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Equipamentos Hospitalares: Como Gerenciar sua Manutenção

Por:   •  5/8/2019  •  Artigo  •  5.809 Palavras (24 Páginas)  •  249 Visualizações

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Equipamentos Hospitalares: Como Gerenciar sua Manutenção.

Reginaldo Sanches da Silva*

Resumo

Este tema aqui abordado pode ser considerado um dos pilares para a área da saúde, a viabilização da otimização dos recursos disponíveis com o objetivo de estabelecer uma condição melhor do atendimento prestado à população.

A intenção aqui, vale frisar, será sempre valorizar a eficácia da ação dos gestores da saúde quanto às condições melhores de aproveitar ao máximo todos os meios que estiverem efetivamente ao seu alcance, por mais limitados que possam parecer. Os beneficiários sempre serão as populações das cidades mais carentes, e o Brasil em última análise, por meio da disseminação de técnicas e experiencias de última geração contribui para a melhoria da capacidade dos trabalhos de saúde em relação a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Palavras-chave: Otimização; Eficácia; Alcance

Introdução

O objetivo deste é influenciar qualquer grupo de manutenção, de como gerenciar suas atividades e conscientizá-los da sua importância. Assim procuro demonstrar simplificadamente o gerenciamento da assistência aos instrumentos hospitalares para pessoas que estão iniciando uma equipe de assistência (manutenção) ou que procuram reformular o processo de gestão já existente nesta área. Apresento sugestões de metodologias que podem ser adaptadas à realidade atual de cada estabelecimento de saúde se assim o quiserem, logico cada um com suas especificidades, ou seja, a forma de organização, sua função e, se for hospital, o número de leitos, a característica do parque de instrumentos instalados, etc.

Quando for introduzir um processo de gerenciamento de aparelhos médico-hospitalares é de suma importância pensar a relevância do trabalho a ser realizado e especialmente a forma de administrar a execução desse trabalho. Não basta a qualquer grupo de suporte técnico somente recuperar um aparelho, é preciso entender o nível de relevância do aparelho em questão, saber dos tramites clínicos e nas atividades de apoio a tais processos. É importante saber a trajetória do aparelho dentro do estabelecimento de saúde, a que conjunto ou família de máquinas ele pertence, sua vida útil, seu nível de redução da vida útil, suas particularidades de produção, a possibilidade de modificação durante a manutenção, por fim, tudo o que se especifique ao aparelho e que possa, de uma forma, contribuir ao serviço de manutenção, tendo em vista adquirir proteção e qualidade no término do trabalho. Esses conhecimentos vão ajudar o Engenheiro Clínico na avaliação para identificação de problemas, no conhecimento da necessidade da realização do trabalho, no estabelecimento de qualquer prática de manutenção preventiva e na conquista do nível de confiança exigido, já que uma manutenção indevida poderá levar em risco a vida do paciente.

Ocorre assim ao dirigente do grupo, a partir do conhecimento do estabelecimento de saúde, de sua infraestrutura e do parque de instrumentos instalados, construir um sistema de gerência de serviços capaz de assegurar a ligeireza e credibilidade na execução. Porém, todo um processo perfeito de gestão dos serviços de suporte não tornar-se-á útil se não passar realmente vinculado a um processo de gerenciamento dos recursos humanos envolvidos nessa ação. É necessário que os Engenheiros Clínicos atuem sempre de usos de treinamentos, especialmente quando novos equipamentos forem adquiridos, que haja monitoração constante de sua produtividade e da qualificação das atividades por ele realizado, que saibam interagir com o corpo clínico de maneira cordial e eficiente, que conheçam os termos médicos para entender e se fazer entender. É ainda imprescindível que o pessoal de apoio administrativo também esteja envolvido no tipo de trabalho da Engenharia Clínica, que não se resume apenas aos sistemas de manutenção propriamente ditos, mas ao auxílio na aquisição de novos equipamentos, na realização ou acompanhamento de testes no tempo do recebimento desses equipamentos e eventualmente na instrução aos usuários sobre a sua utilização mais adequada.

Então, além do gerenciamento do trabalho de conservação, cabe ao Engenheiro Clínico do grupo de trabalho de manutenção criar um processo de gestão dos meios humanos sob sua supervisão capaz de assegurar que todo o grupo que consiste na equipe, sejam da esfera técnica ou burocrática, faça seu serviço com valor. Desse modo um processo de gestão da manutenção de instrumentos médico-hospitalares só constituirá se conseguir entender o gerenciamento dos trabalhos e do capital intelectual.

2 - Proposição para Inventário

Ao ser designado ou contratado para uma tarefa que envolva um investimento razoável para a aquisição de bens materiais e de capital intelectual, é de imprescindível relevância que o Engenheiro Clinico encarregado por estar com essa tarefa conheça e entenda a situação atual do ambiente em que está trabalhando. Esse conhecimento permitirá que ele apresente à sua chefia uma proposta de trabalho com todas as metas a serem atingidas e suas respectivas justificativas, os recursos materiais e humanos necessários, os prazos para o cumprimento desses objetivos e, principalmente, o investimento financeiro necessário para concretizar cada meta.

A produção desse tipo de projeto é necessária não só para a produção de um grupo de assistência técnica, mas também para a introdução ou revisão de qualquer atividade dessa área que resulte capital financeiros e intelectual.

O objetivo é influenciar de uma forma comum as várias partes de produção de um plano para a introdução e implementação de um setor ou equipe de assistência técnica em uma unidade de saúde. É necessário lembrar que a metodologia proposta aqui é determinada a um grupo ou a uma equipe de assistência técnica a ser implantada em um hospital com cerca de 100 a 150 leitos, com um parque de instrumentos de média complexidade tecnológica. As ações a serem feitas são apresentadas sequencialmente. Então antes de estabelecer os meios materiais, humanos e financeiros que constituem parte desta proposta, o Engenheiro Clínico encarregado do grupo de assistência técnica deve realizar um inventário de todos os instrumentos médico-hospitalares, de apoio e de infraestrutura presentes no hospital.

2.1 – Produção do Inventário

O discernimento da escala e da importância dos instrumentos presentes é de principal interesse para a elaboração de um departamento de assistência técnica. Ainda que exista uma ação de se atribuir pouca importância à produção de um inventário, é aconselhável aproveitar essa ocasião para a obtenção de informações que serão muito úteis na construção da proposta de inserção e gerenciamento do departamento de assistência técnica. A aquisição dos dados para o inventário é uma função um tanto simples, embora em muitos casos longa, dependendo do parque de instrumentos instalados. O maior obstáculo a ser enfrentado é o tratamento desses dados em relação a aquisição de informações que ajudarão como base para o sistema de administração e como razões para a proposta de criação do departamento de Engenharia Clínica. A produção do inventário necessita de capital intelectual voltado a área de saúde capazes de processar os dados adquiridos nesse trabalho.

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