Estudo de caso em Engenharia
Por: Anielle Monteiro • 21/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.824 Palavras (8 Páginas) • 401 Visualizações
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGAOS[pic 1]
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
ETA
Estudo de caso: Barragem de Rejeitos de Ingá
Por:
Anielle Monteiro Marinho
Jéssica de Oliveira Nunes
Philippe Ribeiro e Silva
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
ETA
Estudo de caso: Barragem de Rejeitos de Ingá
Por:
Anielle Monteiro Marinho
Jéssica de Oliveira Nunes
Philippe Ribeiro e Silva
Trabalho apresentado à disciplina
Sistema de Tratamento de Águas e Efluentes, do 8º período, ministrada pela professora, Heleonora, como requisito de avaliação e nota da p2.
Sumário
Introdução 4
Visão Geral 5
Área de Estudo 6
Relato da Situação 6
Conclusão 9
Referências 10
INTRODUÇÃO
O presente estudo de caso tem como objetivo ser ilustrativo, descrevendo assim, a situação sobre a barragem de rejeitos localizadas na região da Baía de Sepetiba, na Ilha da Madeira, localizada no município de Itaguaí, que operava sobre a responsabilidade da empresa Cia Mercantil e Industrial Ingá, que veio a falir e deixando uma barragem de rejeitos proveniente da sua atividade mineradora no local.
Considerada uma das atividades que potencialmente geram maior impacto sobre o meio ambiente, a mineração pode gerar conflitos socioambientais por causar impactos diretos nos ecossistemas e nas populações residentes próximos ao local onde as atividades estão instaladas e operam. Como toda atividade de grande porte, a mineração gera resíduos, que podem ser considerados como os rejeitos dessas atividades e que não possuem valor econômico no mercado, estes produzidos pelo beneficiamento do minério extraído e que suas características variam de acordo com o tipo de mineral e de seu tratamento em planta (beneficiamento).
Os resíduos gerados em atividades mineradoras são os principais responsáveis pelo impacto ambiental, devido à dificuldade técnica no tratamento desses resíduos, torna-se comum o seu armazenamento. Esse armazenamento se dá através de barragens de rejeitos.
A barragem de rejeitos pode ser descrita como uma estrutura de terra, projetada e construída para se armazenar resíduos sólidos e líquidos provenientes de atividades de mineração, esses resíduos são definidos como a fração estéril produzida, que divide o mineral bruto em concentrado e rejeito, através de processos químicos e/ou mecânicos.
A empresa mineradora Ingá Mercantil se instalou na Baía de Sepetiba na localidade próxima ao Porto de Sepetiba em 1962, e tinha como sua principal atividade, a extração de zinco de alta pureza. Operando por mais de 30 anos e tornando-se durante seu período de operação uma das principais empresas no ramo, veio a declarar falência em 1998 deixando no local seu estoque de resíduos.
VISÃO GERAL
A fonte do problema surgiu em 1969, com a instalação da empresa Ingá Mercantil a 800 metros do mar, em região de mangue, para extração de zinco a partir de calamina. Um processo que exige química e gera resíduos tóxicos. Com o passar dos anos, esses rejeitos foram sendo empilhados ao lado dos galpões da Ingá e, em 1998, quando a empresa faliu, foram abandonados a céu aberto em meio a uma bacia de contenção sem ter um destino final traçado pela massa falida ou pelo poder público.
Com a ocorrência de chuvas, parte do material depositado e abandonado, vazavam da barragem de rejeitos, ocasionando a contaminação do solo e da bacia por materiais de classificação classe 1: altamente perigosos. Os materiais presentes na barragem de rejeitos são o óxido de ferro (responsável pela cor avermelhada do morro), zinco, cádmio, magnésio, chumbo, arsênio e outras substâncias nocivas à natureza e à saúde humana. Após alguns anos o departamento de química da UFRJ ficou responsável pelo tratamento dos efluentes provenientes do transbordo e vazamento da barragem, solução que não dava fim ao problema, pois o passivo ambiental continuava instalado no mesmo local e se estimava que a cada centímetro de chuva que ocorria na região cerca de 3 milhões de litros de novos efluentes eram gerados, assim cerca de 20 a 80 milhões de litros de rejeitos escorriam da pilha mensalmente de acordo com o regime de chuvas no local.
Um mangue localizado próximo as instalações e que recebia impacto direto dos rejeitos, tornou-se uma barreira natural e bactérias presentes extraiam oxigênio dos sulfatos de zinco e cádmio os transformando em sulfeto, que era possui uma solubilidade menor, com esse processo evitava-se que os metais chegassem ao mar. Porém mesmo com a ação da própria natureza, encontrava-se altos níveis de metais pesados na baía, que se depositavam no fundo da mesma e entravam na cadeia alimentar através de peixes. Vale ressaltar que a Baía de Sepetiba era local de pesca artesanal, e que apesar de a quantidade de metais analisados nos tecidos dos peixes serem aceitáveis ao consumo humano, a quantidade de espécies com o tempo diminuiu, devido ao impacto no mangue.
O caso acabou por unir o Poder Público, sociedade civil e os governos em nível municipal, estadual e federal para se buscar uma solução para o problema que se tornava um entrave para o desenvolvimento econômico da região.
ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo esta localizada no município de Itaguaí no estado do rio de janeiro como apresentado na figura:
[pic 2][pic 3][pic 4][pic 5]
[pic 6]
[pic 7][pic 8]
RELATO DA SITUAÇÃO
Neste contexto, está a Companhia Mercantil e Industrial Ingá, indústria de zinco, atualmente desativada (RIBEIRO, 2006), que está situada a 85 km do Rio de Janeiro, na ilha da Madeira, em Itaguaí, município com 275,867 km² e 109.091 habitantes (IBGE, 2010).
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