Edpidecia Drogas
Artigos Científicos: Edpidecia Drogas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bja14 • 21/5/2014 • 2.993 Palavras (12 Páginas) • 294 Visualizações
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Substâncias Psicoativas no Ambiente Escolar
Evandro Murer
Mestre em Educação Física FEF – UNICAMP
Jane Domingues de Faria Oliveira
Mestre em Educação Física FEF – Unicamp
Roberto Teixeira Mendes
Professor Doutor do Departamento de Pediatria da FCM – UNICAMP
O ambiente escolar vem ampliando seu papel enquanto mecanismo
de inclusão social, já que promove desde a infância a convivência
dos indivíduos em grupos. Isso pode ser constatado tanto
no aumento nos anos de escolaridade, quanto no número de horas
dos cursos, o que amplia o convívio escolar.
O âmbito educativo, como muitos já destacaram, é bastante complexo.
Uma questão que vem assumindo grande importância na dinâmica
escolar é o fato de a escola ser implicada como local de primeiro
contato com substâncias psicoativas.
Em todo o planeta, o consumo de drogas cresce constantemente.
Em recente relatório divulgado em 2007, a Organização das Nações
Unidas (ONU) indicou que cerca de 160 milhões de pessoas entre 15
e 64 anos fumam maconha. As bebidas alcoólicas e o tabaco estão
em constantes campanhas publicitárias, sem dizer da diversidade de
medicamentos, muitos deles oferecidos pela internet, que prometem
combater os males da modernidade: obesidade, depressão e estresse.
Com esse cenário, como poderia ser diferente nas escolas?
As Substâncias Psicoativas (SPA) podem ser categorizadas pelos
efeitos no Sistema Nervoso Central (SNC) como estimulante, depressora
e alucinógena; ou por terem sua comercialização e uso legalizados
ou não como drogas lícitas ou ilícitas.
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Entre as SPA mais consumidas temos:
• Drogas lícitas: tabaco, álcool, café, calmantes, analgésicos,
anabolizantes, anorexígenos, solventes;
• Drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy e LSD, entre
outras de menor consumo.
Segundo Bahls & Ingbermann (2005), entre os critérios de risco
associados ao abuso de drogas e resumidos pelo National Institute on
Drug Abuse dos Estados Unidos da América, encontram-se os ligados
à socialização, que dizem respeito à interação da criança com os
agentes socializadores fora da família, especificamente a escola.
Os critérios de risco ligados à socialização são:
(a) comportamento agressivo e inapropriado em sala de aula,
(b) fracasso no desempenho escolar,
(c) habilidades sociais empobrecidas,
(d) afiliação com pares que apresentam comportamentos desviantes,
e
(e) percepção de que na escola, entre os pares e na comunidade
existe aprovação do comportamento de uso de drogas.
Os fatores protetores não são sempre opostos aos fatores de risco,
e entre os principais fatores de proteção, incluem-se o sucesso
no desempenho escolar e os vínculos fortes com instituições prósociais,
como a escola e a igreja.
O uso de SPA estabelecido entre os 14 e 15 anos de idade pode
ser prenunciado pelo comportamento social e escolar demonstrado
entre os sete e nove anos de idade.
Em estudo com crianças e adolescentes de 7 a 15 anos de idade
sobre as habilidades escolares e sociais, e quanto ao ambiente em casa,
Hops et al. (1999) encontraram que, quanto maiores as dificuldades
escolares e sociais no ensino fundamental, mais as crianças entraram
num processo contínuo de uso de drogas estabelecido na pesquisa: só
uso de álcool, só álcool e tabaco, ou álcool, tabaco e maconha e outras
drogas. Para as meninas, o ambiente em casa moderou o efeito das variáveis
escolares e sociais. O baixo desempenho escolar de estudantes
pode excluí-los do grupo que tem mais sucesso, levando ao envolvi91
mento com pares que apresentem problemas em aspectos escolares e
uma maior probabilidade de desvio e uso de drogas.
Segundo Tavares et al. (2008), a “drogadição” invadiu o espaço
educativo de forma tão contundente que vem assustando os professores,
diretores e demais profissionais da educação, pois eles se
vêem despreparados para agir diante dessa realidade.
A escola tem sido apontada como local de primeiro contato com as
drogas, o que tem ocorrido por volta dos 11 anos de idade, uma fase da
vida permeada de questionamentos, inquietações e insegurança.
Entre a puberdade e a adolescência, o ser humano vive uma
transição
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