Modelos Estatísticos

FÁBRICA DE ROLAMENTOS^[1]

Willer Siqueira Mendes Gomes Junior^[2]

Carlos Fernando Rabelo^[3]

 1 DESCRIÇÃO DO CASO:

A dinâmica empresarial é dotada de significativas tarefas que potencializam o desenvolvimento de ações que fundamentam decisões estratégicas na vivência das instituições. Dessa forma, a captação de informações interna e externamente é fator crucial na tomada de decisões nas quais se identificam forças e fraquezas dentro das atividades da organização. Nesse sentido a análise dessas informações por meio do uso da estatística permite constituir um conjunto de dados que direcionam em curto, médio e longo prazo a viabilidade do planejamento elaborado.

Conforme a utilização de ferramentas estatísticas e a interpretação gráfica dos dados norteiam-se o gerenciamento das ações de controle dos negócios. Partiu-se desse entendimento o presente estudo de caso que trata de uma fábrica de peças. Em particular a fabricação de rolamentos, foco das discussões. Buscou-se verificar a influência do desgaste de um determinado rolamento em função da sua carga. Para a concretização dos trabalhos planejou-se um experimento que contemplasse diferentes variáveis. Três níveis de carga foram usados 700 libras, 1000 libras e 1300 libras, respectivamente. Quatro espécies foram usadas em cada nível e as médias amostrais são, respectivamente, 210, 325 e 375.

A fábrica continua a sua produção de peças (rolamento) e especifica nas embalagens das mesmas que a proporção de defeitos é de 4%. Foi pedido para ser inspecionada uma amostra de 200 peças e constata que 12 são defeituosas. Baseado nesses dados é possível, através das ferramentas estatísticas, diagnosticarem e mensurar a proporção de defeitos maior que o especificado pelo fabricante? Diante dos questionamentos o engenheiro de produção foi designado para a tarefa de elaborar um estudo detalhado e apresentar um relatório ao seu superior.

2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO:

Conforme a problemática descrita do caso acima, percebe-se que como premissa básica tem-se a necessidade de se estabelecer, frente às análises gráficas obtidas a partir dos experimentos, a possibilidade de relação entre o desgaste e a carga. Além disso, aferir as reais proporções de defeitos. Diante do exposto são levantadas algumas questões para análise, a saber:

1. O primeiro questionamento, quais as ferramentas estatísticas mensura relação entre o desgaste e a carga?

2. De acordo com a ferramenta encontrada no item anterior encontrado os valores individuais do desgaste para cada um dos quatros espécimes a cada nível de carga. Continuaríamos na mesma conclusão situação anterior?

3. Baseados nos dados em quantas amostras seriam encontrados uma proporção de defeitos maior que o especificado pelo fabricante?

2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada solução

2.2.1 O primeiro questionamento, quais as ferramentas estatísticas mensura relação entre o desgaste e a carga?

1 – Dentro da associação linear entre as variáveis carga e desgaste, no caso sequencialmente x e y, tem-se a correlação entre as mesmas que irá ser a principal ferramenta estatística usada para mostrar a relação entre as variáveis e como isso afeta a análise do problema. De posse das informações da tabela 1, disposta no case, se obtém o valor da correlação entre as médias dos desgastes e as cargas impostas.

[pic 1]

2 – Analisando a correlação das médias e das cargas, tem-se o seguinte resultado, conforme tabela 2

                               . [pic 2]

Tem-se a correlação das médias dos desgastes e das cargas igual a 0,97509738 o que nos leva a crer que há uma forte correlação entre as variáveis estudadas, onde a mesma também pode ser observada no gráfico 1.

[pic 3]

2.2.2 De acordo com a ferramenta encontrada no item anterior encontrado os valores individuais do desgaste para cada um dos quatros espécimes a cada nível de carga. Continuaríamos na mesma conclusão situação anterior?

1 – Fazendo uso da correlação novamente, é possível obter para cada rolamento o desgaste individual y em função da carga x, indicando em cada tabela sua respectiva correlação, vide tabela 3.

[pic 4]

2 – O que se observa em relação aos valores obtidos em cada análise individual da correlação para cada quadro de cada rolamento é que existem diferenças no que se refere a apresentação de resultados, ou seja, quando se faz a análise da função desgaste x carga de forma particular se observa uma forte correlação entre as variáveis o que foi observado na relação entre as médias dos desgastes, o que nos leva a crer que para os rolamento 2,3 e 4 de forma isolada tem uma correlação de grau forte, diferindo do rolamento 1 que indica fraca correlação em relação as calculadas individualmente e a das médias.