Gestão De Frotas
Artigos Científicos: Gestão De Frotas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ruthdourado • 13/4/2013 • 1.992 Palavras (8 Páginas) • 1.271 Visualizações
Introdução:
A globalização faz com que o mercado torne-se cada vez mais competitivo. Os chamados mercados globais aquecem a economia no mundo todo. E para atender a demanda dos clientes globais, as empresas de pneus consomem cada vez mais recursos e com isso, quem detém o poder monetário sai na frente na competição. As empresas que possuem menos recursos acabam optando por recapar pneus, ou seja, optam por reformá-los.
O Brasil é líder mundial em produção de alimentos. Isso, evidentemente, faz da agricultura um negócio espetacular para o setor de transporte. A frota de veículos cresce de forma impressionante, o que amplia o potencial de crescimento da linha leve. Outro fator importante a ser considerado é o volume de investimento que está a caminho por conta da Copa do Mundo e da Olimpíada. É algo espantoso que vai movimentar toda a economia. Em toda e qualquer grande obra, o transporte será fundamental. Então nossa linha de transporte de carga precisa ter atenção especial.
Com o aquecimento da economia brasileira e consequentemente a crescente venda de caminhões, carros leves, o mercado de pneus tende a aumentar a cada dia. Com isso, os recursos para a fabricação dos mesmos só aumentam. O que nos leva a optar pela estratégia da importação ou compra de produtos chineses (mercado que cresce muito todos os dias ao redor do mundo) ou optarmos pela reforma de pneus já utilizados.
O processo de recapagem e seus custos:
À medida que roda, o pneu sofre uma deterioração maior ou menor, de acordo com as condições que dos cuidados com sua manutenção (calibragem, alinhamento de rodas, balanceamento, distribuição de carga, pares corretos, etc). A banda de rodagem, área de contato direto com o solo, sofre um desgaste e pode passar por um processo de reforma, conhecido por RECAPAGEM. Tal processo ocorre com a troca da banda de rodagem por uma nova e requer fases para sua execução e cada uma com seus cuidados, para que a recapagem não altere as características originais da carcaça e mantenha a segurança do pneu.
Anualmente no Brasil, são recapados 7,6 milhões de pneus, entre caminhões e ônibus; 8 milhões de pneus de automóveis; 2 milhões de pneus de motocicletas e 300 mil fora-de-estrada e agrícola.A recapagem pode ser enquadrada no setor terciário, que também, se destaca pela sua capacidade de auxiliar o crescimento e desenvolvimento de cidades em empresas de uma forma geral. Esta atua, reduzindo relevantemente os custos gerados pelos veículos, custos de logística para as empresas que atuam no setor industrial ou no comércio e os custos dos serviços prestados nas empresas, que atuam no setor de transporte de passageiros ou de cargas, considerando o fato de que no país, a maioria dos transportes de carga são feitos pelas rodovias.
Segundo Lopes (2005), destaca que o Brasil é o segundo maior reformador de pneus do mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos. A reforma de pneus movimenta no Brasil, anualmente, cerca de R quatro bilhões e gera um índice de empregos que atinge mais de 205 mil postos de trabalho. Como há setores que possuem uma logística de direta influência na formação dos preços, a recapagem de pneus pode ser uma ótima alternativa para se reduzir despesas. Segundo ABR (Associação Brasileira de Recauchutagem), o valor deste processo pode custar cerca de 1/3 do preço de um pneu novo.
Pneu de automóvel Pneu agrícola Pneu Carga
Matéria-Prima Custo por Pneu (Reais) Matéria-Prima (Reais) Custo por Pneu (Reais) Matéria-Prima (Reais) Custo por Pneu (Reais)
Cola 1 Cola 7 Cola 3
Banda 32,5 Banda 500 Banda 182
Ligação 2,5 Ligação 26 Ligação 15
Tinta 0,2 Tinta 0,8 Tinta 0,5
Saco 1,5 Saco 1,5 Saco 1,5
Total 37,7 Total 535,3 Total 202
Quadro 1: Custo da matéria-prima por recapagem – Fonte: ABR
Gestão de frotas na Região do ABC:
Dentre os dez maiores fornecedores da indústria automobilística, quatro são fabricantes de pneus: Bridgestone / Firestone, Michelin, Goodyear e Continental. No Brasil, as empresas com grande expressão mundial que dominam o mercado de automóveis e comerciais leves são: Bridgestone / Firestone, Pirelli e Goodyear. A Michelin, junto com as três empresas citadas acima e algumas outras de Reciclagem de pneus - 56 - fábricas nacionais dividem o mercado interno de pneus utilizado em veículos de carga.
Na região do ABC, em cidades como Santo André e São Bernardo, foram montados galpões para abrigar pneus velhos destinados à reciclagem. O grande ABC descarta cerca de 1, 1 mil toneladas de pneus por mês.
Segundo reportagem publicada no Diário do Grande ABC em 2003, Santo André é a cidade que mais recolhe os pneus da rua: cerca de 50 por dia, que ficam armazenados no aterro sanitário para depois serem reciclados. Outras como São Caetano e São Bernardo, não controlam a quantidade de pneus recolhidos, mas eles são levados para a reciclagem. Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra armazenam seus pneus em galpões antes de serem encaminhados para a reciclagem. Sempre que o volume atinge 10 toneladas, a ANIP (Associação Nacional das Indústrias de Pneumáticos) mandará uma carreta para retirar o material e enviar para o centro de recepção e picotagem.
Empresas que utilizam gestão de frotas na região do ABC:
A maioria das empresas responsáveis pelo transporte está preocupada com o gerenciamento de resíduos, em virtude das leis que envolvem o meio-ambiente e às exigências de seus clientes. Analisando as empresas transportadoras na região do ABC, vimos que há um crescimento na preocupação e implantação de normas e sistemas voltados ao meio ambiente.
Segundo SEIXAS (2005), o Brasil acordou para o problema do resíduo ambiental provocado pelos pneus velhos nos anos 90, quando o governo abriu as fronteiras para a importação de produtos usados. Atraídos por preços atraentes e peças ainda em bom estado de conservação, os importadores empurraram para os brasileiros não só os pneus descartados por europeus e americanos, como também o lixo representado por milhares de toneladas de borracha. As empresas continuam importando seus pneus norte-americanos e europeus, mesmo sendo uma prática proibida, para suprir o mercado de reformados do Brasil, que chega atualmente a 70% da frota
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