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Gerência De Projetos

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Por:   •  18/8/2013  •  2.308 Palavras (10 Páginas)  •  595 Visualizações

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Leia com atenção os enunciados e responda as questões a seguir.

O trekking e a gestão de projetos

O trekking (ou enduro a pé) é um esporte em equipe, definido como uma prova do tipo “rally de regularidade”, em que grupos de três a seis participantes percorrem uma trilha predeterminada, caracterizada por trechos pouco definidos, desconhecidos pela equipe e geralmente inóspitos, trilhas, penas estradas, travessia de riachos, pântanos, subida e descida de morros, etc.

O objetivo das equipes é percorrer a trilha com o mínimo de desvio em relação às indicações de navegação, distâncias percorridas e velocidades médias estabelecidas na planilha. Trata-se de uma prova de regularidade que enfatiza a execução precisa das referências predeterminadas pela organização da prova. A atenção e a precisão na execução da planilha da trilha (o plano do percurso) são, pois, fatores fundamentais de sucesso para as equipes.

Por ser um esporte que visa ao alcance de objetivos traçados em um plano predefino e praticado em equipe, o trekking permite aos participantes a vivência de situações que ilustram de modo nítido alguns conceitos associados às competências técnicas e comportamentais requeridas das equipes de projetos. Trata-se, assim, de um modo efetivo de simulação de vivências do ambiente de projetos, facilitador da aceleração do desenvolvimento do pessoal.

O trekking é hoje um dos esportes que mais crescem em número de adeptos no Brasil, uma vez que permite ser praticado por pessoas com nível não mais que razoável de condicionamento físico, de qualquer idade ou sexo, e oferece recompensas valiosas em termos de melhoria da qualidade de vida, senão de aventura, contato direto com a natureza, socialização e, por que não dizer, vivência de situações do cotidiano profissional de modo lúdico, porém perfeitamente adequado e didático.

As equipes de trekking caminham por uma trilha desconhecida (e, geralmente, desafiadora), tentando manter o máximo de precisão e regularidade em relação aos requisitos de navegação, distâncias percorridas e velocidades médias, definidas por uma planilha previamente elaborada pela organização da prova. Essa Planilha de Navegação é o elemento básico da prova. Ela fornece as referências a serem perseguidas, as distâncias, as velocidades médias e, eventualmente, as direções de bússola. Trata-se de um Plano Base que a equipe percebe no início da prova e tenta acompanhar com o maior precisão possível durante a caminhada. Ganha a prova aquela equipe que caminhar pelos trechos da trilha mantendo a maior regularidade possível em relação aos requisitos de distância e velocidade definidos pela planilha. Ganha quem erra menos, quem atinge os marcos da trilha no tempo mais próximo possível do ideal, e não quem chega primeiro!

As provas de trekking não são, necessariamente, fáceis! Uma vez que a planilha da prova só é entregue algum tempo antes da largada, as equipe não têm a mínima noção por onde terão que passar durante a prova – ela já estará em curso quando, pela primeira vez, as equipes terão contato com o percurso. Geralmente, a trilha se alonga por 10 a 15 quilômetros de distância, devendo ser percorrida em três a quatro horas. O esporte exige muita capacidade de raciocínio analítico para se prosseguir caminhando e adaptar continuamente os cálculos das distâncias na navegação visual e com a bússola, um relativo condicionamento físico para caminhar durante aproximadamente três a quatro horas por trilhas complicadas e inóspitas, subir e descer morros, atravessar rios, saltar sobre pedras, atolar na lama e atravessar matas densas por pequenos caminhos. Porém, não é só isso. Por se tratar de um esporte praticado em equipe, o sucesso na prova requer que se reconheça o papel de cada integrante da equipe e que esses diferentes papéis sejam executados de modo efetivo e integrado.

Normalmente, os participantes da equipe se dividem nos seguintes papeis específicos, podendo, eventualmente, um elemento assumir vários desses papeis:

a. O calculista tem a responsabilidade de transformar as distâncias de cada trecho ou referências fornecidas em metros para passos, já que não é permitida a utilização de equipamentos especiais de medição tipo trena ou GPS. O calculista geralmente dispõe de uma calculadora ou um pequeno computador de braço.

b. O cronometrista, por sua vez, tem a função de verificar se a velocidade da equipe está correta e se o tempo está adequado ao que foi estabelecido na planilha pelo calculista. É o cronometrista que orienta o ritmo da equipe para que ela consiga fazer a prova dentro das distâncias e dos prazos determinados com a máxima precisão.

c. O contador de passos tem a responsabilidade de medir as distâncias entre os vários trechos e referências, conforme orientação do navegador e do calculista. O contador de passos tem que ter uma passada regular (por exemplo, de 1,2 metros para cada passada dupla), onde quer que a trilha indique. Imagine manter a mesma regularidade no tamanho dos passos, seja subindo, seja descendo morros, atravessando rios e riachos, pedras e matagal. Isso é muito difícil e é um das responsabilidades fundamentais da equipe. O contador de passos leva na mão um pedômetro – instrumento que conta o número de passos dados toda vez que ele aperta um botão.

d. O navegador tem a responsabilidade de dirigir a equipe, analisando as referências da planilha e indicando o rumo certo a seguir. O navegador usa uma bússola e tem que atentar aos detalhes do ambiente; Por exemplo, a planilha pode indicar uma referência de um cupinzeiro com um toco de árvore ao lado no meio de um pasto, e o navegador tem que encontrar essa referência no meio da trilha. É bastante complicado também.

e. O apontador, finalmente, tem por responsabilidade anotar todos os tempos de passagem pelos pontos de controle, que em última instância é o que garante a apuração final dos resultados. O apontador é importante também na avaliação do comportamento global da equipe frente aos diversos níveis de dificuldade enfrentados, garantido informações vitais para a melhoria contínua do desempenho da equipe.

Participar de uma prova de trekking não significa apenas optar pela prática de um exercício físico adequado, mas, primordialmente, está associado à adoção de um estilo de vida pautado nos valores da procura por novos desafios, da socialização do ser humano e da preservação da natureza. Os desafios vivenciados durante uma prova de trekking, pode, facilmente, ser relacionados aos da vida cotidiana e, invariavelmente, tais experiências costumam ser expandidas e servir de solução para situações profissionais.

Sob

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