FENÔMENOS DE TRANSPORTE:
Por: vitoriasgdasilva • 13/10/2016 • Trabalho acadêmico • 3.412 Palavras (14 Páginas) • 251 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
UNIDADE UNIVERSITÁRIA EM NOVO HAMBURGO
CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA EM ENERGIA
ADEMIR BERLITZ
BRUNA BONEBERG
ELLEN CHEPP
JORGE RAFAEL
FENÔMENOS DE TRANSPORTE:
Relatório 3
Novo Hamburgo
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 REGIME TRANSIENTE
2.1 O método da capacitância global
2.2 Validade do método
2.3 Coeficiente de convecção
3 METODOLOGIA
3.1 Materiais
3.2 Metodologia
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Cálculos considerando tempos acumulados
4.2 Cálculos considerando janelas de dados
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Segundo INCROPERA (2011), a condução transiente envolve um sólido que passa por uma súbita mudança em seu ambiente. Seja a moldagem de um metal quente que está que está inicialmente a uma temperatura uniforme e que é temperado pela sua imersão em um líquido a uma temperatura mais baixa (Figura 1). Se o processo de têmpera inicia-se no tempo t = 0, a temperatura do sólido irá diminuir para tempos t > 0, até que acebe por atingir Essa redução é devida à transferência de calor por convecção na interface sólido-líquido. [pic 1][pic 2][pic 3]
Figura 1: Resfriamento de um metal quente.
[pic 4]
Fonte: Incropera, 2011, p. 163.
A essência do método da capacitância global é a hipótese de que a temperatura do sólido é uniforme no espaço, ou seja, em qualquer instante durante o processo transiente. Essa hipótese implica que os gradientes de temperatura no interior do sólido sejam desprezíveis.
Pela lei de Fourier, a condução térmica na ausência de um gradiente de temperatura implica a existência de uma condutividade térmica infinita, o que é impossível. Mas, a condição é aproximada se a resistência à condução no interior do sólido for pequena em comparação a resistência à transferência de calor entre o sólido e a sua vizinhança.
Supondo que condição é aproximada, ao desprezar os gradientes de temperatura no interior do sólido, não pode-se analisar o problema do ponto de vista da equação do calor. Por outro ponto de vista, a resposta transiente é determinada pela formulação de um balanço global de energia do sólido. Esse balanço deve relacionar a taxa de perda de calor na superfície com a taxa de variação de sua energia interna.
, Equação 1[pic 5]
Aplicando a Equação 1 ao volume de controle da Figura 1, essa exigência toma a forma da Equação 2 ou Equação 3.
, Equação 2[pic 6]
= p, Equação 3[pic 7][pic 8]
Sabendo que a diferença de temperaturas é dada pela Equação 4
Θ Equação 4[pic 9]
e reconhecendo Equação 5,
= Equação 5[pic 10][pic 11]
Agora, se for uma constante, segue-se que: [pic 12]
, Equação 6[pic 13]
Separando as integrais e integrando a partir da condição inicial, para a qual t = 0, e T(0) = , obtemos, então,[pic 14]
, Equação 7[pic 15]
onde Θ [pic 16]
Efetuando as integrações, segue–se que
, Equação 8[pic 17]
Ou
, Equação 9[pic 18]
A Equação 8 pode ser usada para determinar o tempo necessário para o sólido alcançar uma dada temperatura T, ou, por outro lado, a Equação 9 pode ser utilizada no cálculo da temperatura alcançada no sólido em algum tempo t.
Os resultados anteriores indicam que diferença de temperatura do sólido e do fluido deve fluir exponencialmente para zero à medida que o t se aproxima do infinito (Figura 2).
Figura 2: Resposta Transiente da temperatura de sólido com capacitâncias
globais para diferentes constantes de tempo térmicas τ.
[pic 19]
Fonte: Incropera, 2011, p. 164.
Na Equação 9, fica evidente que a grandeza pode ser interpretada como uma constante de tempo térmica representada é representada por:[pic 20]
= , Equação 10[pic 21][pic 22]
Onde,
é a resistência à transferência de calor por convecção[pic 23]
é a capacitância térmica global do sólido[pic 24]
Logo, qualquer aumento em ou causará uma resposta mais lenta do sólido a mudança no seu ambiente térmico. Esse comportamento é análogo ao decaimento da voltagem que ocorre quando um capacitor é descarregado através de um resistor em um circuito elétrico RC.[pic 25][pic 26]
Para determinar o total da energia transferido Q até algum instante de tempo t, simplesmente escrevemos
, Equação 11[pic 27]
Substituindo a expressão para θ, Equação 9, e integrando, obtemos
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