Logistica
Artigo: Logistica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 16/9/2014 • 9.680 Palavras (39 Páginas) • 754 Visualizações
1 Introdução As muitas transformações ocorridas no mercado mundial relacionadas à globalização e ao desenvolvimento de novas tecnologias têm exigido das empresas ações cada vez mais urgentes e eficientes na busca por um posicionamento mais competitivo e aprimoramento dos processos, voltadas ao atendimento das necessidades do mercado. As novas tecnologias tornaram-se novos aliados das empresas no atendimento aos desejos e necessidades do mercado. A logística que trata de todas as atividades ligadas à movimentação e armazenagem de materiais ganhou com esses avanços tecnológicos, pois com tal evolução foi possível o rastrear e acompanhar veículos e cargas, o que dinamizou aumentando o controle do processo como um todo. Na área da Produção além de novas tecnologias foram desenvolvidos novos modelos de produção, com intuito de reduzir ao máximo os desperdícios de matéria-prima através do rigoroso controle de qualidade. Aumentando assim a qualidade de seus produtos. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, ou simplesmente Correios, empresa estatal do Brasil, operadora dos serviços postais, tendo absorvido esses novos conceitos e avanços tecnológicos, buscou adequa-se às grandes transformações inovando seu modelo de prestação de serviços conjugando-o com as novas tecnologias. Desde a grande transformação sofrida na sua estrutura, com a mudança de Departamento à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a mesma vem inovando e procurando novas formas de atender com qualidade aos anseios dos clientes sempre melhorando seus serviços. Na antiga concepção da empresa, como Departamento de Correios, a prestação de serviços era enxergada como uma simples sucessão de tarefas sem qualquer conotação de agregação de valor, o foco era somente a venda pela unidade de atendimento enquanto que a área de operacional se preocupava com as demais fases do processo. A ECT com a uma nova visão de mundo, passou inúmeras inovações e mudanças, com uma nova concepção de fabrica de serviço. Enxergando a similaridade com as indústrias recebendo os insumos (postagens) dos fornecedores (clientes) processando-as ao mesmo tempo acrescentando novos componentes, em seguida a entrega concluindo o serviço. Desta forma o presente trabalho tem como objetivo analisar a relação existente entre aplicação do Just-in-time e a eficiência do sistema logístico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Diretoria Regional (DR) do Piauí – PI.
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1.1 Problema de pesquisa As organizações estão em constante mudança e adequando-se as exigências do mercado em que atuam. Dessa forma para ganhar vantagem competitiva às mesmas estão investindo maciçamente no aprimoramento, criação de novas técnicas, que agilizem seus processos, que possam agregar valor aos seus produtos e serviços. Nesse contexto a logística recai como um ponto chave pela busca de vantagem frente à concorrência, visto que os clientes hoje esperam ter os seus desejos e expectativas superados de forma ótima no que tange a qualidade do bem ou serviço entregue como também tempo de entrega, e local disponibilizado, “qualquer produto ou serviço perde seu valor quase todo quando não esta ao alcance dos seus clientes no momento e lugar adequados ao seu consumo” (BALLOU, 2006, p.37). Portanto, a sociedade atual vivencia uma época de rápidas transformações no ambiente organizacional devido à rapidez com que as informações tramitam, principalmente através da internet. De certa forma, isto contribui significativamente para as tomadas de decisões tanto percebidas pelo cliente como pelos fornecedores dos produtos, os quais almejam receber seus produtos cada vez mais no menor tempo possível a custos relacionados a frete e preço final da compra cada vez menor. As grandes inovações tecnológicas trouxeram profundas inovações no ambiente da Administração da Produção, as novas formas de como produzir em pequenos lotes, por encomenda em fim, que foram aos poucos sendo adequados aos novos sistemas produtivos, cujos objetivos de evitar desperdícios tendo desta forma um maior controle da qualidade.
Hoje as empresas procuram entregar da melhor forma possível seu produto ou serviço. Não obstante a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT ou simplesmente Correios, buscou na Administração da Produção técnicas que foram incorporadas ao seu sistema de produção de serviços, com finalidade de reduzir ao máximo o tempo de entrega de suas postagens, visto que o prazo é o seu elemento principal e responsável por sua credibilidade. Ao mesmo tempo aumentar a qualidade de seus produtos/serviços, conseguida na entrega de postagens, no tempo e local certos. Aumentando assim a sua credibilidade no mercado e consequentemente a agregando valor a sua marca. Desta forma o presente trabalhou buscou
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analisar qual a relação existente entre a aplicação do Just-in-time e a e a eficiência do sistema logístico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos- ECT- DR – PI? 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral Analisar a relação existente entre aplicação do Just-in-time e a eficiência do sistema logístico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos- ECT- DR – PI. 1.2.1 Objetivo geral
Descrever toda a cadeia logística envolvida no processo, desde a postagem ate entrega de encomendas na ECT - DR - PI.
Analisar o processo de entrada, o tratamento dado aos materiais postados e bem como a saída desses materiais para distribuição;
Identificar os benefícios que a filosofia Just-in-time empregada propicia para a relação cliente versus empresa no que tange a redução do lead time.
1.3 Justificativa As novas mudanças no ambiente organizacional e social alteram o preço e a visão do consumidor aumentando assim suas exigências com relação à produção e a agregação de valor aos seus produtos e serviços desde o inicio da cadeia ate o final desta, com a entrega definitiva.
Nesse novo contexto vários paradigmas foram deixados de lado, e a inovação e a criatividade tornaram-se ferramentas essenciais para a diferenciação. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é um exemplo desse modelo. Que apesar de ser uma empresa que tem como negocio principal o serviço Logístico, soube aplicar técnicas de produção para agilizar o seu o processo. A indústria de serviços como pode ser chamada, após a grande mudança ocorrida, na qual deixou de ser um simples departamento de correios passando à Empresa
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Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. Essas mudanças na sua estrutura alteraram também o seu negocio com a incorporação aos seus serviços de um modelo de produção, onde os insumos são entregues pelos fornecedores/clientes esses recebem paulatinamente novos componentes ate chegar à etapa da entrega do objeto postado concluindo assim o processo. Desta forma eu como funcionário e parte dessa grandiosa empresa presente em todo o Brasil, vi como viável um estudo e entendimento da mesma, que soube adequar ao modelo de prestação de serviços ao modelo de produção de uma indústria utilizando o conhecimento teórico de sistemas de produção dos princípios de gestão em particular os princípios do Sistema Toyota de produção tal como a filosofia just-in-time, que agilizou mais ainda todo o seu processo logístico. Capaz de garantir vantagem competitiva, visto que “a „competitividade pelo tempo‟, isto é, a rapidez de respostas aos desejos dos consumidores torna-se um fator decisivo de diferencial competitivo entre as empresas” (MARTINS; ALT, 2006, p. 373).
