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Gestão Pública

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Por:   •  10/10/2013  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  341 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

As relações humanas entre indivíduos têm vida própria e peculiar, que ultrapassa as características de seus componentes e se manifesta não só na relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas relações que os membros de um grupo mantêm entre si.

Em tudo o que fazemos existe o princípio das relações humanas. A comunicação é o meio principal em que este relacionamento acontece.

Precisamos nos relacionar em todas as situações e para a isso o uso da comunicação é indispensável. No ambiente de trabalho as relações humanas devem adquirir uma postura mais formal do que a que desenvolvemos no dia-a-dia, pois lidamos, principalmente, com hierarquias.

Este trabalho pretende discutir a influência das relações humanas no ambiente de trabalho tomando como objeto de estudo um caso de assédio sexual de um subordinado para a sua chefa e os reflexos deste acontecimento para o setor de trabalho. O objetivo deste trabalho é discutir, através de um artigo, os conteúdos estudados nas disciplinas do semestre em curso, promovendo a interdisciplinaridade e a integração entre teoria e prática.

Para o desenvolvimento do trabalho, a estratégia escolhida foi o Estudo de Caso. De acordo com Yin (2005), o uso do Estudo de Caso, como estratégia de pesquisa, é mais adequado nas seguintes situações: quando as questões de pesquisa são do tipo “como” e “por quê”, quando não existe controle sobre os eventos e quando o foco está em acontecimentos contemporâneos.

Sendo assim, o método de estudo de caso foi escolhido por ser uma estratégia de pesquisa empírica e abrangente, que preserva as características holísticas de um fenômeno e o analisa dentro de seu contexto. Esta peculiaridade permite que o pesquisador, ao delimitar um caso dentro do universo, faça uma análise em profundidade do mesmo, para que através dele o problema estudado possa ser compreendido (YIN, 2005).

2 ESTUDO DE CASO

O presente estudo de caso analisa situações descritas no caso Gentileza ou assédio: conflitos de gênero e de raça nas relações de trabalho retirado da Casoteca de Gestão Pública da ENAP – Escola Nacional de Administração Pública.

2.1 PERFIL DOS PERSONAGENS

Os personagens deste caso são três: Fernando, Chefe titular da área de Orçamentos, Finanças e Contadoria do Departamento de Projetos do Ministério de Políticas Estratégicas; é um líder autocrático, gosta de ter o controle, mas precisou se afastar por motivo de saúde e colocou como substituta a servidora mais antiga, Carla, que já havia o substituído em outros momentos por tempo mais curto. Carla é competente, técnica e comprovada capacidade de gerir eventuais problemas, além de ser a única integrante da equipe que possui curso de Especialização em Perícia Judicial de Cálculo Trabalhista, razão pela qual conseguiu o posto de chefe substituta. Assume uma liderança democrática, ouvindo os membros da equipe e delegando tarefas. Por último temos Ricardo, o mais novo da equipe, é expansivo, brincalhão e é considerado por todos o “promoter”, aquele responsável por organizar os eventos sociais internos e externos do setor. Tem o hábito de contar piadas e apelidar os colegas.

2.2 O CONFLITO

Após o afastamento de Fernando para tratar da saúde Carla assume a chefia do setor. Depois de uma aproximação sutil, Ricardo passa a cortejá-la com insistência, o que a deixa constrangida e desconfortável. Após várias investidas sem sucesso, Ricardo perde o controle, agarra e beija Carla contra sua vontade. Carla reage discutindo com Ricardo que afirma o interesse dela por ele. Logo em seguida Ricardo realiza uma campanha difamatória contra Carla, afirmando que ela não tem capacidade técnica para assumir o cargo e ainda levanta a suspeita de um caso amoroso entre ela e Fernando.

2.3 DISCUSSÃO DE TEMAS PRESENTES NO CASO

2.3.1 Liderança

Apesar das diversas definições encontradas, destaca-se a de Chiavenato (2000, p.107) onde afirma que "liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meios do processo da comunicação humana para a consecução de um determinado objetivo." Chiavenato (2000, p.89) ressalta ainda que "liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada situação".

Na liderança autocrática o líder é centralizador, define os objetivos de seus subordinados, além de escolher o método de trabalho, não deixando que os liderados participem das decisões tomadas.

Na liderança democrática o líder toma suas decisões com o consenso do grupo incentivando a participação de todos na tomada de decisões. Delega autoridade para que seus liderados sugiram e executem os objetivos traçados, aceitando as decisões do grupo e não se esquecendo de usar o feedback.

Já na liderança liberal o líder toma poucas decisões, pois a maior parte delas é tomada pelos seus subordinados que tem ampla liberdade, em virtude da ausência de avaliação de desempenho.

Com base no exposto e analisando as características dos personagens podemos afirmar que Fernando é um líder autocrático e Carla uma líder democrática.

2.3.2 Diversidade da força de trabalho

Fernando escolheu Carla por ela ser a servidora mais antiga do setor e por esta ter além da graduação, o curso de Especialização em Perícia Judicial de Cálculo Trabalhista. Com este ato ele demonstrou não ter preconceitos com a cor e o gênero de Carla, levando em consideração apenas o fator técnico. Muito justo, em minha opinião.

2.3.3 Ética

Ricardo não agiu de forma ética, uma vez que esta conduta significa agir conforme um padrão de caráter, exibindo valores morais como a boa fé e outros princípios necessários para uma vida saudável no seio da sociedade. Poderia ser acusado de assédio sexual, tendo em vista que há um tipo amplo de comportamentos que podem ser considerados como assédio sexual: 1) se a conduta é indesejada, não razoável e ofensiva à pessoa da vítima; 2) se a recusa ou a aceitação dessa conduta seja considerada, para a tomada de decisões que afetem a formação profissional ou o emprego; 3) se a alegada conduta cria um ambiente de trabalho intimidante, hostil ou humilhante para a pessoa que é objeto da mesma.

2.3.4 Cultura e Clima Organizacional

Antes

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