GESTÃO DE CONHECIMENTOS E INOVAÇÃO: NEGÓCIOS EM PROCEDIMENTOS DE GESTÃO ESTRATÉGICA
Tese: GESTÃO DE CONHECIMENTOS E INOVAÇÃO: NEGÓCIOS EM PROCEDIMENTOS DE GESTÃO ESTRATÉGICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: processos • 21/2/2014 • Tese • 4.346 Palavras (18 Páginas) • 332 Visualizações
GESTÃO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO: UMA QUESTÃO
ESTRATÉGICA NA ADMINISTRAÇÃO POR PROCESSOS
Robson Freire1 – rbnfreire@yahoo.com.br
Rogério de Jesus Freire 2- rogerior2000@yahoo.com.br
RESUMO
Num contexto em que as análises econômicas são cada vez mais subjetivas, os sistemas
organizacionais estão cedendo espaço para estruturas mais flexíveis, altamente adaptativas.
Este estudo focaliza uma revisão conceitual relacionada à temática da gestão do
conhecimento, gestão por processos e a prática sistemática da inovação como maneira de
impactar positivamente as organizações de trabalho. Como conclusão, argumenta-se que nas
organizações orientadas por processos, uma força significativa está na gestão do
conhecimento por contribuir para a obtenção do diferencial competitivo e agregação de valor
que beneficiam a inovação e o aprendizado contínuo, reconhecidamente promotor da melhoria
de desempenho e perenização das instituições.
Palavras-Chave: Gestão do Conhecimento. Inovação. Gestão por Processo.
1 INTRODUÇÃO
O momento atual de alta competitividade e complexidade têm criado um hiato entre as
organizações da velha e nova economia. As rápidas mudanças caracterizam-se por um cenário
de não-linearidade e imprevisibilidade. Uma das variáveis é que o tempo tem sido
simultaneamente, o vilão e o propulsor de uma série de fatos responsáveis pela ascensão e
declínio de inúmeras organizações de trabalho. Tais determinantes desse novo sistema de
criação de riquezas são dotadas de uma cadência e dinamicidade na qual a sociedade e o ser
humano ainda não se acostumaram e procuram se adaptar.
Para compreender o que se passa Toffler (1980), autor de “A Terceira Onda” esclarece que
esses períodos de tempo tendem a tornarem-se cada vez menores. Com efeito, a invenção da
agricultura impulsionou a Primeira Onda que foi hegemônica por aproximadamente 6000 mil
anos. Nesse período, a terra foi a grande fonte de poder e riqueza. A Revolução Industrial que
tinha o capital e os meios de produção como fonte de poder impeliu a Segunda Onda, que
durou um tempo inferior à Primeira. Foram cerca de 300 anos de uma lógica de metamorfose
do mundo de mercadorias e de produção, de uma sociedade de massa que tinha como eco a
equivalência na distribuição de massa, consumo, educação e comunicação de massa, onde o
princípio governante era a homogeneidade.
Para compreender a complexidade das transformações ocorridas no mundo, nesta fase, tomarse-
á como exemplo as alterações ocorridas nas grandes indústrias de automóvel de classe
mundial. Na visão de Kotler (1998), sobre o desempenho organizacional, a Era Industrial
1 Mestrando em Administração de Empresas (Univali), Especialistas em Marketing e Recursos Humanos
(UFSC) e Administrador de Empresas (ICÉS).
2 Professor nos cursos de Administração de Empresas e Bacharelado em Sistemas de Informação da FACITEC,
Especialista em Gerenciamento de Projetos e Administrador de Empresas.
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teve seu apogeu na década de 1920, com Henry Ford e a produção do seu antológico
automóvel preto Modelo T. Nos anos 50, a General Motors (GM) que insistia em produzir
grandes automóveis, foi surpreendida pela Volkswagen que passou a produzir carros menores.
Posteriormente, uma nova onda tomou conta do mundo industrial e os equipamentos passaram
a ser o principal ativo das organizações. Porém, o foco para se vislumbrar os negócios, ainda
se concentrava basicamente no processamento de recursos físicos para criar produtos
tangíveis. Num quadro de constantes transformações, nos anos 80, os japoneses preocupados
com a qualidade responderam com carros mais seguros e confortáveis.
De certa forma, a globalização, conjugada com a recessão mundial daquela época, levou as
grandes empresas e multinacionais a rever seus negócios, com o objetivo de alcançar a maior
eficiência e melhores resultados. Isso, aliás, explica a adoção de estratégias que teve o
atendimento das expectativas do cliente como um dos grandes objetivos, sendo o aumento da
qualidade e flexibilidade de produtos e serviços o principal meio para tal.
Esse desafio empresarial motivou diferentes iniciativas: a que mais se destacou foi à
estruturação de diversas técnicas de qualidade aplicadas pelas indústrias japonesas, resultando
no (total quality management – TQM). O conceito de TQM encorajou as empresas na
concentração da análise crítica de seus processos, produtos e serviços a fim de identificar cada
um dos pequenos pontos de melhoria possíveis. Um dos conceitos por trás da busca
incessante pelo aumento da qualidade é o princípio Kaizem, e sua lógica supõe que nada se
apresenta no estado de plena perfeição, cabendo
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