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2 Referencial teórico
2.1 Logística “A origem da logística é militar. Foi desenvolvida visando colocar recursos certos no local certo, na hora, com um só objetivo: vencer batalhas” (MARTINS; ALT, 2006, p.325). Segundo Pozo (2007, p.13), a Logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilita o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informações que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável. De acordo com Martins e Alt (2006, p.326), a Logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informações, desde a fonte fornecedora até o consumidor [...] o básico da atividade logística é o atendimento ao cliente [...] ela começa no instante em, que o cliente resolve transformar um desejo em realidade. De acordo com Kotler (2006, p.520), “a logística de mercado envolve o planejamento, a implementação e o controle dos fluxos físicos de materiais e de produtos finais entre os pontos de origem e os pontos de uso, com o objetivo de atender às dos clientes e de lucrar com esse atendimento”. Essa área da Administração de Materiais é essencial para as organizações tornando-se indispensáveis para o seu desempenho e sucesso. Sua função principal é atender às necessidades do mercado de forma ágil, e de qualidade ao mesmo tempo a um baixo custo, ou seja, “providenciar bens ou serviços adequados no momento certo, no local exato, nas condições estabelecidas” (POZO, 2007, p. 33). Através da Logística a empresa pode alcançar uma posição acima à dos concorrentes em relação a conquistar a preferência do cliente. Ou seja, a Logística bem desenvolvida pode ser uma vantagem competitiva para a organização (POZO, 2007).
Para a obtenção de melhores resultados e sucesso em seus procedimentos, é necessária que desenvolva de forma integrada e organizada à logística, a distribuição, transporte e armazenagem buscando alcançar os objetivos da empresa e simultaneamente atender eficientemente, em questões de tempo e lugar as expectativas do mercado e aos desejos dos consumidores. Sempre atento às atualizações tecnológicas, e lançando mão de todos os
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recursos oferecidos por estes avanços proporcionando um alto grau de qualidade nos produtos e serviços (MARTINS; ALT, 2006). A abordagem do estudo da logística integra uma gama de funções na sua cadeia de suprimentos. O desenvolvimento de objetivos e a formulação de estratégias devem contemplar essas atividades. A Logística como ramo da Administração contempla ainda as funções gerencias, tais como: planejamento, organização e controle (BALLOU, 2006). 2.1.1 Componentes do Sistema Logístico 2.1.1.1 Área comercial Segundo Martins e Alt (2006), área comercial é o ponto de partida da cadeia logística. Ainda segundo o mesmo autor, “é ela, juntamente com a área de marketing, quem capta o desejo latente do consumidor e usa o desejo latente ou já explicito do consumidor e usa dos recursos de que dispõe para, ao torná-lo realidade, estabelecer uma relação biunívoca permanente com ele” (MARTINS; ALT, 2006, p.335). Este componente tem em conjunto com o marketing, a finalidade de buscar o preço que o cliente pode pagar pelo desempenho do produto ou serviço, ou seja, o valor percebido pelo mesmo. Para Ballou (2006) a logística controlam dois dos quatro valores (forma, lugar, tempo, posse) percebidos pelos clientes, o lugar e tempo. Assim o produto deve estar no local e tempo imediato para satisfazer a sua necessidade do cliente, cirando assim o um valor. De acordo com Martins e Alt (2006), o valor percebido pelo cliente em relação ao produto é determinado pela fórmula: Valor = Desempenho Custo Assim, “para determinarmos o numerador, devemos avaliar os conceitos que determinem o desempenho, como a qualidade, confiabilidade, manutenibilidade e valor de revenda” (MARTINS; ALT, 2006, p.335). Desta forma a qualidade esta ligada à satisfação do cliente com o produto oferecido ou prestação de serviço. E confiabilidade à disponibilidade do bem adquirido ou serviço prestado e a manutenibilidade ligada ao tempo exigido para reparos (MARTINS; ALT, 2006). O valor de revenda esta relacionado ao valor pelo qual pode ser revendido o produto.
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2.1.1.2 Operação industrial Quando o cliente deseja um produto ou serviço inicia-se um processo de projetação para a realização do mesmo, o local de realização ou materialização desse desejo é a área industrial (MARTINS; ALT, 2006). A área de operação industrial é toda cadeia gerada automaticamente após a decisão do cliente em querer um determinado produto ou serviço. Ela vai desde o planejamento de recursos de fabricação até a forma como este será entregue. Segundo Martins e Alt (2006, p.337) a operação industrial, Ela envolve a escolha dos recursos tecnológicos mais indicados incluindo conceitos que hoje são fundamentais para a competitividade, tais como: Just-in-time (JIT), flexible manufacturing system (FMS), computer intregrated manufacturing (CIM), total quality control (TQC), total productive maintenace (TPM), e ferramentas kanban, robótica, materials requeriment planning (MRP I), manufacturing resources planning (MRP II), enterprise resources planning (ERP) e simulação de sistemas. Isso como afirma Martins e Alt (2006) conjugado com o conceito JIT: “material certo, na hora certa, no lugar certo, na quantidade certa e com a qualidade certa” (MARTINS; ALT, 2006, p.337). Ou ainda, segundo Ballou (2006, p.344) “a programação Just-in-time (JIT) é uma filosofia operacional que representa alternativa ao uso de estoques para que se possa cumprir a meta de disponibilizar os produtos, no lugar certo e no tempo certo”. 2.1.1.3 Fornecedores Os fornecedores são peças fundamentais para a consecução do objetivo das atividades logístico, estão estes ligados diretamente à empresa (BALLOU, 2006). Os fornecedores são os parceiros mais importantes para organização, pois a atividade da empresa, ou seja, a produção em si depende do fornecimento da matéria-prima conseguida através destes, o que exige uma boa comunicação e relacionamento. Para Martins e Alt (2006, p.337), o conceito de fornecedor, “exige um relacionamento aberto, compreende desde o desenvolvimento conjunto do produto ate contratos de fornecedores com preços e prejuízos sujeitos a uma mútua administração, visando a conservação do mercado pela continua satisfação do cliente”.
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Os fornecedores são vistos como parceiros da organização e desta forma também ganham com o sucesso da mesma (MARTINS, ALT, 2006). 2.1.1.4 Administração e finanças As empresas têm enfatizado cada vez mais o fluxo de caixa, “o dinheiro que uma estratégia gera [...] e este pode ser usado para pagar salários ou dividendos, ou, ainda, em outras áreas do empreendimento” (BALLOU, 2006, p. 66). Com isso as organizações querem a rápida conversão de seus pedidos em faturamento. A logística através de suas atividades acelera a geração de caixa pelas empresas (MARTINS; ALT, 2006). Segundo Martins e Alt (2006, p.341), a rápida transformação de pedidos em faturamento, a redução do investimento em estoques em processos e inventários finais, a conexão via EDI com os bancos agilizando cobranças, a integração com fornecedores criando condições de um fluxo de caixa mais preciso, portanto mais confiável, são investimentos necessários para implantação e funcionamento de sistemas tipo ERP (planejamento de recurso da empresa), caminho necessário para as condições atuais de competição. Esses aspectos proporcionam ainda mais a melhoria das operações de logística favorecendo o retorno do capital investido maior ou igual ao retorno esperado pelo projeto da empresa (BALLOU, 2006). 2.1.1.5 Distribuição física Trata-se da maneira como o arranjo logístico estará estrategicamente posicionado, levando em conta a localização da fábrica, dos fornecedores, dos depósitos e a estruturação de sistemas de transportes (MARTINS; ALT, 2006). As “decisões sobre localização envolvem determinação do número, local e proporções das instalações a serem usadas” (BALLOU, 2006, p. 433). Segundo Ballou (2006 p.433), “as instalações incluem pontes nodais da rede, como fabricas, portos, vendedores, armazém, pontos de varejo e pontos centrais de serviços na rede da cadeia de suprimentos em que os produtos páram temporariamente a caminho dos consumidores finais”.
