Estudo de Caso: Gol Linhas Aéreas
Por: PPereira18 • 22/10/2020 • Trabalho acadêmico • 962 Palavras (4 Páginas) • 308 Visualizações
ESTUDO DE CASO: GOL LINHAS AÉREAS
Pamela Pereira de Jesus
Engenharia Civil – 2º Período
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
E-mail: pamela_pereir@hotmail.com
Na década de 80 a Varing, a Transbrasil e a Vasp eram as líderes do mercado de aviação, período este que antecede a entrada da Gol. No inicio da década de 90 a TAM entra em cena e demostra um crescimento rápido e eficaz. Entre 1996 e 1997 a TAM e a Varing mostram ótimos resultados e fluem como as líderes do setor, enquanto a Transbrasil e a Vasp demonstram problemas financeiros frente ao mercado.
Em 1997 as empresas foram surpreendidas pela DAC, que regulamentou a promoção de descontos de até 65% e, no inicio de 1999, a desvalorização cambial veio a afetar ainda mais essas empresas. Neste período foram implementadas medidas de saneamento, a Vasp e a Transbrasil já se encontravam na pior e por não poderem competir com as demais buscaram atender uma pequena parcela do mercado, trabalhando com descontos para poder se manter nesse mercado competitivo.
A Gol surgiu por iniciativa do maior grupo de transportes brasileiro, o Grupo Áurea, com objetivo de explorar um novo mercado. Com um investimento inicial de 20 milhões de dólares, em agosto de 2000 a Gol foi autorizada pelo DAC para operar como companhia aérea regular, no mesmo mercado que Varig, TAM, Vasp e Transbrasil, dando inicio em suas atividades em janeiro de 2001.
A Gol foi inovadora no mercado brasileiro, mas claramente seguiu o modelo da empresa norte-americana Southwest Airlines (OLIVEIRA, 2005, p.4), empresa que foi pioneira nesse tipo de modelo de negócios e que colocou os padrões que foram copiados por todo o mundo. Este padrão iniciou com rotas curtas e em mercados de alta densidade. No entanto, a partir de 2002 as rotas se alteram, com as distâncias percorridas aumentando significativamente, o que aproxima mais do padrão de outra empresa norte-americana, a JetBlue Airways.
A Gol investiu na população que não utilizava este meio de transportes, passageiros sensíveis ao preço, como jovens, idosos, passageiros da classe C e consumidores insatisfeitos com as demais empresas (FEITOSA, 2002).
De acordo com a Figura a seguir vemos que o Mercado Aéreo Doméstico é concorrido e a participação das empresas flutua.
Figura: Participação das Empresas no Trafego Aéreo Doméstico
[pic 1]
Fonte: ROCHMAN, Ricardo R., RAMOS, Sérgio H., 2007.
No período de 2000 a 2005 vemos o crescimento da GOL e da TAM e a saída de dois significativos participantes (Vasp e Transbrasil). A Gol Linhas Aéreas possui um modelo de negócios extremamente diferente das demais empresas que já estavam estabelecidas antemão a sua entrada, de modo que esta pode ser tratada como um caso particular comparado a um mercado um tanto homogêneo. Logo foi usado a Gol versus o restante do mercado doméstico, chamado de Concorrência.
Nesse contexto, as empresas tendem a diminuir os preços para atrair mais o mercado, sendo este o método mais adequado a ser aplicado, visto que quando uma empresa baixa os preços a outra tende a segui-la, corroendo as margens de lucro das demais participantes.
No ano de 2006 a Gol realizou IPO pela abertura de seu capital na bolsa de valores, sendo avaliada em 12 bilhões de reais e teve um crescimento de 17 vezes em seu faturamento. Um ano após, arrematou a Varing, ex-empresa líder, e a abriu caminho para uma tentativa de hegemonia do mercado de aviação brasileira.
Vemos que em apenas seis anos e nenhuma experiência no ramo de aviação, começou com uma participação inferior a 5% e conquistou 37% do mercado. Logo, vemos que a Gol utilizou de ações e estratégias que foram extremamente eficazes para o seu sucesso.
As ações utilizadas pela Gol foram excepcionais para o seu sucesso, eles analisaram minunciosamente todos os passos a seguirem e alcançaram assim o sucesso no mercado de aviação. Segue uma breve analise dos passos utilizados pela Gol, na Estratégia do “Oceano Azul”:
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