Educacao Digital

TRABALHANDO DIFERENTES LINGUAGENS NA ESCOLA

Baseado no argumento da pesquisadora linguista e professora da UNICAMP Roxane Rojo sobre a importância de um trabalho crítico aliado ao desenvolvimento dos multiletramentos na escola e dos textos apresentados no módulo 5. Podemos dizer que somos analfabeto digital, é verdade que muitos já conseguem sim, diferenciar as tecnologias existentes, seja por meio de mídias, leituras ou mesmos manuseando equipamentos dos quais estão ao seu alcance, mas diríamos que falta o estímulo a visão crítica mais aprofundada na cultura digital. Em entrevista com a pesquisadora Rojo, a mesma apresenta sua concepção de multiletramentos no atual contexto de tecnologia e informação de comunicação, ela define que a alfabetização e letramento são duas coisas diferentes, que tem práticas letradas que não exigem alfabetização, ela cita exemplo, como bolsa família tiradas da máquina precisa de letramento, mesmo que seja analfabeta, são palavras já digitalizadas que foi tirado da máquina algo que já estava escrito, argumenta ela. Letramento para Rojo é fenômeno da cultura humana simiotizada que usa simbolização é uma das tecnologias.

O conceito de multiletramentos para a pesquisadora é o saber anualizar letradamente semioses, por exemplo, saber onde houve um corte no vídeo, ter critérios que foram construídos na cultura da escrita, para assim, segundo ela, entender a cor, o fundo do primeiro plano, cortes, tomadas dentre outros. Ela estende-se respondendo que estamos no país que é de cultura de massa, profundamente raizada não na cultura letrada tampouco na cultura da escrita, as pessoas de certa forma gostam de ouvir músicas não tão boas, assistem aos programas como ratinhos dentre outros, isso porque poucos têm acesso a comprar programas de ótima qualidade ou ouvir uma boa música.

É neste contexto que a escola tem um papel fundamental, podemos dizer que não é nada fácil de ser analisada, pois sabemos que por muito tempo a escola foi o local de divulgação e socialização das informações, utilizando o suporte impresso como fonte prioritária dessa informação, (como encontramos no texto: Aprender na cultura digital). É desse mundo que a maioria de nós enquanto professores muitas vezes deparamo-nos com materiais compostos somente de livros, caderno e lápis, até mesmo no curso superior encontrávamosdificuldades em fazer trabalhos de qualidade, principalmente quanto ao ensino de aprendizagem, no entanto ao nos depararmos com a realidade de sala de aula nos vimos na obrigação como professor comprometidos com nosso alunado, a buscar diversas formas para desenvolvermos um trabalho crítico que percorra, não só um caminho, mais vários em busca de construção de conhecimento científico e cultural. Para isso o professor precisa de força de vontade, necessitando está em constante formação e em busca de diversos meios tecnológicos para fomentar o senso crítico do aluno em relação ao multiletramentocomo foi citado por Rojo.

Porém, muito do que vivemos no nosso processo de aprendizagem está profundamente enraizada em nós, faz parte de nossa formação , foi como aprendemos, utilizando recursos que hoje estão um pouco ultrapassados, o professor, por vários motivos recai nessa prática tão conhecida do livro, caderno e lápis e pouca criticidade. Temos sim de aprender a usar esses tecnológicos atrelados ao multiletramento que está a nossa disposição, é nisso que entra o trabalho com o multiletramento contando com o professor para atuar como mediador na conquista de capacidades que o aluno precisa desenvolver