Historia Do MSX
Seminário: Historia Do MSX. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: diogovieiro • 9/3/2014 • Seminário • 1.886 Palavras (8 Páginas) • 183 Visualizações
O microcomputador MSX foi criado em 1983, com a intenção de ser um padrão de microcomputadores domésticos de fácil expansão, simples uso e manuseio, e total compatibilidade. A concepção do padrão MSX veio penetrar numa faixa de mercado promissora: um microcomputador que poderia ser ligado numa televisão, usar periféricos feito por fabricantes diferentes e mesmo assim, manter a facilidade de uso e a compatibilidade. Algumas empresas investiram no MSX, como SONY, PANASONIC, SANYO, PHILIPS, NATIONAL, PIONEER, YAMAHA, TOSHIBA, entre outras, cujo total alcançava 40 empresas.
Em 1985 foi lançada a segunda versão, MSX2, com novidades na parte gráfica, gerenciamento de memória e vídeo, como poder controlar um superimpose (usado para produção de vídeo). Foi um sucesso retumbante, alcançando um enorme sucesso no Japão e Europa em geral. No mesmo ano,
No Brasil, a SHARP e a GRADIENTE fabricaram e lançaram seus MSX, ambos da primeira versão (MSX 1). Seus micros, HOTBIT HB-8000 e EXPERT GPC-1 (respectivamente) foram a grande vedete de feiras de informática e eletrodomésticos, alcançando ao longo dos anos o total de 400.000 máquinas fabricadas.
Em 1988, o MSX chegava a 2 milhões de micros vendidos no mundo, e o título de “melhor microcomputador de 8 bits do mundo”, assim como o MSX2+ era lançado. Suas melhorias enfocavam novamente a parte gráfica e a capacidade de geração de som, tornando o MSX um microcomputador multimídia, antes mesmo que o termo tivesse sido cunhado. Em 1990, 4 milhões de MSX já tinham sido vendidos ao redor do mundo.
Vários periféricos haviam sido desenvolvidos ao longo dos anos, desde disk-drives, portas seriais, interfaces MIDI (para comunicação com teclados eletrônicos), digitalizadores de imagem, expansões de memória (até o limite de 4 Mb), interfaces para conexão de discos rígidos, modems, canetas óticas, mouses, leitoras de código de barras, impressoras coloridas, e até mesmos pequenos robôs que poderiam ser controlados pelo MSX. Software também foi produzido: compiladores, aplicativos, utilitários e é claro, muitos jogos. Tudo isso, ao longo dos anos, contribuiu e muito para a popularização do MSX pelo mundo.
No ano de 1990 aconteceu o último episódio (oficial) da saga MSX que trouxe um inédito avanço para o padrão; em outubro de 1990 foi lançado o MSX Turbo-R FSA1ST. O MSX Turbo-R é semelhante a um MSX2+, com a diferença de que a CPU central não era mais o Z80 mas o veloz R800 que agora sim passaria a ser de 16 bits. Logo, um Turbo-R consegue ser em média até 10 vezes mais rápido que um MSX2+ normal. O Turbo-R também continha um processador de som auxiliar o PCM (Pulse Code Modulator) para digitalizar (sampler) e reproduzir sons com até 15,75 KHz de velocidade de amostragem.
Em 1991 foi lançado o MSX Turbo-R FSA1GT, que trazia mais RAM (512 Kb, ao invés dos 256 Kb do ST), além de uma interface MIDI para conexão digital de instrumentos musicais, controlando até 32 canais de som simultâneos. O GT também trazia embutido em ROM um ambiente gráfico, o MSX-View. O View contém programas como editores de texto, editores gráficos, planilhas integradas, gerenciador de arquivos, tudo sendo acionado por um mouse (o que hoje se popularizou mais com o Windows dos PC's).
Em 1993, para tristeza dos usuários, o MSX, depois de mais de 5 milhões de micros vendidos em todo o mundo, para de ser fabricado. A Panasonic alegou que o problema não era queda nas vendas (que estavam muito boas), mas porque a empresa não tinha mais interesse em microcomputadores, investindo então no desenvolvimento do videogame 3DO (mais tarde, fãs do MSX descobriram que o 3DO tinha quase 90% dos componentes internos do Turbo-R). Mas nesta época, já existiam vários grupos de usuários organizados que produziam software e hardware de qualidade para o MSX, e ainda incontáveis usuários espalhados pelos quatro cantos da terra. Na sua maioria estes usuários eram (e são) jovens estudantes que sabem explorar bem os recursos da máquina, e não é difícil conhecer entre eles engenheiros eletrônicos e exímios programadores. Alguns, inclusive, se encontram aqui no Brasil.
Daí veio a atual fase, a dos usuários tomando a consciência de que são eles é que fazem o MSX, criaram-se então muitos mais grupos de usuários e de programadores que criam programas de qualidade para o MSX, fazem feiras só de MSX onde demonstram e comercializam seus programas e equipamentos, se reúnem, discutem, publicam fanzines e revistas, se organizam, trocam programas; e principalmente criam uma razoável quantidade de software e hardware com uma qualidade profissional de fazer inveja a micros de 32 bits! Na Internet, inúmeras homepages surgem falando de MSX, trazendo jogos antigos e novos, discutindo aplicações, esquemas de hardware, vendendo produtos, entre muitas outras coisas.
Recentemente, a empresa japonesa ASCII Corp. (detentora mundial da marca MSX) anunciou que tem novos planos para o padrão, que incluem o relançamento do microcomputador, para entrar no mercado que já lhe pertenceu: o mercado dos microcomputadores de baixo custo e fácil uso. Resta a nós, usuários, aguardar, ansiosos, pela volta do “mais mágico dos computadores” ao mercado.
MSX foi o nome dado a uma arquitetura de microcomputadores pessoais criado no Japão nos anos 80, que definia um padrão para os desenvolvedores de hardware. Foi desenvolvido por Kazuhiro Nishi, vice-presidente da ACSSI, empresa japonesa que era representante da Microsoft no Japão até 1986.
O significado da sigla é controverso. Faz parte da lenda que seu nome significa "MicroSoft eXtended". Certa vez seu criador, em visita aos países baixos, afirmou que MSX é “Machine with Software eXchangeability”. Em outra conversa, o próprio Nishi afirmou que o nome significava naquela época Matsushita Sony X-power.
O padrão MSX fez sucesso nos anos 80 tanto no Brasil como no mundo (Japão, Países Baixos, Inglaterra, Corea do Sul, Argentina, entre outros).
Muitos de seus usuários costumavam usá-lo apenas como um Videogame de luxo, estereótipo este uma consequência da grande qualidade dos jogos disponíveis. Eles eram distribuídos por empresas como a Konami, Capcom e outras, que se aproveitaram da capacidade gráfica e de som do MSX para produzir jogos muito mais atraentes que os encontrados nos videogames da época. Ainda assim serviu como base de estudo para muitos estudantes de Informática e Engenharia eletrônica, que desenvolveram nele projetos variados.
Bastante sofisticado para um computador equipado com um microprocessador de 8 bits, quando na época já começavam a surgir os primeiros computadores IBM-PC de 16 bits, o MSX despertou paixões
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