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Hoje o mercado é quem molda as instalações de fábrica de acordo com suas exigências e necessidades. “Muito mais que as considerações sobre incentivos fiscais, importam às empresas a agilidade de entrega de seus produtos, sejam eles dirigidos ao consumidor final ou a um transformador ou a um montador” (MARTINS; ALT, 2006, p. 343). As empresas para atingir seus objetivos devem lançar mão de métodos para estudo a melhor estratégia de localização de instalações (BALLOU, 2006). Os depósitos regionais devem ser localizados de acordo com os transportes disponíveis. Os transportes por sua vez, devem estar em consonância com os objetivos logísticos, sendo observados os tipos de transporte físico mais vantajoso e rentável para concepção dos objetivos traçados (MARTINS; ALT, 2006). 2.2 Atividades logísticas 2.2.1 Atividades primárias As atividades primariam são as atividades essências para a consecução dos objetivos logísticos. Pozo (2007, p. 21), identifica as atividades finais como “aquelas que são de importância fundamental para a obtenção dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço que o mercado deseja”. Estas são essenciais porque coordenam o cumprimento das demais além de representar a maior parcela de custo total. (POZO, 2007) 2.2.1.1 Transportes Transporte é essencial para a prestação de serviço ao cliente, no que tange às exigências de pontualidade dos serviços, na flexibilização de manuseio dos vários tipos de cargas, tempo de viagem, entre outros diversos riscos correlatos ao lead time (RIBEIRO; FERREIRA, 2002). “É uma das atividades logísticas mais importantes, simplesmente porque ela absorve, em média, um a dois terços dos custos logísticos” (POZO, 2007, p. 22).
O transporte é essencial para a movimentação das matérias-primas ou dos produtos acabados para serem levados ao cliente ou consumidor final (POZO, 2007). Segundo Kotler (2006, p.524), “as opções de transportes afetam o preço, a pontualidade da entrega e as condições do produto ao chegar ao destino; todos esses fatores determinam a satisfação dos clientes”. De acordo com Ballou (2006), há cinco modelos de movimentação de materiais: rodoviário, ferroviário, hidroviário, dutoviário e o aeroviário. Para uma boa prestação dos
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serviços de transporte os “responsáveis pela expedição levam em consideração critérios como a velocidade, frequência, confiabilidade, capacidade, disponibilidade, rastreabilidade e custo” (KOTLER; KELLER, 2006, p.524). 2.2.1.2 Manutenção de estoques Atualmente as organizações contam com clientes cada vez mais exigentes. O tempo e a disponibilidade passam a serem elementos diferenciadores no que tange à satisfação e percepção de valores pelos clientes (BALLOU, 2006). De acordo com Pozo (2007, p. 22), a manutenção de estoques “é a atividade para atingir-se um grau razoável de disponibilidade do produto em face de sua demanda, e é necessário manter estoques, que agem com amortecedores entre a oferta a demanda”. De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 522), os níveis de estocagem representam uma importante decisão de logística [...]. À tomada de decisões relativa a estoque leva em consideração quando fazer o pedido e quanto pedir. À medida que o estoque diminui, a gerência deve saber em que nível de estoque é necessário fazer um novo pedido. Esse nível de estoque é denominado ponto de pedido (ou ponto de reposição). O uso de estoque e os transportes têm relação com os dois valores que a logística agrega ao produto. O valor de lugar está associado à manutenção de estoques, ou seja, à disponibilidade destes na hora exata para os pedidos. O tempo relaciona-se com os transportes, ou seja, a rapidez com que estes chegam ao seu destino (POZO, 2007). É importante manter uma quantidade equilibrada de estoque, e ter um planejamento e previsibilidade de demandas futuras para destinar na hora exata a quantidade exata de materiais exigidos tanto pelo cliente quanto pela empresa (BALLOU, 2006). Segundo Kotler e Keller (2006, p. 523), as empresa estão reduzindo seus de manutenção de estoque ao tratar cada item de estoque de maneira diferente, classificando-os de acordo com seu risco e oportunidade [...]. Elas também estão mantendo itens de pouca rotatividade em um deposito central e itens de grande rotatividade mais próximos dos clientes.
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2.2.1.3 Processamento de pedidos O processamento do pedido é “representado por uma variedade de atividades, incluídas no ciclo do pedido do cliente [...]. Especificamente, elas incluem a preparação, transmissão, recebimento, expedição do pedido e o relatório da situação do pedido” (BALLOU, 2006, p. 122). É ponto de partida para todas as atividades logísticas, ou seja, é onde se projeta toda a atividade que vai desde a preparação do pedido até a entrega ao cliente. Como sendo o processamento de pedidos uma atividade logística primária, “sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes, em relação principalmente á perfeita administração dos recursos logísticos disponíveis” (POZO, 2007, p. 22). Segundo Kotler e Keller (2006, p. 522), a maioria das empresas está tentando encurtar a o ciclo pedido-pagamento - ou seja, o tempo entre o recebimento do pedido, a entrega e o pagamento. Esse ciclo envolve muitas etapas, como o envio do pedido pelo, seu recebimento e a verificação do crédito do cliente, dos estoques e da programação de produção, o envio do pedido e o recebimento do pagamento. Quanto mais tempo levar esse ciclo, menor a satisfação do cliente e menores lucros para a empresa. 2.2.2 Atividades de apoio As atividades de apoio são atividades secundárias que dão apoio e suporte ao desempenho das atividades primárias. Sua finalidade é auxiliar na consecução dos objetivos da empreitada organizacional. Elas são as seguintes: armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e sistemas de informação (POZO, 2007). 2.2.2.1 Armazenagem De acordo com Ferreira (2001, p. 66), “armazenar é guardar em armazém, [...] acumular para o uso futuro”. Armazenagem é o
processo que envolve administração dos espaços necessária para manter os materiais estocados, que podem ser internamente, na fábrica, como em locais externos, mais próximos dos clientes. Essa ação envolve fatores como a localização, dimensionamento da área, arranjo físico, equipamentos de movimentação,
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recuperação do estoque, projeto de docas ou baias de atracação, necessidades de recursos financeiros e humanos. (POZO, 2007, p. 23). De acordo Kotler e Keller (2006, p.523), “a função estocagem ajuda a atenuar as discrepâncias entre a produção e a demanda do mercado”, ou seja, um armazém deve levar em conta e manter estoques, necessários para o atendimento de todas as suas demandas. É importante armazenar estrategicamente visando comportar quantidades de produtos suficientes ao atendimento das demandas dos consumidores internos e externos, mantendo dessa forma o estoque adequado ao atendimento da demanda e ao mesmo tempo otimizando os custos gerados pela armazenagem (BALLOU, 2006). A complexidade da economia moderna é representada pelo rápido avanço da tecnologia da informação e pela necessidade de diminuir percursos entre a aquisição e a distribuição de produtos e serviços buscando reduzir custos objetivando o aprimoramento do sistema acaba por proporcionar ao termo “Armazenagem” conceitos mais complexos. 2.2.2.2 Manuseio de materiais Trata-se da forma como são movimentados os materiais nos locais de recebimento, armazenamento e despacho. “Consiste no transporte a curta distância que ocorre no interior ou próximo a uma empresa ou em um centro de distribuição, armazenagem ou fábrica” (POZO, 2007, p. 100). O procedimento baseia-se em carregar ou descarregar cargas de caminhões, contêineres, caixas e quaisquer outros sistemas de proteção do produto ou entrega ao cliente (POZO, 2007). De acordo com Pozo (2007), o manuseio de materiais é pautado em cinco objetivos: otimizar a utilização cúbica do armazém; otimizara eficiência operacional dos armazéns; reduzir os custos de movimentação; otimizara carga de cada transporte; e melhorar o atendimento ao mercado. De acordo com Ballou (2006), a eficiência do manuseio de materiais pode ser melhorada seguindo os seguintes aspectos: a unitilização de cargas e o leiaute do espaço, a escolha do equipamento de estocagem e do equipamento de manutenção.
