Gestão de Resíduos
Por: Luan Borges • 4/12/2015 • Projeto de pesquisa • 3.171 Palavras (13 Páginas) • 234 Visualizações
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Luan Felipe Pereira Borges
GESTÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM SALVADOR
Salvador
2015
Luan Felipe Pereira Borges
GESTÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM SALVADOR
Trabalho apresentado junto ao curso de Engenharia Civil da Universidade Católica do Salvador, como requisito disciplina Estágio 2.
Orientador: Jorge Oliveira
Salvador/BA
2015
SUMÁRIO
- PROBLEMÁTICA ...................................................................................... 4
- OBJETIVO .................................................................................................. 6
- IMPACTOS ................................................................................................. 7
- AÇÕES ......................................................................................................... 9
- CONCLUSÃO ........................................................................................... 12
- REFERÊNCIAS ........................................................................................ 13
- PROBLEMÁTICA
No Brasil, o setor da construção civil começou a dar sinais de expansão em 2004, com o aumento nos investimentos em obras de infraestrutura e em unidades habitacionais. Analisando o processo produtivo, desde a exploração da matéria prima até o acabamento das obras, conclui-se que a construção civil é uma das atividades que mais contribuem com a alteração do meio ambiente. Essas alterações ocorrem na fase de implantação da obra, execução dos serviços, confecção de artefatos, limpeza da obra, etc. Além disso, são gerados resíduos durante toda a vida útil da construção: execução, manutenção, reforma e demolição.
Devido ao crescente processo de verticalização das construções, houve uma necessidade de controlar e gerenciar os resíduos provenientes do setor – pioneiro no desenvolvimento econômico e social. O gerenciamento adequado desses resíduos nos canteiros de obras de pequeno, médio e grande portes, é indispensável para a qualidade da gestão ambiental nos centros urbanos, uma vez que reduz custos sociais, financeiros e ambientais.
A disposição irregular desses resíduos, além de degradar o meio ambiente, afeta a qualidade de vida da população, os serviços dos ecossistemas e a disponibilidade dos recursos naturais. Além disso, gera problemas como o esgotamento de aterros sanitários, a obstrução do sistema de drenagem urbano, a proliferação de insetos e roedores. Provoca, ainda, a contaminação de águas subterrâneas pela penetração através do solo de metais de alta toxidade e de chorume, o desperdício de materiais recicláveis, e o consequente prejuízo aos municípios e à saúde pública (BLUMENSCHEIN, 2007).
A grande quantidade de resíduos da indústria da construção civil é proveniente da perda de materiais de construção nos canteiros de obras, resultante dos materiais desperdiçados durante o processo de execução de um serviço, ou que se tornaram resíduos por falta de segregação. Outras fontes geradoras são as demolições e as reformas, que promovem a eliminação das diversas componentes durante a utilização ou após o término do serviço (FONTES, 2008).
Vários são os fatores que contribuem para a geração do entulho, como o despreparo da mão de obra, a má qualidade dos materiais utilizados na construção, a falta de planejamento nos projetos de execução da obra, dentre outros.
Quando comparada a países do primeiro mundo, a reciclagem de resíduos da construção civil é ainda tímida. Em cidades brasileiras de médio e grande porte, a quantidade de Resíduo de Construção Civil (RCC) gerada em relação à massa total de lixo coletada gira em torno de 61% (PINTO, 2005).
Apesar de algumas empresas no mercado se interessarem em explorar o negócio de reciclagem de RCC e não só o negócio de transporte, as experiências brasileiras ainda estão limitadas a ações dos municípios, que buscam reduzir os custos e o impacto ambiental negativo da deposição da enorme massa de entulho no meio urbano para algumas cidades brasileiras de médio e grande porte.
Atualmente, começa a surgir, por parte das empresas, uma maior preocupação com o meio ambiente, revelando um novo comportamento diante de tantos impactos negativos de suas atividades produtivas.
Um dos maiores problemas enfrentado pelo Município de Salvador é a grande quantidade de pontos clandestinos de descarga de entulho, espalhados pela cidade, devido à dispersão geográfica e temporal da geração desse resíduo pelo setor informal, somados a falta de educação ambiental, sinalização e, por fim, à falta de local estabelecido para destinar o resíduo (FONTES, 2008).
Nesse sentido, o entulho provoca perdas de recursos para o gerador da mesma forma que onera gastos ao Poder Público, que acaba arcando com os custos de disposição final dos resíduos (que são depositados em locais não definidos pelo município), aumentando os gastos com transporte. Os custos com transporte para os aterros oficiais dificultam o acesso do pequeno gerador em dar um destino adequado aos seus resíduos.
Para orientar estas ações, a Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002, estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para uma correta gestão. Dentre estes, no que diz respeito às responsabilidades, estabelece que os grandes geradores, como empresas privadas de construção, deverão elaborar projetos próprios especificando o gerenciamento dos resíduos, enquanto cabe aos municípios a elaboração de procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, na forma de um Programa Integrado de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil.
Em Salvador, no ano 2000, verificou-se que o valor da massa de entulho representou 50% dos resíduos coletados pela limpeza urbana, cerca de 2.750 t/dia de entulho, sendo que este valor representou em 2004 quase 40% dos resíduos sólidos coletados na cidade, cerca de 1.636 t/dia, causando graves impactos ambientais e sociais (LIMPURB, 2000 e 2004).
Segundo a LIMPURB (2004), notou-se que houve uma melhoria na coleta dos resíduos depois que realizaram um levantamento dos pontos de descarte clandestino de entulho em Salvador. Com isso, a empresa elaborou o Projeto de Gestão Diferenciada de Entulho de Salvador que está em vigor desde 1999. Esse projeto tem como objetivo:
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