Logística Reversa
Trabalho Universitário: Logística Reversa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: julysche • 24/10/2013 • 1.548 Palavras (7 Páginas) • 563 Visualizações
LOGÍSTICA REVERSA
Juliana Schellemberg
Professor-Tutor Externo Jonatas Kons
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Logística (LOD 126) – Prática do Módulo III
09/06/13
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da logística reversa, do ponto de consumo até o ponto de origem, que precisa ser gerenciado, vindo de encontro com as considerações apresentadas na Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei Nº. 12.305 de 02 de agosto de 2010. Enquanto a Logística Tradicional trata do fluxo dos produtos fabrica x cliente, a Logística Reversa trata do retorno de produtos, materiais e peças do consumidor final ao processo produtivo da empresa. Devido à severa legislação ambiental e também por grande influência da sociedade e organizações não governamentais, as empresas estão adotando a utilização de um percentual maior de material reciclado ao seu processo produtivo, assim como também passaram a adotar procedimentos para o correto descarte dos produtos que não possam ser reutilizados ou reciclados.
Palavras-chave: Logística reversa. Pós venda. Pós consumo.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, a logística reversa se tornou um assunto de prioridade nos negócios da empresa, devido ao seu potencial de incremento simultâneo entre a satisfação do cliente e a rentabilidade da empresa (Minahan, 1998). Um melhor atendimento ao cliente, redução dos custos de operação, maior rentabilidade da empresa, elevação do prestígio da marca e imagem da empresa no mercado de atuação, entre outros fatores, tem sido identificados como benefícios potenciais que podem provir de programas efetivos e bem estruturados de logística reversa (Daugherty et al., 2001).
Historicamente, a logística reversa foi fortemente associada com as atividades de reciclagem de produtos e a aspectos ambientais (Stock, 1992). Dessa forma, a logística reversa passou a ter importância nas empresas devido à pressão exercida por parte da sociedade e, também, pelos órgãos governamentais, apontando que às questões ambientais (Hu et al., 2002), não podiam ser desprezadas.
2 CONCEITO
Leite (2000) define logística reversa como: “uma nova área da logística empresarial, preocupa-se em equacionar a multiplicidade de aspectos logísticos do retorno ao ciclo produtivo destes diferentes tipos de bens industriais, dos materiais constituintes dos mesmos e dos resíduos industriais, por meio da reutilização controlada do bem e de seus componentes ou da reciclagem dos materiais constituintes, dando origem a matérias-primas secundárias que se reintegrarão ao processo produtivo”.
3 TIPOS DE RETORNOS E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS
Segundo Leite (2003, 212-215), os retornos são classificados segundo as seguintes categorias: categoria de retorno comercial, categoria de retorno por garantia/qualidade e categoria de devoluções por substituição de componentes.
Segundo Kotler, um canal de distribuição é o conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para uso ou consumo. Temos dois tipos de canais de distribuição, o direto, que é o mais comum e o reverso. O direto são fluxos que vão do fornecedor até o consumidor final. Um exemplo, uma indústria vende garrafas de plástico para uma empresa que fabrica produtos químicos, que esta coloca seu produto em prateleira esperando que o cliente efetue a compra. Já o fluxo reverso pensa nas possibilidades de reutilização dessas embalagens que são descartadas.
4 LOGÍSTICA REVERSA: PÓS-VENDA E PÓS-CONSUMO
Logística reversa do pós-venda é a área de atuação que se ocupa do planejamento, operacionalização e controle do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, com ou sem uso, os quais por diferentes motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta que se constituem de uma parte dos canais reversos pelos quais fluem esses produtos. (LEITE, 2003, p.206).
Segundo Leite (2003, p.33), após o término de sua vida útil os bens transformam-se em produtos de pós-consumo, e, podem ser enviados a destinos finais tradicionais, como a incineração ou os aterros sanitários, considerados meios seguros de “estocagem” e eliminação, ou retornar ao ciclo produtivo por meio de canais de “desmanche”, “reciclagem” ou “reuso” em uma extensão de sua vida útil.
São consideradas três grandes categorias de bens produzidos: os bens descartáveis que são bens que apresentam duração de vida útil média de algumas semanas; bens semiduráveis que são os bens que apresentam duração de vida útil de alguns meses; e, finalmente, bens duráveis, representados por bens que apresentam duração de vida útil média variando de alguns anos à algumas décadas.
5 ETAPAS PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE LOGÍSTICA REVERSA
1) Coletar informações sobre processos reversos da empresa. Etapa inicial que tem o objetivo de verificar como o processo reverso está sendo efetuado pela empresa e quais resultados estão sendo alcançados, também, verificam-se quais os custos que estão sendo incorridos. Nesta etapa, pode-se verificar se o processo já apresenta algum resultado positivo, como, por exemplo, gerando receita para a empresa.
2) Identificar necessidades de clientes. Nesta etapa busca-se identificar, através pesquisas de satisfação, quais as necessidades e expectativas dos clientes no momento de utilizar o serviço de retorno de produtos de sua residência/empresa para o fornecedor.
3) Identificar ações da concorrência. Uma observação apurada dos processos utilizados por empresas que tenham um desempenho considerável no processo de logística reversa pode trazer ensinamentos e contribuições para a elaboração de atividades a serem realizadas pela empresa. Ganha-se tempo e dinheiro no momento que os erros cometidos pela concorrência pode ser evitados.
4)Verificar a viabilidade do serviço. Etapa crucial de todo o processo, pois uma nova atividade, sem incremento de rentabilidade da empresa, tanto em termos econômicos como em termos estratégicos, torna-se desprezível e inadequada.
5) Posicionar
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