Equações diferenciais
Por: kaah17 • 4/11/2015 • Trabalho acadêmico • 909 Palavras (4 Páginas) • 544 Visualizações
Equações Diferenciais de Primeira Ordem – Aplicações
(PLT 178 (2010), pág. 484). A equação diferencial que descreve caimento ou decaimento exponencial é da forma:
𝑑𝑃
𝑑𝑡 = 𝑘𝑃
A solução é da forma: 𝑃 = 𝑃0𝑒
𝑘𝑡
onde 𝑃0 é o valor inicial (correspondente à constante 𝐶), e 𝑘 > 0 representa crescimento e 𝑘 < 0 representa
decaimento.
Lembrete: o tempo de duplicação de uma quantidade que cresce exponencialmente é o tempo necessário para que
ela dobre. A meia-vida de uma quantidade que decai exponencialmente é a quantidade de tempo necessária para que
ela caia à metade (PLT 178 (2010), pág. 406).
Aplicações de crescimento e decaimento exponencial ocorrem no cálculo de:
Juros compostos continuamente
Crescimento de populações
Lei de resfriamento de Newton
Exemplo 1. JUROS COMPOSTOS CONTINUAMENTE (PLT 178 (2010), pág. 406). Em um banco, compor juros
continuamente significa que os juros são calculados a uma taxa que é um percentual fixo do saldo na conta naquele
instante. Portanto, quanto maior o saldo, maior é a quantidade de juros recebida e o saldo cresce mais rápido. Uma
conta bancária recebe juros continuamente com uma taxa de 5% do saldo atual por ano. Suponha que o depósito
inicial seja de R$ 1.000,00 e que não se fazem mais depósitos ou retiradas.
a) Escreva a equação diferencial satisfeita pela conta bancária.
b) Resolva a equação.
SOLUÇÃO:
a) Estamos considerando o saldo B da conta, em reais, como função do tempo medido em anos. Os juros são
adicionados à conta continuamente a uma taxa de 5% do saldo existente naquele instante. Como não há
depósitos ou retiradas, em qualquer instante teremos:
Taxa de crescimento do saldo = taxa dos juros recebidos = 5% (saldo atual)
Que podemos escrever na forma: 𝑑𝐵
𝑑𝑡
= 0,05𝐵
Esta é a equação diferencial que descreve o processo. Ela não envolve a condição inicial R$ 1.000,00, pois o depósito
inicial não afeta o processo pelo qual os juros são recebidos.
b) Usando separação de variáveis para resolver a equação obtemos: 𝐵 = 𝐵0𝑒
0,05𝑡
Onde 𝐵0 é o valor de 𝐵 em 𝑡 = 0, de modo que 𝐵0 = 1000.
Portanto, 𝐵 = 1000𝑒
0,05𝑡
Exemplo 2. LEI DE AQUECIMENTO E RESFRIAMENTO DE NEWTON (PLT 178 (2010), pág. 408). Newton afirmou que a
temperatura de um corpo quente decresce numa taxa proporcional à diferença entre a sua temperatura e a
temperatura do ambiente onde ele se encontra. De forma análoga, um objeto frio se aquece a uma taxa proporcional
à diferença de temperatura entre a temperatura do objeto e a do ambiente onde ele se encontra. Quando um
assassinato é cometido, o corpo da vítima, originalmente a 37°C, esfria de acordo com a Lei do Resfriamento de
Newton. Suponha que duas horas depois a temperatura seja de 35°C e que a temperatura do ar seja constante e igual
a 20°C.
a) Encontre a temperatura 𝐻, do corpo em função de 𝑡, o tempo em horas desde que o crime foi cometido.
b) Esboce o gráfico da temperatura em função do tempo.
c) O que ocorre com a temperatura depois de passado muito tempo?
d) A que horas o crime foi cometido se o corpo foi encontrado às 4 horas da tarde com a temperatura 30°C?
SOLUÇÃO:
a) Primeiro vamos encontrar a equação diferencial para a temperatura em função do tempo. A lei de
resfriamento de Newton afirma que existe uma constante 𝛼 tal que:
Taxa de variação da temperatura = 𝛼(diferença de temperaturas entre o objeto e o ambiente).
Se 𝐻 é a temperatura do corpo, então: diferença de temperaturas = 𝐻 − 20
De modo que
𝑑𝐻
𝑑𝑡 = 𝛼(𝐻 − 20)
Qual o sinal de 𝛼? Se a diferença
...