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O Congresso Nacional de Engenharia Civil da Universidade Federal Rural do Semiárido

Por:   •  22/3/2022  •  Artigo  •  2.127 Palavras (9 Páginas)  •  131 Visualizações

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Congresso Nacional de Engenharia Civil da Universidade Federal Rural do Semiárido[pic 1]

Engenharia Civil na Prática e suas Responsabilidades

De 09 a 13 de Agosto de 2021

Sistemas de drenagem urbana: um panorama nacional e internacional

Matheus Henrique Vieira Rochal1, Lucas de Souza Santos2 Laís Milene Mitsuko Afuso3, Vassiliki Terezinha Galvão Boulomytis4

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Câmpus Caraguatatuba, e-mail: matheus.rocha@aluno.ifsp.edu.br 

1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo  (IFSP), Câmpus Caraguatatuba, e-mail: matheus.rocha@aluno.ifsp.edu.br 

2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Câmpus Caraguatatuba, e-mail: santos.lucas@aluno.ifsp.edu.br 

3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo  (IFSP), Câmpus Caraguatatuba, e-mail: lais.afuso@aluno.ifsp.edu.br 

4Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Câmpus Caraguatatuba, e-mail: vassiliki@ifsp.edu.br 

Resumo. A drenagem urbana nem sempre foi tema relevante no planejamento das cidades, o que vem mudando com o decorrer dos anos. O objetivo deste artigo é evidenciar que as políticas públicas, em sinergia com as medidas estruturais, alcançam melhores resultados para a gestão das águas urbanas. Ademais, buscou-se explorar também o panorama nacional e internacional das práticas utilizadas para solucionar os problemas de drenagem urbana, com a aplicação de técnicas em subsídio ao planejamento de uso e ocupação do solo. Para tanto, foram contextualizados os alagamentos e as inundações, as medidas estruturais e não-estruturais, e as medidas compensatórias. Como instrumento de pesquisa foram utilizados artigos nacionais e internacionais que abordavam o tema nos últimos 5 anos. Concluiu-se que quando as medidas estruturais e não estruturais são combinadas de forma adequada, podem atingir um melhor resultado para a drenagem urbana, evitando ou minimizando os impactos, prejuízos e danos causados à comunidade.

Palavras-chaves: Medidas estruturais e não estruturais. Inundação. Medidas compensatórias.

1 INTRODUÇÃO

Neto et al. (2019) ressalta que, durante toda história, as cidades possuem relação direta com os cursos d’água. Os autores descrevem que até a Idade Moderna, as obras de drenagem ainda não eram consideradas uma infraestrutura necessária e condicionante para o desenvolvimento dos núcleos urbanos.

É apenas a partir da década de 60 que os países desenvolvidos passaram a “criar algum tipo de consciência ecológica e estudar os conflitos da relação entre a população e o meio ambiente” (SILVEIRA, 2002, apud NETO et al., 2019). Dessa forma, diversos tipos de ações começaram a ser tomadas ao redor do mundo, fazendo com que a drenagem passasse a ser vista não apenas como uma medida de proteção à área urbana. Ela também se transformou em uma medida de preservação ambiental, trazendo soluções alternativas e complementares, como as medidas compensatórias.

Tucci (2016) descreve os efeitos da urbanização e do crescimento populacional para a drenagem urbana, dados os impactos que podem causar ao meio ambiente, após já terem ocorrido. Nesse caso, o controle deve ser feito com o uso de medidas estruturais e não estruturais, podendo muitas vezes causar um elevado custo ao poder público.

Christofidis et al. (2019) descreve a sustentabilidade na drenagem urbana como um paradigma nas águas urbanas pluviais, esclarecendo que desde meados de 1970, o manejo das águas pluviais já vinha apresentando constante evolução.

Assim, a combinação de medidas estruturais e não-estruturais trouxeram vantagens que vão além do método tradicional de apenas coletar a destinar as águas da chuva das zonas centrais para as periferias.

Dessa forma, novas metodologias de drenagem urbana sustentável têm surgido ao redor do mundo, como por exemplo, o LID (Low Impact Development) que é aplicado nos EUA e Canadá e o WSUD (Water Sensitive Urban Design), desenvolvido na Austrália. É perceptível que a drenagem não era vista com grande importância no desenvolvimento das cidades, mas atualmente tem sido cada vez mais valorizada para a gestão urbana.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo foi elaborado por meio de uma pesquisa descritiva, na qual foi realizada uma consulta bibliográfica e documental a partir de artigos e periódicos nacionais e internacionais, publicados nos últimos 5 anos. Foram identificados os principais métodos estruturais e não- estruturais utilizados no cenário mundial, discernindo a viabilidade e os resultados que as medidas apresentam. Por fim, foi realizada uma análise crítica do material levantado, comparando-se os diferentes cenários abordados pelos referidos autores.

3 RESULTADOS

Segundo Bertoni e Tucci (2003 apud MACHADO e POLEZA, 2017) “as inundações ocorrem pela conjunção de diversos fatores, como o comportamento natural dos rios, a urbanização e a impermeabilização das superfícies e a canalização dos rios”. O termo inundação faz menção a um fenômeno natural onde a área do rio transborda atingindo a planície de inundação ou a chamada “área de várzea”. Já os alagamentos ou enchentes, conforme nos diz Amaral, Santoro e Tominaga (2009 apud MACHADO e POLEZA, 2017) referem-se à “elevação do nível d’água no canal de drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, porém sem extravasar”. Assim, conforme Machado e Poleza (2017), as inundações são eventos que não podem ser evitados, pois são naturais de qualquer curso d’água. Porém, os seus impactos sobre a população local podem ser minimizados através da adoção de medidas estruturais e não-estruturais.

De acordo com o trabalho de Machado e Poleza (2017), as medidas estruturais são sistemas de controle de enchentes e inundações, os quais são essencialmente construtivas, como represas, canais de desvio e barragens. Desde o princípio da drenagem urbana no Brasil, as medidas estruturais têm sido as mais empregadas. Em contrapartida as medidas estruturais têm o custo mais elevado, tanto para a sua implementação quanto para a sua manutenção, e na maior parte dos casos, quando empregadas de forma isolada, não apresentam soluções eficazes e nem sustentáveis.

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