Manual de Operação ETAC Reuso
Por: Bruno-usp • 8/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.992 Palavras (8 Páginas) • 179 Visualizações
MANUAL DE OPERAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS – ETAC
SUMÁRIO
1 OBSERVAÇÕES GERAIS
2 FASES DO TRATAMENTO DA ÁGUA
2.1 Coagulação e Floculação
2.1.1 Coagulação
2.1.2 Floculação
2.2 Decantação
2.3 Filtração (filtro de pressão)
2.4 Desinfecção com Hipoclorito de sódio
3 CUIDADOS PARA MANUSEIO DOS PRODUTOS QUÍMICOS
3.1 Hipoclorito de sódio
3.2 Policloreto de Alumínio - PAC
4 OPERAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO
4.1 Aplicação de PAC para Coagulação
4.1.1 Preparação da solução de coagulante
4.2 Decantação
4.2.1 Procedimento para fazer a descarga de fundo
4.3 Filtração em meio granular
4.4 Desinfecção
4.4.1 Preparação da solução de hipoclorito
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OBSERVAÇÕES GERAIS
- Não consumir/beber a água tratada no sistema de tratamento.
- Cuidado quando manusear qualquer um dos produtos químicos utilizado no tratamento da água cinza.
- A bombona/tambor para aplicação de Hipoclorito de sódio não poderá ficar aberta.
- Recomenda-se usar luvas para manusear o coagulante PAC e o Hipoclorito de sódio.
- Não se recomenda a mudança dos produtos químicos já indicados para o tratamento, sem a consulta prévia a empresa fornecedora da estação.
- A descarga do lodo acumulado no decantador deverá ser efetuada a cada 30 dias, ou com uma frequência menor que vai ser verificada ao longo da operação da ETAC.
- Preparar a solução de Hipoclorito de Sódio para atender no máximo 15 dias de operação, visto que o armazenado prolongado diminui a capacidade de desinfecção.
- Sempre que a bomba do tanque pulmão 1 entrar em operação a bomba dosadora de coagulante deverá funcionar em conjunto.
- Sempre que a bomba do tanque pulmão 2 entrar em operação a bomba dosadora de cloro deverá funcionar em conjunto.
- Sempre que necessário fazer a retro-lavagem do filtro, seguindo as recomendações do fabricante para garantir o bom funcionamento do mesmo.
- Verificar o manômetro do filtro de pressão para monitorar a necessidade da retro-lavagem (limpeza).
FASES DO TRATAMENTO DA ÁGUA
Coagulação e Floculação
Processo pelo qual as partículas se aglutinam em pequenas massas (flocos) com peso específico maior que o da água. É necessário distinguir dois aspectos fundamentais na coagulação-floculação da água:
Coagulação
É a desestabilização das partículas suspensas, ou seja, a remoção das forças que as mantém separadas. A mistura de produtos químicos (coagulantes) na água, de forma que as impurezas (partículas) e contaminantes dissolvidos sejam “desestabilizados”, permitindo-se que elas se unam e formem partículas maiores para serem retiradas nas etapas seguintes do tratamento da água.
Floculação
É o transporte das partículas desestabilizadas dentro do líquido para que tenham contato, geralmente estabelecendo pontes entre si e formando uma malha de coágulos.
Na floculação as partículas, já desestabilizadas, chocam-se umas com as outras para formar coágulos maiores, denominados flocos, que podem ser removidos por sedimentação, flotação ou filtração rápida. Observar o Processo de coagulação/floculação Figura 2.
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Figura 2 - Processo de coagulação/floculação
Fonte: http://paginas.fe.up.pt
Decantação
A água passar para os decantadores, onde os flocos maiores e mais pesados possam se depositar. Essas águas, ditas floculadas, são encaminhadas para os decantadores, onde após processada a sedimentação, a água já decantada (o sobrenadante) é coletada por calhas superficiais separando-se do material sedimentado junto ao fundo das unidades constituindo o lodo, onde predominam impurezas coloidais, sólidos suspensos sedimentáveis, matéria orgânica, hidróxido de Alumínio ou de Ferro, dependendo do acoagulante e impurezas diversas (Figura 3).
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Figura 3 - Processo de Flotação
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br
Filtração (filtro de pressão)
Os filtros constituem a última barreira para tentar reter as partículas que não foram retiradas no decantador. Neste tratamento, é utilizado o filtro granular em profundidade, no qual as impurezas são retidas ao longo do leito filtrante de areia (Figura 4).
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Figura 4 – Filtro de pressão
Fonte: http://www.ecosan.com.br
Desinfecção com Hipoclorito de sódio
Como todos os hipocloritos, o hipoclorito de sódio é um sal, este provém do ácido hipocloroso (HClO). O ácido hipocloroso também está presente, em equilíbrio com o ânion hipoclorito, devido a carga neutra e ao pequeno tamanho, difunde-se facilmente pela parede celular dos microrganismos. A mudança no potencial de oxidação-redução da célula causada pela presença do ácido hipocloroso desativa a enzima triosefosfato deidrogenase. Esta enzima (ou a gliceraldeído-3-fosfato deidrogenase/GAPDH) é essencial para a digestão da glicose e também é particularmente sensível à presença de agentes oxidantes. Sua inativação destrói com eficácia o funcionamento do organismo dos microorganismos.
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