Supervisionado

Aluno: Leonardo Luis Gomes Pereira

Matricula: 201505095557

Sumário

INTRODUÇÃO        3

Referencial Teórico        4

Atividades Desenvolvidas        7

Referências Bibliográficas        12

INTRODUÇÃO

Este relatório visa apresentar todo o trabalho de estágio realizado, até o presente momento, para a empresa. A realização do estágio teve início no dia 13/09/2018 e vai até o dia 21/12/2018, compreendendo de segunda a sexta-feira das 13h00min às 17h00min.

        

A empresa para a qual eu trabalho não se caracteriza como ‘empresa’, falando literalmente. Presto serviço a um profissional liberal, ele atua na área fazem 3 anos, o que possibilita a integração do teórico para o prático de maneira tranquila. O Profissional cursou engenharia civil na Uniderp-Anhanguera, formou-se no ano de 2015 e desde então vem batalhando para desenvolver cada vez mais seu trabalho. Atua desde o projeto até a execução. Já fez tanto edificações sozinho quanto em parceria com outros profissionais, seja arquiteto ou engenheiro, também, presta consultoria para alguns colegas que estão iniciando na área.

Tanto o projeto quanto a execução da obra que será apresentada aqui se deu pelo meu engenheiro responsável. Desde a planta com seu orçamento e quantitativo de material, até a execução da construção foi pelo mesmo responsável. Por eu não ter chego no início da execução da obra, foi-me apresentado as imagens de todo o processo de construção, além da apresentação do projeto e de suas características. A obra consistia em uma casa térrea de, aproximadamente, 125m² de área construída (contando parte externa), com 6 cômodos e sem nenhuma peculiaridade.

Referencial Teórico

Dentre tantas possibilidades de atuação que o estudante de engenharia pode ter como estagiário dentro da obra, ainda mais como no meu caso, trabalhando para um profissional liberal de pequeno porte que ainda não tem toda a visibilidade necessária no mercado. Escolho falar sobre a atuação no controle de estoque na obra.

O controle e gerenciamento de estoque numa obra pode ter impactos diretos e indiretos, seja com economia e/ou maior agilidade nos processos de construção. Engana-se quem pensa que o controle deve apenas atuar em grandes construções ou em obras caras. Todo o tipo de edificação civil deve ter um bom gerenciamento para evitar gastos extras e desperdícios.

Engana-se quem pensa que o único intuito deste tipo de gestão é comprar bastante quando o produto está mais barato que o normal. Este ato não é aconselhado pelo engenheiro civil e de segurança do Trabalho Fabiano Bernhard de Souza (além de ser gerente de Qualidade, Segurança e Desenvolvimento de Processos da Cury, mestre em Sistemas Integrados de Gestão, Especialista em Gerenciamento na Construção Civil), ele diz: afirma que do ponto de vista financeiro não é aconselhável que o estoque de uma obra, em valor, ultrapasse 2% do material necessário para cada etapa da construção. “A boa gestão permite reduzir custos em qualquer situação, porém, em termos de custos, o ideal é ter estoque mínimo e antecipar compras para garantir preços”, orienta (Souza).

Um exemplo clássico é o armazenamento de cimento, por vezes, o encontramos com um preço abaixo do que é ofertado comumente, porém, ao comprá-lo, além de termos ciência de que tem um prazo de validade curto, temos que saber, também, que ele exige uma alocação especifica, como: local longe de umidade e intempéries, coberto, não se pode amontoar sacos e sacos em cima um do outro, uma distância mínima do chão e etc. (Associação Brasileira de Cimento Portland, 2017). Ou seja, existe um espaço físico a se planejar quando diz respeito a estoque.

O que faz com que esta gestão seja tão importante? O fato dela compreender, segundo o SEBRAE, cerca de 60% do custo do negócio. Além disso, o controle e gerenciamento de estoque compreende outros segmentos, como visto, o canteiro de obras é um deles e, para o auxílio desta gestão, foi instaurada a Norma Regulamentadora – 18 (NR-18). Afirmo ‘auxilio para a gestão’ pois a norma, dentre as várias ordenanças, impõe posições estratégicas de materiais para melhor movimentação e otimização da logística da obra, o que, consequentemente, gera agilidade na operação, sendo assim, economia indireta para a construção.

Recentemente foi realizado um estudo de caso com o tema “Logística na Construção Civil” e, dentro da competência da logística encontra-se o armazenamento e estocagem de materiais no canteiro de obras, o assunto foi tema de um dos capítulos do estudo, o que resultou num dado de suma importância. Segundo o estudo realizado na UNICAMP pela engenheira civil Aline Mukai de Mattos (2014) um dos principais problemas de 3 construtoras estudadas foram o controle de estoque. As informações contraídas dos 3 casos estudados são: Caso 1: “A desorganização do canteiro causava a perda de materiais e, consequentemente, compra repetida dos mesmos. ” Caso 2: “Compra em excesso de materiais devido à má leitura de projetos e incorreta contagem de materiais por parte do almoxarife. ” Caso 3: “Compra de materiais controlada por sistema para evitar falta de materiais ou compra excessiva para a obra. ” Sendo que, os 2 primeiros casos tiveram atrasos na entrega na obra e, um dos principais problemas eram relacionados a falta de um controle do armazenamento e supervisão do canteiro (Mattos, 2014).

Outro artigo elaborado na Universidade Federal de Santa Maria relacionado a logística dentro de um canteiro de obras aponta que, através da utilização de mecanismos e inovações tecnológicas disponíveis hoje no mercado aplicados a um simples elevador de cremalheira, os principais resultados são uma redução de 63,71% no tempo de espera, de 7,61% no tempo médio por viagem e o aumentou de 4,46% no número de andares percorridos, mesmo com aumento 34,6% no número de trabalhadores em atividade e de 58,6% na quantidade transportada entre a situação inicial e a situação otimizada  (Hoffmann, 2016). Todas essas reduções nas porcentagens de tempo geram economia ao findar da edificação.

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