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Implantação de Fábricas e Serviços nos EUA

Por:   •  5/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.508 Palavras (11 Páginas)  •  134 Visualizações

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MBA em Industria 4.0

Seminário: Implantação de Fábricas e Serviços nos EUA                               Data: 11/05/2019

Disciplina: Gestão de Operações             Professora: Jurema S. A. Nery Ribeiro                 

Grupo:  

História da Industrialização Norte-Americana (Introdução)

Nos Estados Unidos a industrialização começou no final do século XVIII, e foi somente após a Guerra da Secessão que todo o país se tornou industrializado. A industrialização relativamente tardia dos Estados Unidos em relação à pioneira Inglaterra pode ser explicada pelo fato de que nos EUA existia muita terra per capita, ao contrário da Inglaterra que possuía pouca terra per capita, assim os EUA tinham uma vantagem comparativa na agricultura em relação à Inglaterra e consequentemente demorou bastante tempo para que a indústria ficasse mais importante que a agricultura. Outro fator é que os estados do sul eram escravagistas o que retardava a acumulação de capital, como tinham muita terra eram essencialmente agrários, impedindo a total industrialização do país que até a segunda metade do século XIX era constituído só pelos Estados da faixa leste do atual Estados Unidos. O término do conflito resultou na abolição da escravatura o que elevou a produtividade da mão de obra. aumentando assim a velocidade de acumulação de capital, e também muitas riquezas naturais foram encontradas no período incentivando a industrialização.

Atualmente, os EUA possuem o maior e um dos mais sofisticados e diversificados sistemas industriais do mundo, representando cerca de um quarto do valor agregado mundial da indústria de transformação, 72% de todas as despesas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) do setor privado e cerca de 60% da força de trabalho nas atividades de P&D dos EUA. Como resultado, a indústria desenvolve e produz muitas das tecnologias que promovem a competitividade e o crescimento de toda a economia.  

Implantação da Industrial 4.0 nos Estados Unidos e estratégia porposta

Desde a segunda metade do século passado, a indústria vem perdendo participação no Produto Interno Bruto (PIB) nos EUA. Uma grande razão para essa perda, foi o aumento no deslocamento das plantas industriais e centros de pesquisa e desenvolvimento de grandes empresas norte-americanas para o exterior, transformando o sistema nacional de produção do país, e fazendo com que ocorresse um processo de desvinculação de produção e inovação, gerando assim fenômenos de bloqueio tecnológico.

Com as tendências mundiais atuais em P&D, inovação e comércio, o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA (NSTC) levantaram preocupações com a competitividade norte-americana na manufatura avançada. Uma queda no desempenho do comércio exterior em produtos de alta tecnologia, e o crescimento competitivo de Alemanha, Coréia do Sul e Japão  começam a criar obstáculos para que uma série de necessidades vitais do governo seja atendida de forma segura e confiável, como concluiu o Comitê da Lei de Produção para a Defesa (DPAC).

Dessa forma os EUA começam a enfrentar esses desafios estruturais com uma forte ênfase nas políticas de inovação, e menor ênfase em políticas industriais, ou seja, evita-se políticas para empresas e industrias específicas dando foco em políticas concentradas em atividades de promoção tecnológicas intersetoriais de propósito geral. O apoio à inovação tornou-se o braço forte da política industrial no país.

Em fevereiro de 2012 o governo americano divulga uma estratégia ampla para orientar os investimentos federais em P&D de tecnologia avançada, incorporando sugestões e recomendações de representantes da indústria e das universidades, o Plano Nacional Estratégico de Manufatura Avançada. Esse plano é a alternativa para resgatar a expressão que a indústria dos EUA já teve, buscando priorizar os investimentos federais em tecnologias para a necessidade nacional, demanda global, competitividade da indústria dos EUA e prontidão tecnológica. Seguindo as recomendações do grupo de trabalho que elaborou o plano estratégico, o governo federal incluiu na proposta orçamentária, para o ano fiscal de 2013, enviada ao Congresso a previsão de recursos obrigatórios da ordem de US$ 1 bilhão para a criação de uma Rede Nacional de Inovação Industrial (NNMI).

O plano de manufatura avançada proposto envolve atividades que dependem do uso e coordenação de informações, automação, computação, software, detecção e rede, e / ou utilizam materiais de ponta e capacidades emergentes habilitadas pelas ciências físicas e biológicas, como a nanotecnologia, a química e a biologia. Envolve tanto novas formas de fabricação de produtos existentes quanto à fabricação de novos produtos que surgem das novas tecnologias avançadas. Uma característica distintiva da manufatura avançada é a melhoria contínua dos processos e a rápida introdução de novos produtos. É esse aspecto de mudança de paradigma de produção avançada que tem o maior potencial para viabilizar o surgimento de indústrias inteiramente novas e de métodos de produção que são mais propensos a “permanecer” nos Estados Unidos porque são difíceis de imitar.

Ainda em 2012 viabilizou-se a criação de um instituto industrial piloto, o Instituto Nacional de Inovação em Manufatura Aditiva (NAMII), uma parceira entre o governo federal, indústria, universidades e governos estaduais e locais, que compartilham os custos. Inspirados no modelo dos Institutos Fraunhofer da Alemanha, os institutos industriais são a peça central do programa de manufatura avançada do governo norte-americano. Estas iniciativas chamam atenção para a importância da colaboração entre setor público e setor privado na construção da indústria do futuro.

Em 2014, foi aprovado pelo Congresso o Revitalize American Manufacturing Act, permitindo o avanço na criação de uma Rede Nacional de Inovação Industrial (NNMI), composta por 15 institutos regionais, que receberão recursos federais por um período de cinco anos, complementado com aportes dos parceiros do setor privado e dos governos estaduais e/ou locais. Essa rede de “Institutos de Inovação Industrial” (IMIs) regionais foi projetada para acelerar o desenvolvimento e a adoção de tecnologias industriais avançadas com aplicações amplas, para apoiar a comercialização de tecnologia de fabricação, superando o fosso entre laboratório de pesquisa e mercado em áreas tecnológicas-chave e para apoiar formação e o treinamento da mão-de-obra especializada, qualificando os trabalhadores nas novas tecnologias.  

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