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2.2.2.3 Embalagem
De acordo com Kotler e Keller (2006, p.385), a embalagem é o “conjunto de atividades de projeto e produção do recipiente ou envoltório de um produto”. Ou ainda, “a embalagem é um componente protetor do produto que facilita seu manuseio, conservando-o, ajudando em sua venda e até mesmo proporcionado benefícios adicionais” (POZO, 2007, p. 98). A mesma engloba em seu conceito três funções fundamentais: proteger o produto, facilitar seu manuseio e promover o produto, “sendo o primeiro contato do comprador com o produto, a embalagem é capaz de atraí-lo ou afastá-lo” (KOTLER; KELLER, 2006, p.385). No desenvolvimento da embalagem eficaz, que atenda as necessidades da empresa e dos clientes devem ser levado em conta e atingido alguns objetivos: identificar a marca, transmitir informações descritivas e persuasivas, facilitar o transporte e a proteção do produto, fornecer orientações sobre a armazenagem em casa, fornecer orientações sobre o consumo do produto (KOTLER; KELLER, 2006, p.386). A embalagem deve apresentar além dessas funções fatores como reutilização e reciclagem, e apresentar um baixo custo (POZO, 2007). 2.2.2.4 Suprimentos “Consiste na atividade que proporciona ao produto ficar disponível, no momento exato, para ser utilizado pelo sistema logístico” (POZO, 2007, p. 24). É o processo de avaliação e escolha dos fornecedores, bem como a definição das quantidades de materiais a serem compradas e a forma como eles serão comprados. Tem como objetivo analisar a melhor, opção de compra, ou seja, deve casar as necessidades dos vários departamentos, bem prezar pela redução do preço de aquisição dessas materiais requisitados pela empresa em geral (BALLOU, 2006). É importante e se torna essencial pesquisa em busca do melhor fornecedor e do melhor preço e qualidade oferecida, pelos materiais ofertados pelos mesmos.
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2.2.2.5 Planejamento De acordo com Pozo (2007, p.24) o planejamento refere-se a "primariamente às quantidades agregadas que devem ser produzidas bem como quando onde e por quem devem ser fabricadas”. Correspondem às ações que serão desenvolvidas pela organização, para a programação da produção, e eventos que deveram ser percorridos para esse feito. Ela compreende todas as decisões tomadas para projetar e produzir produto ou serviço, formas de destinação quando pedidos, o transporte adequado para a carga e acompanhamento durante todo o seu processo de entrega ao consumidor, obtendo assim um controle sobre o processo. 2.2.2.6 Sistemas de informação “É função que permitira a o sucesso o sucesso da ação logística dentro de uma organização para que ela possa operar eficientemente” (POZO, 2007, p.24). Os sistemas de informação possibilitam o acompanhamento e o monitoramento das atividades logísticas, o que reduz erros de processamento de pedidos, e de entrega contribuindo para a consecução dos objetivos propostos pelo planejamento através do monitoramento e o continuo controle das atividades logísticas. Os sistemas de informação agilizam as atividades logísticas, dinamizando toda a cadeia envolvida, reduzindo ainda mais o lead time, devido uso de suas ferramentas, cada vez mais velozes e com uma capacidade de armazenamento e processamento maior contribuindo para agregar valor sustentável ao processo, e conseqüente alcance dos objetivos logísticos planejados (BALLOU, 2006). De acordo com Pozo (2006, p.24), uma base de dados bem estruturados,com informações importantes sobre os clientes, sobre os volumes de vendas, sobre padrões de entrega e sobre os níveis dos estoques e das disponibilidades físicas e financeiras que servirão como base de apoio a uma administração eficiente das atividades primarias e de apoio do sistema logístico.
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2.3 Administração da Produção 2.3.1Histórico da Função Produção A função produção existe desde a origem do homem, dado que este produzia as ferramentas e os utensílios necessários para prover suas necessidades de sobrevivência. Da oficina do artesão até o chão de fábrica a administração da produção passou por profundas modificações no que diz respeito a forma de produzir produtos ou serviços. Com a Revolução Industrial, no final do século XVIII, o mercado mundial foi invadido por uma grande quantidade de máquinas que aumentaram a produção dos produtos em grande escala (CHIAVENTO, 2005). Apesar disso, a Administração da Produção só passou a ser tratada de forma sistemática, racional e científica no início do século XX, quando é introduzida a noção de “administração cientifica” por Frederick W. Taylor. Deve-se salientar que, apesar de a Inglaterra ser o berço da Revolução Industrial, durante a maior parte do século XX as técnicas da administração que se tornaram populares surgiram e desenvolveram-se nos Estados Unidos. A preocupação original foi eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias, elevando os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. No início da década de 1990, o mundo começou a entrar na Era da Informação, totalmente diferente da era anterior. Começa o predomínio de um cenário de mudança, transformação e imprevisibilidade; e de grandes transformações tecnológicas agora provocadas pelo aumento do uso de computadores e robôs nas fábricas. Assim, o trabalho humano, desde o tempo das primeiras máquinas continua sendo substituído por equipamentos cada vez mais eficientes, e com isso a produtividade nas fábricas tende a ficar mais rápido, melhor e mais barato e com a qualidade. Diante das inovações tecnológicas, os administradores da produção tiveram que enfrentar uma competição acirrada e crescente em um mercado sem fronteiras, tendo que desenvolver produtos inovadores com excepcional qualidade, custo baixo, entrega rápida e preços para vencer a concorrência.
Nesse novo contexto onde a qualidade é vista como um páreo para a sobrevivência no mercado, o japonese despontam com um sistema de produção que evita as perdas. O sistema Just-in-Time, um exemplo básico do sistema de produção enxuta, concentra-se em reduzir ineficiências e tempo improdutivo nos processos, a fim de aperfeiçoar continuamente o processo e a qualidade dos produtos fabricados ou dos serviços prestados.
