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Estudo de caso

Por:   •  30/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  461 Visualizações

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1. O PROBLEMA

Carlos Fernandes após concluir sua graduação a 12 anos, foi estagiário na Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO), para depois ser contratado como engenheiro e por motivos técnicos e políticos, hoje, é o presidente da companhia. Sendo então responsável pela estação de Saneamento do Estado. A DESO realiza estudos, projetos e execução de serviços de abastecimento de água, esgotos e obras de saneamento desde 1969.

No dia 9 de maio de 2015 houve a queda de uma ponte no povoada Pedra Branca, rompendo a adutora que abastece a grande Aracaju impedindo o fornecimento de mais de 12 hm³ de água captada do rio capibariba. Neste mesmo percurso um oleoduto gerenciado pela NRisk Engenharia, terceirizada da Petrobras, foi danificado reduzindo a carga da Unidade de Tratamento e Processamento de Fluídos da Atalaia. Esta ponte está localizada a 3000 metros de um aeroporto local de transporte de carga, estando na reta de aterrissagem dos aviões que passam a 450 metros de altura da ponte.

Após o incidente, os engenheiros de segurança da NRisk identificaram diversas rupturas nas tubulações do petróleo. Segundo César, engenheiro de segurança da NRisk, a ruptura do oleoduto que passava no fundo do rio abaixo da ponte, está associada a queda de entulhos da ponte.  Segundo o mesmo, a ruptura do aqueduto danificou o oleoduto por impacto, mas felizmente não trouxe prejuízos financeiros nem ambientais. O petróleo cru vazou por 5 minutos antes da válvula de segurança ser acionada, atendendo as normas de segurança da ABNT quanto a vazamentos. Durante este tempo a uma vazão de 1,5 m3/min observou-se uma pequena mancha de petróleo no rio, que segundo dados CONAMA, o volume derramado ao mar (1050 mL) não foi suficiente para poluir o mar. César, de maneira humilde, chamou o estagiário Alberto para discutir causas do vazamento, Alberto rapidamente concluiu que: “Todas as características do óleo bruto transportado estavam de acordo com as normas e as tubulações estavam em excelente estado.”, reforçando a alternativa de um fator externo ser responsável pelo acidente.

O presidente da DESO, Carlos Fernandes, relatou que segundo dados dos seus engenheiros o problema de instabilidade e queda da ponte foi relacionada à trepidação causada pelo escoamento no oleoduto, cujo óleo bruto com viscosidade aparente elevada gerava um escoamento bastante turbulento. E que todas os aquedutos utilizados pela DESO estavam também em condições de operação.  

Os engenheiros de segurança da DESO em suas análises e pesquisas descobriram que as tubulações utilizadas nos oleodutos foram fabricadas por outra empresa contratada pela Petrobras, a CicloTubos, e que trabalha em conjunto com a NRisk Engenharia a 10 anos. Estas tubulações são de latão com diâmetro 5/8” (polegada), recomendada pelas normas. Como a CicloTubos recentemente expandiu seu comércio, no período do acidente eles estavam com uma demanda de 1000000 tubos e para atender as demandas os técnicos responsáveis, que trabalham diretamente na produção semi-manual dos tubos, ficaram quase 2 semanas sem dormir para atender a demanda.

O Engenheiro Mecânico Sávio com 25 anos de experiência em projetos e plantas e seu novo estagiário Paulo, do 9º período de engenharia mecatrônica, foram chamados para analisar o problema. Após a análise do problema, o engenheiro Sávio concluiu que o problema estava nas fundações dos pilares da ponte que perderam sua resistência pela ação da água e adicionado a isso no momento da queda 30 cavalos passavam por cima da ponte. O Estagiário Paulo, concluiu que por mais que houvesse corrosão pela ação do ambiente não havia a possibilidade da queda da ponte, sendo a ponte construída e calculada de maneira correta e ainda observou que a demanda de água na grande Aracaju estava normalizada, não havendo justificativa para a ruptura do aqueduto devido a pressão. O relatório destes sugeriu qualidade dos tubos inadequada, gerando um processo à Ciclotubos por homicídio culposo.

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