Extinção e Sinal de Elongação em minerais uniaxiais
Por: Vitória Klein • 23/5/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 879 Palavras (4 Páginas) • 460 Visualizações
Universidade Federal de Pelotas[pic 1]
Aluna: Vitória Klein
Disciplina: Cristalografia
Professor: David
Data: 08/08/2017
“Extinção e Sinal de Elongação em minerais uniaxiais, quais as opções?”
No seguinte relatório, teremos uma breve explanação do que significa, como se comportam e quais os tipos de ‘extinção e sinal de elongação’ em minerais uniaxiais.
Primeiramente temos que entender que minerais uniaxiais são aqueles que cristalizam-se nos sistemas Trigonal, Hexagonal e Tetragonal e por conseguinte, apresentam dois índices principais de refração –ηƐ e ηω -. A luz desloca-se em uma direção apenas e não é reorientada. Essa direção é paralela ao eixo cristalográfico (c) (denominado de eixo óptico) e a luz vibra em todas as direções do plano basal. Diferentemente dos cristais ortorrômbicos, monoclínicos e triclínicos, que possuem dois eixos ópticos. [pic 2]
Figura 1. Minerais uniaxiais. (NARDY, 2009). A- indicatriz tem sinal positivo, pois nƐ > nω. B - tem sinal negativo, pois nƐ < nω.
Seria possível falar muito mais sobre cristais uniaxiais, porém fugiríamos dos assuntos pretendidos e designados neste relatório. Entretanto, temos agora fundamentos suficientes para continuar.
Extinção
A posição de extinção é atingida quando as direções de vibração, lenta e rápida, do mineral coincidirem com as direções de vibração dos polarizadores e analisador do microscópio. Quando o mineral se mostrar completamente escurecido, e isto se dá pela rotação da platina, teremos a extinção. E num giro de 360ᴼ existem 4 posições de extinção que se repetem a cada 90ᴼ.
O ângulo de extinção, este é formado entre direções cristalográficas qualquer (traços de clivagem, planos de geminação, faces cristalinas, entre outros) com uma direção de vibração do mineral (raio lento ou rápido). E por definição, a posição de máxima iluminação é a que o mineral se encontra a 45ᴼ da posição de extinção. Existem três tipos de extinção, ligados ao seu ângulo:
1- Extinção Paralela: O traço da clivagem ou de uma face estão paralelos ao fio N-S do retículo o mineral está extinto (Fig. 2a); o ângulo de extinção é 0ᴼ. Tanto o raio lento quando o rápido podem ser paralelos ao traço da clivagem ou da face.
2- Extinção Inclinada: o mineral está extinto quando o traço da clivagem ou de uma face fazem um ângulo com o fio N-S do retículo (Fig. 2b); o ângulo de extinção é superior a 0ᴼ. As direções de vibração do mineral não são paralelas aos traços da clivagem ou das faces.
3- Extinção Simétrica: Pode ser observada em minerais que apresentam duas clivagens ou duas faces distintas (Fig. 2c); [pic 3]
Figura 2. Grãos de minerais em posição de extinção (NESSE, 2000). (a) Extinção paralela (b) Extinção oblíqua (c) Extinção simétrica (d) Grão anédrico sem clivagem em que não é possível medir o ângulo de extinção.
Sinal de Elongação
Definido para minerais com hábito alongado, o sinal de elongação consiste em identificar qual raio, lento ou rápido, é paralelo à direção de maior alongamento do mineral. Neste sentido, temos dois tipos que se referem a minerais uniaxiais:
Elongação positiva: A direção de vibração do raio Lento (ou direção com maior índice de refração) é paralela ou subparalela a direção de maior alongamento do mineral.
Elongação negativa: A direção de vibração do raio rápido (ou direção com menor índice de refração) é paralela ou subparalela a direção de maior alongamento do mineral.
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