MECANISMOS DE DEFORMAÇÃO DAS ROCHAS

Introdução

Quando as rochas são submetidas a condições de pressão e temperatura diferentes das que foram geradas, podem sofrer deformação e metamorfismo. E essas alterações podem ocorrer nas rochas metamórficas.

Na geologia, chamam-se rochas metamórficas aquelas que são formadas por transformações químicas e/ou sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.

O metamorfismo pode ser classificado de acordo com o agente ou os agentes principais de metamorfismo, área de abrangência e ambiente geotectônico, surgindo as seguintes denominações: dinamotermal, regional ou orogenético; termal de contato; dinâmico ou cataclástico; burial de carga ou de soterramento; hidrotermal; de fundo oceânico; e de impacto.

Segundo a Teoria da Tectónica das Placas, a litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas. Essas placas podem convergir, divergir ou deslizar entre si, sendo assim, as rochas que as compõem estão sujeitas a fortes estados de tensão (força exercida por unidade de área). Em resposta a essa tensão, as rochas deformam-se fraturando-se e/ou dobrando-se.

Através do comportamento das rochas durante os processos de deformação, pode-se classificá-las em rochas de comportamento frágil ou rúptil e em rochas de comportamento dúctil.

Comportamento frágil ou rúptil: quando as rochas com esse comportamento estão sujeitas a estados de tensão, em condição de baixa temperatura e pressão, fraturam. Sendo a causa, por exemplo, da formação de falhas.

Falha é uma superfície de fratura, ao longo da qual ocorreu um movimento relativo entre os dois blocos que separa.

Comportamento dúctil: quando as rochas estão sujeitas a estados de tensão, em condição de alta temperatura e pressão, sofrem deformação de forma ou volume, sem sofrer fratura. Sendo a causa, por exemplo, da formação de dobras.

Uma dobra consiste no encurvamento de uma superfície original plana.

Objetivo

O experimento tem como objetivo compreender de forma sucinta os mecanismos de deformação das rochas, como as estruturas são geradas e quais processos podem gerar deformação.

Materiais e Métodos

Materiais Utilizados

• Massa de modelar de diferentes cores;

• Régua;

• Lâmina;

• Papel Sulfite A4.

Procedimento Experimental

O grupo utilizou massa de modelar de diferentes cores para simular as "camadas" de uma rocha. Elas foram modeladas para que todas tivessem o mesmo comprimento e largura, porém, diferentes espessuras.

Após isso, elas foram sobrepostas de maneira uniforme, obtendo-se assim, um material onde a equipe pudesse simular alguns dos processos que podem gerar deformações nas rochas. As diferentes cores intercaladas entre si promove a fácil percepção dessas deformações causadas propositalmente.

Foram feitas todas as medições necessárias da "rocha" formada, como altura, largura, espessura, e anotadas/representadas na folha branca sob ela, o que possibilita o melhor entendimento do experimento pela análise e observação das fotos tiradas.

Os componentes do grupo comprimiram a "rocha" utilizando as mãos, afim de simular fenômenos da natureza que causam as deformações, como falhas e dobras. Essa simulação foi realizada sobre a superfície da massa em diferentes sentidos e com aplicações de forças distintas.

 

Resultados

Com massas de modelar de cores diferentes, foram cortados retângulos em tamanhos regulares. Ficaram sobrepostos uns aos outros, resultando em 5,0 cm de altura, 1,5 cm de espessura e 10,0 cm de comprimento. Para que não soltassem no momento das deformações, as massas foram comprimidas, com o intuito de juntar uma totalmente à outra, como pode-se observar na Figura 1.

Figura 1 - "Rocha" sem deformação

A seguir nas imagens e suas descrições, mostram vários tipos de alterações nas formas, que foram ocasionadas por processos mecânicos.

Na Figura 2 a massa foi deformada com pressões laterais, resultando em um comprimento de 9,0 cm.

Figura 2 - Deformação Dúctil (Dobramentos)

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