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2.3.2 Conceito A produção é a atividade de transformação (processo) de matéria-prima em utilidades necessárias ao consumidor. Assim produção é a, transformação de insumos em produtos ou serviços [...] é um conjunto de atividades que proporcionam a conversão de um bem tangível em outro que tenha uma utilidade maior ou mais específica. Por outro lado tem o significado de utilizar os recursos e competências para oferecer serviços de elevada qualidade (CHIAVENATO, 2005, p.13). “A função de produção consiste em todas as atividades que diretamente estão relacionadas com a produção de bens ou serviços” (TUBINO, 2000, p. 18). Desta forma a função produção consiste em converter insumos em produtos ou serviços, adicionando valor aos mesmos. Na estrutura operacional de uma organização fazem parte juntamente com a função produção, a função de marketing e a função de finanças. A função de marketing “esta encarregada de vender e promover os bens e serviços produzidos por uma empresa, tomando decisões sobre estratégias de publicidade e estimativa de preços para os mesmos” (TUBINO, 2000, p. 20). Além disso, o marketing também programa a produção, através de pesquisas sobre demanda e comportamento dos clientes e procura através inovações nos produtos ou serviços, despertar o desejo, criando assim uma necessidade nos mesmos (KLOTER, 2006) . Em conjunto, a função de finanças esta encarregada de administrar os recursos da empresa e alocá-los onde forem necessários. Com relação a seu envolvimento com o sistema de produção e o planejamento e controle do mesmo, Finanças deve providenciar a orçamentação e o acompanhamento de receitas e despesas, a provisão de fundos para atender a esse orçamento, e a análise econômica dos investimentos produtivos (TUBINO, 2000, p. 21)
Portanto, as três funções devem programar em conjunto o quê? Pra quem? Quanto produzir? Assim a administração da produção seria organizar e coordenar todos os recursos disponíveis para produzir de maneira eficiente de quantidade e de qualidade bens e/ou serviços. “A administração da produção é a atividade de gerenciar os recursos destinados à produção e disponibilização de bens e serviços” (SLACK, 2009, p.4). Ou ainda é a administração da produção “é a área da administração que utiliza os recursos físicos e
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materiais da que realizam o processo produtivo por meio de competências essenciais”(CHIAVENATO, 2005, p. 13). Ainda de acordo com Slack (2009, p.26) “administração da produção é a atividade de administrar recursos que serão destinados à produção e fornecimento de produtos e serviços”. Desta forma é pela administração da produção que a empresa extrai as matérias-primas e transforma-as para produzir o produto acabado ou presta serviço especializado ao mercado. 2.4 Operações enxuta e Just-in-time Operações enxuta, tratam-se de operações da produção que tem como objetivo principal, de acordo com seu nome enxugar a produção, ou seja, reduzir ou extinguir os desperdícios. Essa abordagem busca atender a demanda com alta qualidade e sem retrabalhos. Segundo Slack (2009, p. 474), “a abordagem enxuta de operações tenta atender à demanda instantaneamente, com qualidade perfeita e nem desperdício”. Dessa forma a abordagem enxuta procura dinamizar a produção, baseada no controle para evitar os desperdícios, com o foco na qualidade. Ainda de acordo com Slack (2009, p.474), “a abordagem que difere das praticas de operações tradicionais na medida em que enfatiza a eliminação de desperdícios e o tempo de atravessamento rápido, ambos os quais contribuem para estoques baixos”. Segundo Ritzman e Krajewiski (2004, p.401) o conceito de sistema de produção enxuta “centra-se em estratégias de operações, processos, tecnologia, qualidade, capacidade, arranjo físico, cadeias de suprimentos, estoque e planejamento de recursos”. Ou seja, o sistema de produção enxuta integra, agrupa e sincronizando a produção controlando-a buscando o aumento da qualidade a redução ou eliminação dos desperdícios. O principio chave das operações enxuta é relativamente claro é fácil de entender-se “é mover-se na direção de eliminar todos os desperdícios de modo a desenvolver uma operação que é mais rápida, mais confiável, e produz mais produtos e serviços de alta qualidade e acima de tudo, opera com custo baixo”(SLACK. 2009, p.454). O just-in-time é tanto uma filosofia quanto um método para o planejamento e controle das operações. De acordo com Slack (2009, p.451), o
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just-in-time é definido como a movimentação rápida e coordenada de componentes ao longo do sistema de produção e rede de suprimento para atender a demanda do consumidor [...] operacionalizado por meio de heijunka (nivelamento e suavização do fluxo de itens), kanban (sinalização de para os anteriores de mais componentes serão necessários) e o negare (posicionamento de processos para alcançar um fluxo de componentes mais suave ao longo do processo de produção). Seria o just-in-time a ideia e o heijuka,o kanban e o negare as forma de materializar e controlar a ideia fazendo com que os processos possam ocorrer como planejado evitando ao máximo os desperdícios. O autor ainda comenta sobre a utilização do jidoka que a humanização do processo onde as próprias pessoas se autorregulam o processo atingindo o planejado. O jidoka é descrito como a forma de capaz de “humanizar a interface entre a máquina e o operador” (SLACK, 2009, p.451). Ou seja, “o jidoka é operacionalizado pelo por meio das ideias „à prova de falhas‟(ou jidoka de maquinas), a autoridade para interromper a linha (ou jidoka humano) e controle visual (status visual dos processos de produção e visibilidade dos padrões do processo)” (SLACK, 2009, p.451). Nessa visão o homem deve operacionalizar as maquinas que o servem para estender e dar mais agilidade às tarefas a serem executadas, sendo o mesmo guiado e supervisionado a atingir o planejado, e se possível podendo ate interferir na cadeia de produção se detectar algo fora do padrão na tentativa de minimizar os erros. Isso é possível devido “o sistema JIT controlar a qualidade na fonte, com os próprios funcionários atuando como seus próprios inspetores de qualidade” (RITZMAN, 2004, p.402). Assim o JIT (ou jus-in-time) “significa produzir bens e serviços exatamente no momento em que e são necessários não antes, para que não formem estoques, e nem depois, para que seus clientes não tenham que esperar” (SLACK, 2009, p.452). Além do elemento temporal pode ser acrescida a qualidade e a eficiência. O JIT visa atender à demanda instantaneamente, ou seja, surgia à necessidade inicia-se o processo em busca da qualidade perfeita e sem restos. Este sistema, concentra-se em reduzir a as infrequências e tempo improdutivo nos processos, a fim de aperfeiçoar continuamente o processo e a qualidade dos produtos fabricados ou serviços prestados. O envolvimento dos funcionários e a redução das atividades que agregam valor são essenciais para o JIT (RITZMAN, 2004, p.401).
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Desta forma o conceito de JIT busca simplificar, os processos de produção ou prestação de serviços através da utilização de todos os recursos em porções mínimas, no tempo e local certo. O que requer um planejamento e controle, para que as atividades sejam executadas conforme o planejado eliminando os erros aperfeiçoando todas as tarefas do processo aumentando a qualidade da produção. Assim o sistema deve estar em perfeita harmonia, ou seja, será necessário a flexibilidade dos fornecedores e o envolvimento de todos executores das tarefas dos sistemas, e do que é mais importante ter quem puxe, isto é, quem encomende sua produção. A não utilização de sua capacidade total é dos seus princípios do JIT, já que o sistema presa por não estocar, o que gera tanto mais custos, tanto financeiro do capital investido na matéria-prima a manutenção e movimentação de estoques, o que requer um espaço para a guarda destes produtos (SLACK, 2009). Dessa forma o seu foco esta em produzir quando solicitado, o que implica em não utilizar sua capacidade total, o que não gera assim estoques e facilitando a correção dos problemas. A utilização de lotes pequenos, em vez de acumular um estoque de reserva, “reduz o estoque cíclico o tempo e o espaço envolvidos no processo de fabricação e na manutenção de estoques” (RITZMAN, 2004, p.402). Diferente do tradicional onde há a formação de estoques, pois a produção exige a utilização de toda sua capacidade produtiva, o que gera poucas chances de resolver problemas (SLACK, 2009). De acordo com Ritzman (2004, p.401), as características do sistema JIT são: método de puxar o fluxo de materiais; qualidade alta e consistente; lotes de pequeno tamanho; cargas uniformes das estações de trabalho; componentes padronizados e métodos de trabalho; relações próximas com fornecedores; força de trabalho flexível; fluxos em linha; produção automatizada e manutenção preventiva(RITZMAN, 2004, p.401).
