Estágio I - Manutenção Industrial

CENTRO UNIVERSITÁRIO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

Thaís Ferreira

Lajeado, junho de 2016

Thaís Ferreira

MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

Relatório para disciplina de Estágio Supervisionado I, do Curso de Engenharia Mecânica, para a aprovação do semestre.

Lajeado, junho de 2016

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        4

2 OBJETIVOS        12

2.1 Objetivos específicos        12

REFERÊNCIAS        13

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1 INTRODUÇÃO

Com a competitividade cada vez maior no mercado, as organizações estão sempre em busca de melhorias para obter um melhor retorno financeiro e conseguir oferecer aos clientes um produto de qualidade e custo acessível. Uma ferramenta importante que pode auxiliar neste objetivo é a manutenção.

O Dicionário de Termos de Manutenção (Branco Filho, 2000), define manutenção como um grupo de ações que detectam, previnem, ou corrigem falhas e/ou defeitos, objetivando manter condições de operação e segurança de itens, ativos ou sistemas. Tais ações têm por objetivo modificar um item para que este exerça a função desejada pelo usuário ou proprietário, porém se não alcançadas, são ações de engenharia, manutenção, usualmente pela Engenharia de Manutenção e planejadas pelos mais variados ramos de engenharia.  A Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (Veloso, 2009) entende por manutenção que para manter conforme uma condição determinada é tomada todas as ações necessárias para que este item se mantenha conservado ou restaurado.

Segundo Gebran (2014), com a necessidade atual de que os equipamentos precisam desempenhar suas funções pelo máximo de tempo possível, estes acabam sofrendo grandes esforços, como mecânicos, térmicos, elétricos, etc., ocasionando desgastes que prejudicam o desempenho e funcionamento dos equipamentos reduzindo sua vida útil. O desgaste pode ocorrer de forma aleatória e inesperada mesmo que o equipamento seja novo. Para isso, a manutenção é um grupo de ações técnicas e administrativas que restabelecem e mantém um bem no seu estado específico. Importante destacar que o desempenho da manutenção afeta o desempenho da empresa, pois é uma função estratégica dentro de uma organização.

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Costa Junior (2012) define o Setor de Manutenção como uma área fundamental para dentro de uma organização, pois é ela que auxilia na obtenção de resultados em processos produtivos. Sendo assim, indicadores de desempenho, custo de produção, produtividade e a taxa de utilização dos equipamentos são diretamente afetados pela eficiência deste setor. Representando um alto potencial de ganho para a organização e atividades dirigidas à garantia operacional de máquinas, prevenção e manutenção de equipamentos e serviços, tal como a capacitação dos operários em atuarem na atividade de preservação e reparos.

A percepção dessa atividade vem mudando com os últimos anos, onde era utilizada praticamente a manutenção corretiva, pois acreditavam que essa prática era necessária, contudo improdutiva, porém pode incidir na redução de despesas com o devido planejamento preventivo de manutenção.

Segundo Slack (2002), manutenção corretiva é onde as instalações continuam operando ate quebrar, realizando o trabalho de manutenção apenas depois da falha acontecer. Manutenção preventiva tem por característica reduzir ou eliminar as chances de falhas por manutenção das instalações em planejados intervalos. Manutenção preditiva é realizar a manutenção somente quando existe a necessidade, podendo incluir um monitoramento continuo de vibrações, resultando na análise dessa monitoração se a linha deve ser parada ou não.

Para Rago (2003), a manutenção corretiva possui uma série de desvantagens, pois não existe uma ordem para a estas falhas acontecerem e com as urgências de intervenções a fim de evitar a baixa qualidade da produção, os reparos acabam por não serem realizados eficazmente e assim não podendo identificar qual foi a origem da parada. Com isso cria-se um estoque de peças obsoletas, sem realizar uma boa gestão de compras obtendo-se desperdícios de peças no estoque, o que caracteriza uma forma de organização cara. Já a ação preventiva, exige que os responsáveis desenvolvam programas de lubrificação, troca de peças antes da ruptura etc., com o objetivo de prevenir os danos ao equipamento. Vantagens de permitir intervenções, prever paradas não desejadas, definição de estoque de peças, melhor gerenciamento das compras e prever custos menores. A manutenção preditiva depende do estado efetivo de equipamento, permitindo reduzir custos, com a confiabilidade dos equipamentos eletrônicos de inspeção e controle para conseguir definir o estado em que a máquina se encontra, mediante medições periódicas ou contínuas de vibrações, ruídos, temperatura, termografia, ultrasom, espectrometria etc.

Kotz (2013) explica que a manutenção preditiva precisa ser realizada com a menor interferência possível, permitindo a coleta de dados do equipamento em seu pleno funcionamento. Pode-se classificar em 4 grupos:

• Grandeza medida: temperatura, vibração, etc.;
• Defeito: vazamento, corrosão, etc.;
• Aplicabilidade: engrenagens, máquinas elétricas, etc.;
• Especialização: ferrografia, análise de óleo, etc.;

De acordo com a especialização, diferentes técnicas de manutenção preditiva podem ser utilizadas, conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1 – Principais técnicas de manutenção preditiva

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Fonte: Daniel Luiz Kotz (2013, pg. 8)

Ainda para Kotz (2013) as técnicas mostradas na Tabela 1 geram muitos benefícios como: uma maior vida útil da máquina, maior segurança e disponibilidade de equipamentos, redução dos prazos, eliminação da troca precoce de componentes e custos das intervenções, pois possuem a capacidade de identificar as falhas em equipamento sem precisar da parada do processo produtivo e possibilitando a programação da ação corretiva.