Grandes Usina Hidrelétrica de Furnas
Por: Aislan Araujo • 6/6/2023 • Trabalho acadêmico • 5.862 Palavras (24 Páginas) • 70 Visualizações
GRANDES OBRAS: Usina Hidrelétrica de Furnas
Autores
Aislan A.
RESUMO
O subtema escolhido pelo grupo foi Usina Hidrelétrica de Furnas, que além de ser uma grande obra, também possui grande importância enérgica e econômica. Antes de sua construção o Brasil se via com uma necessidade crescente de fonte de energia, que supri-se a demanda de energia igualmente ao crescimento que o Brasil se encontrava. O então presidente Juscelino Kubitschek via como principal obstáculo na expansão econômica, a reduzida oferta de energia. Encontrando nas corredeiras do rio grande o local ideal para construção, de uma das maiores hidrelétricas do país, com capacidade para atender os principais centros socioeconômicos, afastando assim o colapso que ameaçava o país. Na construção da usina foram necessários profissionais estrangeiros e equipamentos importados.
Muitos problemas foram enfrentados, desde empréstimos, á locomoção dos equipamentos. Estratégias e treinamentos foram passados aos profissionais para que esses tivessem um amplo conhecimento sobre a usina, referente a todo o seu procedimento de construção, geração de energia e sua distribuição.
Palavras-chave: Energia. Água. Hidrelétrica. Barragem.
1 INTRODUÇÃO
Orientadora do Projeto Interdisciplinar : Débora Alvarenga
2 COMEÇO DE TUDO
Em 1956 quando Juscelino Kubitschek de Oliveira assumiu o poder de presidente da republica, onde nessa época 60% da população moravam nos campos, o ex-governador de minas tinha 31 objetivos a serem alcançados em sua gestão, tendo como slogan “50 anos em cinco”, os seus principais objetivos eram os setores de energia, transportes, alimentação, indústria, educação e a construção de Brasília. O Plano de Metas teve como base o estudo da economia Brasileira, sendo elaborado um Grupo misto em 1953 presidido pelo economista Celso Furtado, e composto por especialistas da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). Nas decas de 40 e 50 foi constatado com especialistas estrangeiros o principal obstáculo da expansão econômica, sendo a reduzida oferta de energia, O acelerado crescimento, grande parte concentrado na região Centro/Sul, indicava a necessidade de obras que adicionassem pelo menos 1.000 MW de energia. Este número representava, na época, quase um terço da capacidade total instalada do Brasil. E foi assim que a Usina de Furnas (MG) surgiu como alternativa estratégica para fazer frente a forte industrialização.
As corredeiras de Furnas foi descoberto pelo Engenheiro da CEMIG Francisco Afonso de Noronha quando a convite da família Mendes Júnior o convidou para uma pescaria, a CEMIG já procurava no Rio Grande um lugar ideal para a construção de uma usina, depois da analise que Francisco fez do local, foi apresentado fotos e desenhos de barragens em Belo Horizonte, ao engenheiro John Reginald Cotrim, então vice-presidente da Cemig e futuro presidente de FURNAS. Cotrim visitou o local e constatou que seria ideal a construção de uma grande usina podendo assim atender os três principais centros socioeconômicos do país, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, afastando o colapso energético que ameaçava o país.
No Palácio do Catete (RJ) em 28 de fevereiro de 1957 Juscelino assina a escritura publica de constituição da Central Elétrica de Furnas S.A. E depois é assinado o Decreto 41.066, que autorizava o funcionamento de FURNAS como empresa de energia elétrica. O Conselho de Administração presidido por Lucas Lopes passa a Diretoria da Empresa a missão de implantar, organizar e iniciar as obras, formada por John Cotrim, Benedicto Dutra, Flávio Henrique Lyra da Silva, Maurício Chagas Bicalho, Mário Lopes Leão e João da Silva Monteiro Filho, tendo como primeiras providencias as instalações de escritórios sendo eles em Passos(MG), o Central(RJ), onde se instalaram a Diretoria, setores técnicos, financeiros, de pessoal e de serviços gerais; São Paulo e Belo Horizonte.
Entre as várias questões urgentes enfrentadas pela primeira Diretoria de FURNAS estavam as negociações do empréstimo junto ao Banco Mundial, para cobrir despesas em moeda estrangeira na aquisição de equipamentos; a solução de pendências do projeto básico Carlos Mário Faveret, engenheiro responsável pelas ações de desapropriação e relocação, reuniu uma equipe de advogados, engenheiros, agrônomos, topógrafos e avaliadores de terras para iniciar com proprietários e autoridades municipais as negociações e acordos de aquisição de terras e relocação de bens públicos, sendo muito importa o sucesso das negociações para que as comportas da usina fossem fechadas na data do cronograma.
Em 1958 iniciam-se as atividades da Usina de Furnas, o canteiro de obras foi alimentado pela usina de Peixoto. O suprimento de energia era vital para garantir as obras e, com elas, os primeiros passos na construção de uma história. Para construir a maior hidrelétrica do país naquela época exigiu contratação de profissionais estrangeiros, principalmente ingleses, e importação de equipamentos da Itália, Suécia, Estados Unidos, Suíça, Canada e Japão, e contaram com operários brasileiros que ajudaram na resolução de muitos problemas técnicos. Fábio Carvalho Alves que era empregado de um empresa chamada Mendes Junior, trabalhou no núcleo de argila da barragem da usina, e diz que enfrentou muitos problemas, sendo um deles atravessar equipamento muito pesados em balsas, em algumas vezes chegando a afundar, “Estávamos construindo uma obra que iria mudar o Brasil”(Fabio Carvalho).
No inicio da década de 60 o engenheiro Victor Cataldo com apoio de John Cotrim colocavam em pratica um plano de treinamento, para formar dentro da companhia os especialistas responsáveis pela gestão de um sistema de geração e transmissão, ainda inédito na América Latina e com poucas unidades no mundo, Antônio Carlos Pantoja e outros sete alunos do ultimo ano de engenharia elétrica coube a responsabilidade de treinar alunos de varias profissões em uma equipe competente onde todos fariam parte, e com êxito na formação da primeira turma em 1965 Furnas começa a formar a segunda turma , e em 1967 começa as ligações entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, com 9467 MW, 46 subestações , uma das mais solidas malhas de transmissão do país com quase 20 mil km de linhas.
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