Segundo Ritzman (2004, p.402) “as empresas quem tendem a apresentar processos de fabricação altamente repetitivos e fluxos de materiais bem definidos usam, os sistemas Just-in-time, porque o método de puxar a produção permite maior controle de inventario e da produção nas estações”. Através da produção de pequenos lotes de produtos, o sistema JIT possibilita a “eliminação de retrabalhos, a fim de obter uma produção uniforme de materiais” (RITZMAN, 2004, p.402), gerando consequentemente uma produção de alta qualidade, em acordo com o planejado.
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De forma geral o termo produção enxuta refere-se à gestão das operações, a forma coo elas serão direcionadas as diferentes fases dos processos de produção. Assim o JIT é um conjunto de técnicas que apoiam a produção enxuta e que de certa forma irão coordenar os demais processos. A filosofia da produção enxuta pauta-se em “fazer bem as coisas, em fazê-las cada vez melhor e (acima de tudo) em eliminar os desperdícios em cada passo do processo” (SLACK, 2009, p.454). Ou seja, executar de forma eficiente os pequenos passos da produção, procurando melhorar continuamente a sua qualidade, com isso os desperdícios e defeitos automaticamente serão drasticamente reduzidos. Contudo é necessário o envolvimento de todos e um forte controle da equipe, para atingir as metas propostas e aumentar consequentemente a qualidade do produto ou serviços evitando todos os desperdícios por maio de um melhoramento contínuo do processo.
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3 Histórico dos Correios A história postal esta ligada as diversas transformações históricas do país. Desde o inicio o correios assume o elo de aproximação das pessoas, adequando-se aos períodos de progresso e promovendo incessantemente a melhoria dos seus serviços e produtos oferecidos à sociedade. Com o descobrimento, ou seja, a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, surge a primeira correspondência oficial do país, a mesma escrita por Pero Vaz de Caminha. Enviada o rei na tentativa de descrever a nova. Foi o registro e inicio dos correios no país. Na época Portugal não dispunha de um sistema postal bem estruturado, recorrendo a outras nações vizinhas para na tentativa de sanar essas deficiências. Para manter o intercambio de comunicação entre a nova terra a metrópole criou o Correios-Mor, que não foi tão eficiente, sendo oficialmente criado em 1798, os correios marítimos estabelecendo uma ligação direta entre o Brasil e Portugal. Porem devida a nova terra ser extensa surgiu a necessidade de expansão para o interior. Onde se iniciou uma nova colonização, sendo criada a primeira agencia postal na cidade de Campos do Rio de Janeiro. Com a vinda da família Real e sua corte para Brasil, por conta das guerras napoleônicas em 7 de março de1808. O serviço postal teve um grande desenvolvimento ocasionado pelo progresso comercial local onde foi elaborado também o primeiro regulamento postal do país, com funcionamento regulado pelos Correios Marítimos e emissão de novos decretos de para criação de correios interiores. Nessa época o Brasil passou da condição de colônia à sede da monarquia lusitana, localizada no Rio de Janeiro. No mesmo período foi estabelecida a ligação marítima entre o Brasil e Inglaterra, que se deu no Porto de Falmouth, partindo do Rio de Janeiro passando pela Ilha de Madeira, por Pernambuco e pela Bahia. Com o retorno de D. João VI a Portugal, décadas depois se iniciou um período conturbado que culminou na independência do país em 1822, os correios teve importância fundamental trazendo informações e aglutinamentos em prol para o rompimento com Portugal. Através de mensageiro Paulo Bregário, considerado o primeiro carteiro e patrónomo dos carteiros do Brasil. O qual entregou a D. Pedro I, no dia 7 de setembro de 1822, as margens do riacho Ipiranga, correspondência do imperatriz, o informando das exigências de Portugal em relação ao Brasil.
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Durante esse período D. Pedro reorganizou os correios independente, e iniciou o processo de criação dos correios nas províncias. Sob D. Pedro II, as reformas postais instituíram o pagamento ou franquia unificada, lançamento dos primeiros selos postais (importante frisar que ate então o pagamento pelo serviço postal, antes do selo era feito pelo destinatário o que alavancava um grande prejuízo para o governo). A criação do quadro de carteiros, de caixas de coleta e sua a distribuição na corte e nas províncias. Foi estabelecido o serviço Telégrafo elétrico e o Brasil aderiu, por tratados, aos organismos internacionais de telecomunicações recém-criados. No Período Republicano, nasce o primeiro Museu Postal Brasileiro. No mesmo, ano o Brasil se reúne com outras nações do continente formando o embrião da futura União Sul Americana. Houve a aquisição de novas máquinas, ampliação da área de ação interna e externa a evolução dos transportes e a implantação do correios Aéreos (1920 realização do primeiro transportes de malotes aéreos), esse período de notório desenvolvimento, que puderam expandir seus serviços às populações de todas as regiões do país, contribuindo para integração nacional. Em 1890 foi criado o Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas. Ficando os Correios e Telégrafos subordinado a mesma. Em 1990 inicia no Brasil o serviço de encomendas Internacionais (Colis Postaux). E é emitida a primeira serie de selos comemorativos, alusiva ao quarto centenário do Descobrimento do Brasil. Em 1924 inicia-se o uso da máquina de franquear correspondência, fabricado pela Universal Postal Frankers, de Londres, e inicia-se a utilização do serviço de Expressos Internacionais. No ano seguinte é transportada a primeira mala internacional pela Compagnie Gérérale D´ Interpreses Aéronautiques (CGA). Em 1927 o transporte de correspondências via a aérea regular entre América do Sul e a Europa. No mesmo ano no dia 24 de novembro foi recebida, no Rio de Janeiro, a primeira mala aérea, vinda de Natal, conduzida pelo avião 606 da CGA. Dois anos depois entra em operação o Graff Zeppelin- o dirigível que sobrevoava regularmente os céus do Brasil transportando, entregando e recebendo correspondências. No mesmo ano o Código Postal Universal, foi elaborado no IX Congresso Universal em Londres, 1929, legislando e apresentando soluções para os problemas postais modernos dando inicio a nova era na historia dos correios.
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A Revolução de 30 trouxe consigo mudanças significativas na estrutura politica administrativa do país e do setor postal. Os correios tiveram que rever sua estrutura e adequar-se seus meios e capacidade técnica para atender a necessidade de comunicação. Getúlio Vargas o novo presidente, baixou o decreto de 1931 fundindo a Direção Geral dos Correios com a Repartição de Telégrafos, originando o Departamento de Correios e Telégrafos – DCT, subordinada a ao Ministério da Viação e Obras Públicas cuja administração, ficou sediada no antigo Paço da Praça XV de novembro, no Rio de Janeiro. Ate ser transferida para Brasília em 1975, com decreto as administrações dos correios, passam a denominar-se Diretorias Regionais. Nesse mesmo período é criado o Correio Aéreo Militar que deu origem ao Correio Aéreo Nacional permitindo a remessa de correspondências chegarem a lugares quase inatingíveis do território nacional. Em 1967 o decreto de lei nº 200 institui o Ministério das Comunicações no ano seguinte a DCT passa a subordina-se ao mesmo. Porem com desenvolvimento dos setores produtivos do Brasil, viu-se necessário a reorganização do serviço postal acerca do modelo mais moderno que o DCT, que não apresentava infraestrutura compatível com as necessidades dos usuários. Nesse período foi criada, em 20 de março de 1969, através da Lei nº 509, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, sendo esta vinculada ao Ministério das Comunicações. A criação da ECT mostrava a preocupação do poder público, com relação a importância das comunicações, principalmente ao serviço postal, com o desenvolvimento da década de 70, estruturou-se e passou a desenvolver e oferecer produtos e serviços, de acordo com a realidade de sua clientela. A ECT passou a atuar consolidando-se como importante agente de ação social do governo, efetivando pagamento de pensões aposentadorias; na distribuição de livros escolares; no transporte de doações em casos de calamidade; em campanhas de aleitamento materno; treinamento de jovens carentes e inúmeras outras situações em que a empresa já demonstrava preocupação com o bem estar da sociedade.
