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Estudo de caso e manutenção produtiva

Por:   •  27/4/2016  •  Resenha  •  1.015 Palavras (5 Páginas)  •  199 Visualizações

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Estudo de caso e manutenção produtiva

As empresas industriais, cada vez mais têm buscado manter a competitividade por meio de seus sistemas produtivos, priorizando os ganhos de produtividade, eficiência e qualidade nas suas operações. A manutenção também têm se tornado fator relevante na estratégia de competição dessas empresas. Um modo de aumentar o desempenho da manutenção é formular e implementar uma estratégia baseada em manutenção produtiva total (TPM ou Total Productive Maintenance). A TPM surgiu no Japão em 1971, visando o aperfeiçoamento de técnicas existentes de manutenção preventiva e engenharia de confiabilidade, abordando o ciclo de vida de equipamentos, minimizando avarias, defeitos de produção e acidentes com danos pessoais e patrimoniais, visando à falha, quebra e perda zero nos processos. Tem como base a participação de todos os membros da empresa.

Um dos aspectos da TPM é a Manutenção Autônoma, que inclui técnicas que permitem que os operadores conservem o equipamento no melhor estado possível, com participação apenas eventual do setor de manutenção e de construção de máquinas, realizando apenas embasamentos e sustentação aos operadores nas atividades de manutenção de suas próprias máquinas, podendo reduzir o número de quebras, redução de refugos e retrabalhos, e interrupção inesperada da produção.

A Manutenção Autônoma enfoca principalmente a eliminação das perdas geradas pela má utilização de equipamentos e recursos humanos, eliminando não-conformidades e desenvolvendo, por meio dos operadores, pequenas e contínuas melhorias locais. A MA envolve os operadores nas atividades de manutenção, lubrificação, inspeções visuais e limpeza. Sua prática contínua, pode desenvolver, fazer aflorar conhecimentos e reeducar operadores, é realizada em sete etapas: − Etapa 1: limpeza inicial (combate à sujeira); −Etapa 2: medida de combate as fontes geradoras dos problemas e locais de difícil acesso (eliminação das sujeiras em sua origem); − Etapa 3: elaboração de padrões de inspeção, lubrificação, limpeza e reaperto; Etapa 4: inspeção geral (identificar defeitos e efetuar reparos); − Etapa 5: inspeção autônoma (limpeza, lubrificação e reaperto); − Etapa 6: organização e ordem (cuidado com ambiente de trabalho); −Etapa 7: consolidação da manutenção autônoma (verificações das etapas anteriores e execução de melhorias para incremento da eficiência do equipamento).

Com base no artigo “TPM E MANUTENÇÃO AUTÔNOMA: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA” de Norberto Carvalho Biehl e Miguel Afonso Sellitto, publicado na “Revista Produção Online, Florianópolis, SC, v.15, n. 4, p. 1123-1147, out./dez. 2015”, foram realizados(as) pesquisas, visitas e estudos (programa piloto) em determinada empresa da área de metal-mecânica, na qual deparava-se com problemas de qualidade em produtos e quebras de máquinas, gerando altos custos devidos à perda de produtividade, onde foi decidido investir na implantação do programa TPM.

O método de implantação da manutenção autônoma da TPM da empresa foram em ordem: (i) comprometimento da alta administração; (ii) divulgação dos procedimentos a serem adotados; (iii) definição do comitê responsável pelo projeto; (iv) determinação das políticas e metas básicas; (v) definição do plano diretor; (vi) início propriamente dito da implantação; (vii) instrução dos operadores; (viii) definição de procedimentos pelos grupos de trabalho; (ix) escolha de equipamentos-piloto para medição de eficácia;(x) desenvolvimento da manutenção autônoma; (xi) medição de resultados; (xii) realização de auditoria e retorno ao início.

A ideia central do programa é a completa eliminação das seis principais perdas nas máquinas: quebras, tempos de troca de ferramentas e regulagem, tempos de esperas, velocidade reduzida, defeitos na produção e queda de rendimento no início de turno.  Portanto, o fundamento da TPM é que o rendimento operacional máximo seja alcançado pela eliminação da totalidade das perdas. Na prática, tal resultado é de difícil obtenção, porém um índice de rendimento operacional próximo a 85% é perfeitamente alcançável na maior parte das empresas industriais.

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