Em 1970 foi criado o Sistema Especial de Entrega de Documentos (SEED); Serviço de Malote com segurança e qualidade; ainda no mesmo ano é feita a substituição do transporte rodoviário fretado através do estabelecimento das Linhas Tronco, que aceleraram o curso das correspondências. Essa rede de superfície era composta de: ligação entre todas as capitais (Linhas Tronco Nacionais- LTN); ligação entre as capitais estaduais e os centros regionais
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(LTR); ligação entre os centros regionais e as pequenas localidades (LTA) e linhas rodoviária internacionais(LTI). Ampliação do Serviço Especial de Entrega Rápida (SEER). Criação do Centro de Triagem Marítimo de Santos, São Paulo, destinado ao tratamento das Encomendas Postais Internacionais (Colis Postaux). Aumenta o número de agências e postos de Correios. Instalação de agências postais móveis e ampliação do serviço de Distribuição Domiciliária. Padronização dos envelopes, conforme recomendações da União Postal Universal. Edição do Guia Postal Brasileiro com o Código de Endereçamento Postal representado por cinco algarismos. Em 1974 teve início, em outubro da Rede Postal Aérea Noturna (RPN) visando atender aos padrões de qualidade estabelecidos para as cartas e outros objetos de correspondências urgentes. E também lançado novos produtos: Aerograma e Mensagem de Natal. A ECT foi agraciada com o “Mérito de Marketing de 1974” concedido pela Associação Brasileira de Marketing (ABM). Foram instaladas mais de 5.000 caixas de coleta nas capitais e nas cidades mais populosas, facilitando, desta forma, o acesso do usuário aos serviços postais. Ocorreu a busca da modernização da rede de agências postais. Em 1976 foram instalados Centros de Triagem Automática, possibilitando maior rapidez no encaminhamento de objetos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Em 1978 com Promulgação, em 22 de junho, da Lei Postal 6.538, que unificava a legislação relativa aos Correios e Telégrafos. Criação, no dia 15 de março em Brasília, da Escola Superior de Administração Postal (ESAP). Inauguração do Edifício-Sede da ECT em Brasília e o Centro de Triagem de Brasília, em junho.
Em 1980 é inaugurado o Museu Postal e Telegráfico da ECT em Brasília e do Edifício-Sede dos Correios do Rio de Janeiro. Em 1981 se dá inauguração do Edifício-Sede dos Correios na cidade de São Paulo e instituição do serviço de Documentos Achados e Perdidos. No ano seguinte é implantado o Serviço de Encomenda Expressa Nacional (SEDEX) com prazo máximo de entrega de 24 horas (D+1) entre as principais capitais do País. Em 1984 a ECT foi apontada como a Empresa de maior credibilidade em pesquisa realizada pelo instituto Gallup. Em 1987 o instituto Gallup atestou, em pesquisa, o alto índice de pontualidade e qualidade atingido pelos serviços da ECT. A ECT alcançou o primeiro lugar em produtividade, conforme a Revista Exame, edição Melhores e Maiores. Foi criado o Telegrama Pré-datado. Em 1989 a reformulação da estrutura
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organizacional da ECT para tornar-se flexível e adaptável às necessidades da clientela, enfatizando uma postura de marketing mais agressiva visando cumprir sua meta prioritária: a satisfação do cliente. Em 1997 foi implantado do Programa de Qualidade Total, com vistas à formulação de princípios e adoção de uma nova política de gestão pela qualidade. Este Programa iniciou uma fase de mudanças na busca pela lucratividade e desenvolvimento da Empresa, pautados na plena satisfação de seus clientes internos e externos. Em 2000 foi inaugurado, em 3 de abril, da primeira agência do Banco Postal em Sooretama-ES, e posteriormente, inauguradas unidades em Primavera e Tacaimbó-PE, estendendo, assim, a prestação de serviços bancários básicos a milhões de brasileiros que viviam à margem do sistema financeiro tradicional. No ano de 2001 foi inaugurado, em janeiro, da agência dos Correios de Rio do Fogo-RN, concretizando-se o ideal de cobertura de 100% dos 5.561 municípios brasileiros. Nenhuma outra instituição nacional, jamais registrou algo parecido em termos de capilaridade. A escolha do Bradesco como parceiro na implantação do atendimento bancário em agências dos Correios, o Banco Postal. Lançamento do Serviço de Encomendas Expressas – Sedex 10, que veio garantir a entrega do objeto até as 10 horas do dia útil seguinte à postagem. Implantação do “Programa 5S” na Administração Central e em cerca de 60% das unidades dos Correios. Logo após no ano 2002 foi a vez do lançamento do Banco Postal, uma iniciativa concebida com a missão de prestar atendimento aos milhões de brasileiros excluídos do sistema financeiro tradicional. No ano seguinte foi reestruturação do Telegrama para receber diferenciais tecnológicos significativos: as mensagens passaram a ser escritas a laser, sem palavras cortadas e com acentuação; o prazo de entrega passou a ser de no máximo duas horas e o usuário também podia optar pelo telegrama agendado, com data e hora de entrega. No de 2004 foi lançado, simultâneo, do Sedex Hoje e do Sedex Mundi. O primeiro oferecendo entregas no mesmo dia da postagem e o outro, por sua vez, expandindo a atuação internacional dos Correios pelo decorrer dos demais anos.
Hoje os correios encontram-se com 28 DRs, constantemente buscando adequar-se inovando seus serviços e produtos de forma a atender de forma satisfatória as necessidades do
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mercado, e de forma vantajosa conquistar a fidelidade dos clientes a marca e como mostra a sua visão “ser uma empresa de classe mundial”.
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4 Metodologia 4.1 Definições De acordo com Gil (2006, p. 17) a pesquisa é o “procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Desta forma a pesquisa científica busca entender, solucionar e explicar um determinado problema ou assunto. Assim esta é desenvolvida com auxilio de conhecimentos já estabelecidos e disponíveis obedecendo cuidadosamente a utilização de métodos, técnicas de pesquisa e outros procedimentos científicos (GIL, 2006). O método relaciona-se à forma como os dados serão coletados e analisados no intuito de compreender e/ou resolver um problema. “Método é um caminho, uma forma, uma lógica de pensamento” (VERGARA, 2007, p. 12). O método refere-se à maneira como será conduzida a pesquisa, ou seja, como serão coletados os elementos necessários à resolução de um problema. As pesquisas possuem tipologias que podem ser classificadas base com seus objetivos, como também pelos meios que se pretender alcança-los (GIL, 2006). De acordo com os fins a pesquisa pode ser: exploratória, descritivas ou explicativas. A exploratória “tem como objetivo proporcionar maior familiaridade como o problema com vistas a torna-lo mais explicito ou a construir hipóteses [...] tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições” (GIL, 2006, p.41). Já o objetivo da pesquisa descritiva é descobrir e observar fenômenos, procurando desta forma descrevê-los, classificá-los e interpretá-los, além de expor as características da população em estudo. A pesquisa descritiva serve de base para explicação dos fenômenos que descreve (VIEIRA, 2002). Na pesquisa explicativa o foco central “é identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos” (GIL, 2006, p.42). Quanto aos meios ou procedimentos técnicos a pesquisa pode ser: bibliográfica, documental, estudo de caso, experimental, pesquisa participante, entre outras. A pesquisa bibliográfica inclui o estudo de livros, revistas, jornais, meios eletrônicos, ou seja, tudo que seja acessível ao público em geral (VERGARA, 2004). O desdobramento de qualquer trabalho acadêmico requer uma pesquisa minuciosa e sistemática. Para isso, fez-se necessário a leitura e estudo de trabalhos científicos já esboçados, com objetivo de dar base e credibilidade à investigação.
A pesquisa documental refere-se à busca de informações, através de documentos, que podem estar, ou não, em poder da empresa estudada. Mattar (1999) chama esses dados de
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secundários internos, e destaca a sua importância, além de outras coisas, em virtude do baixo custo para se tiver acesso. Estudo de caso, que segundo Vergara (2007, p.49), “é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo”. Para Roesch (2005), estudos de casos possibilitam examinar o fenômeno dentro do seu contexto, e baseiam-se no presente. Na pesquisa experimental o objetivo é “explicar as relações de causa e efeito entre os conceitos envolvidos no fenômeno ou entre fenômenos” (ACEVEDO; NOHARA, 2010, p.48). A pesquisa participante ou observação participante “ocorre quando o observador, deliberadamente, se envolve e deixa-se envolver com o objeto da pesquisa, passando a fazer parte dele” (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p.31). Desta forma, podemos observar que para o desenrolar de uma pesquisa cientifica são vários os métodos e técnicas de pesquisa, assim cabe ao pesquisador de acordo com a sua problemática escolher cuidadosamente os procedimentos adequados para solucionar o seu problema de pesquisa. 4.3 Delineamento da pesquisa A pesquisa teve abordagem metodológica qualitativa, onde o seu foco central foi o estudo e análise da aplicação do Just-in-time pelos correios e o impacto desta técnica no seu serviço logístico. Desta forma este trabalho envolveu dois métodos de pesquisa: a exploratória e a pesquisa participante. Na fase inicial ou conceitual usou-se da pesquisa exploratória, mais especificamente para levantamento bibliográfico cuja finalidade foi dar um maior embasamento e compreensão teórica ao autor sobre o tema abordado. Segundo Lakatos e Marconi (2006, p.85): as pesquisas exploratórias são investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou problemas com tripla finalidade; desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para realização de uma pesquisa no futuro mais precisa, ou modificar e clarificar conceitos.
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Na segunda etapa o estudo valeu-se da pesquisa participante onde o autor funcionário da empresa em estudo, pode observar detalhadamente todo o processo logístico da mesma, e analisar criticamente a utilização de tal técnica. De acordo com Gil (2006, p.55), a pesquisa participante “caracteriza-se pela interação entre os pesquisadores e membros das situações investigadas”. Em concordância com Gil, Vergara (2007, p. 49) define que em tal pesquisa, “não se esgota na figura do pesquisador. Dela tomam parte pessoas implicadas no problema sob investigação, fazendo com que a fronteira pesquisador/pesquisado, ao contrário do que ocorre na pesquisa tradicional, seja tênue”. Desta forma a pesquisa teve como campo de coleta de dados e observação (feita no período compreendido entre 27 de setembro e 04 de outubro de 2010) o Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE), sediado em Teresina no estado do Piauí, onde são recebidas e encaminhadas, tanto para estado como para outras regiões do país, todas as cargas postais que chegam ou que saem do mesmo. E agência de Correios de Picos - PI, um importante entreposto, que atende a toda macrorregião, como agência e CDD. Os sujeitos da pesquisa, ou seja, os respondentes dos questionários e entrevistados foram funcionários dos Correios, escalados de acordo com a função e a hierarquia da DR – PI, como mostra o quadro a seguir. Onde desta forma os dois primeiros entrevistado por estarem no topo, mostrariam a teoria e planejamento, e os dois últimos a execução do planejado. Quadro 1 – Lista dos empregados por função
Entrevistado
Função
1
Gerente do centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (GCTCE)
2
Analista de Correios Pleno
3
Operador de Triagem e Transbordo (OTT)
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Supervisor do Setor de Distribuição
fonte: elaborado pelo autor Os entrevistado 1 e 2, funcionários dos Correios em Teresina, a entrevista foi feita por via virtual, onde através de trocas de e-mail os mesmos responderam no período de 10 a 20 de outubro de 2010, as mesmas questões abertas, as quais serviram de modelo de entrevista feita pessoalmente aos entrevistados 3 e 4, funcionários de Picos, os quais foram entrevistados já em 2011, no dia 27 de setembro do corrente ano, assim a observação participante teve duração de 01 (um) ano, para um maior aprofundamento.
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No presente estudo, os entrevistados, responderam a um questionário composto por 10 perguntas subjetivas as quais os respondentes tiveram a liberdade de expressar suas opiniões da forma que lhe foi mais conveniente, podendo apresentar-se com maior clareza e abrangência. 4.4 Plano de Analise dos dados Para tratamento dos dados a pesquisa valeu-se do método da Analise de Conteúdo, na interpretação e análise dos dados obtidos através das transcrições das respostas dos entrevistados, o que gerou informações onde puderam ser identificados e confirmada com a observação e participação do autor, a real utilização da filosofia just-in-time nas operações dos correios no que diz respeito à movimentação ao tratamento dos objetos postados tanto na chegada, como na saída destes para a distribuição. De acordo com Bardin (1977, apud VERGARA, 2008, p. 15) a analise de conteúdo é, um conjunto de técnicas de analises das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos as condições de produção /recepção(variáveis) destas mensagens. Hoje já se pode dizer que a Análise Conteúdo tenha desenvolvido, e tornando-se mais abrangente, integrando técnicas de tratamento de materiais jornalísticos e abraçando ate as transcrições de entrevistas, documentos institucionais entre outros (VERGARA, 2008).
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5. Análise de dados 5.1 Apresentação Neste capitulo são apresentados os resultados obtidos pela presente pesquisa que teve como problemática de estudo, descobrir qual a relação existente entre a aplicação do Just-in-time e a eficiência do sistema logístico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos- ECT- DR - PI? Desta forma, de acordo com a observação participante do autor unida a analise das transcrições das respostas dos entrevistados, conclui-se que o just-in-time e essencial para a todo o sistema logístico dos Correios, visto que tal técnica casa com o objetivo do negócio da ECT que é entregar os objetos postados com qualidade e nos prazos determinados. Assim, este capítulo encontra-se estruturado da seguinte maneira: para cada pergunta da entrevista feita aos entrevistados, foram ordenadas as respectivas respostas dos mesmos em seguida a análise das mesmas, considerando cada pergunta como um tópico. 5.2 Resultados e referentes à análise das respostas dos entrevistados
Questão 1: Como se dá o processo logístico dos correios desde a postagem do material até a entrega ao destinatário?
“O cliente se dirige a uma de nossas lojas, efetua a postagem do objeto; em seguida, ocorre o transporte até uma unidade de tratamento; no processo de tratamento, ocorre à abertura dos unitizadores, a separação por destino final e a reconsolidação da carga; dando sequência, ocorre mais uma etapa de transporte, desta feita, da unidade de tratamento até a unidade de distribuição; a última etapa, que é a distribuição, compreende a abertu
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