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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA

Por:   •  31/7/2017  •  Resenha  •  1.541 Palavras (7 Páginas)  •  406 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA

Campus de Caraúbas

Curso: Engenharia Elétrica

Disciplina: Ética e Legislação

Professor: Davi da Costa Almeida

Aluno (a): João Marcos de Medeiros Brito

RESUMO CRÍTICO

VALLS, Álvaro L. M. O que é ética? São Paulo: Brasiliense, 1994. 83 p. (Coleção Primeiros Passos, 177).

O livro “O que é ética? ” foi escrito pelo autor Álvaro Valls, natural de Porto Alegre e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Este autor, que podemos chamar de filosofo, escreveu essa obra a fim de nos mostrar o que é a ética, como ela se desenvolveu ao passar dos anos e o que ela é hoje.

O autor dividiu seu texto em oito capítulos. Em sete, desses capítulos, Valls nos leva a caminhar por ideologias, historias e exemplos (em um passado filosófico), para que pudéssemos enxergar como se deu a construção do que é de fato a ética. No último capítulo, ele apenas faz indicações de leituras, para que os que se interessaram no assunto pudessem buscar informações além das que ele nos traz.

“O que é ética?”, inicia, logo no primeiro capítulo: Os problemas da ética, com uma frase, muito interessante, que foi, com certeza, o que deu a Valls o estopim para escrever essa obra. “A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta” (p.7). A partir dessa afirmação, o autor assume a dificuldade de explicar o que é ética, tendo em vista a imensa quantidade de significados e/ou interpretações que ela possui.

Ainda no o primeiro capitulo, percebemos que o autor, ele nos apresenta os problemas encontrados ao se estudar ética. Aqui, Valls nos mostra que esse estudo é dividido em dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais, e no outro os problemas específicos. Ele salienta, que essa divisão só acontece no meio acadêmico, pois não é possível visualizar essa separação na vida real.

O que pode ser notado foi que a ética, ela foi sendo reconstruída de acordo com a história, tendo sido influenciada por cada ideologia e/ou cultura das diferentes épocas. Tendo em vista que a ética evoluiu com o passar dos anos, o que existe em comum no ser ético hoje com o ser ético em determinado tempo da história? Por isso o autor traz uma questão e já nos agracia com sua respectiva resposta: “o que seria um comportamento correto, em ética? Não seria nada mais do que um comportamento adequado aos costumes vigentes [...]” (p.10).

Explicar o pensamento ético de uma forma universal, que englobasse todas as referências de comportamento das mais diferentes culturas e nações, era papel dos filósofos. Por isso, o autor traz aqui, as pessoas de Sócrates (470 – 399 a.C.), morto por questionar as leis, foi chamado de “o fundador da moral (e a palavra moral é sinônimo de ética, acentuando talvez apenas o aspecto de interiorização das normas)” (p.17) e Kant (1724 – 1804), que “buscava uma ética de validade universal” (p.18). “Kant achava que a igualdade entre os homens era fundamental para o desenvolvimento de uma ética universal” (p.19). Ambos tinham um pensamento voltado a moral. A partir da visão desses dois grandes pensadores, outras discussões foram surgindo, e essas, nós veremos a seguir, nas discussões dos próximos capítulos.

O segundo capitulo desse livro: Ética grega antiga, o autor retoma os pensamentos filosóficos dos grandes pensadores da época. Porém, não se prende apenas aos três pilares da filosofia grega (Sócrates, Platão e Aristóteles), vemos isso ao longo de todo o livro.

As ideias de Sócrates foram sistematizadas por Platão. “Ele parte da ideia de que todos os homens buscam a felicidade” (p.25). Felicidade aqui, referida ao prazer, sabedoria e virtude. Platão era credor da existência de vida a pós a morte, acreditava na alma, e em uma força que regia o universo (Deus). Para ser feliz o homem tinha que se assemelhar ao máximo a Deus, para isso, ele apresenta algumas virtudes: justiça, prudência ou sabedoria, fortaleza ou valor, temperança, que deviam ser seguidas pelos indivíduos, a fim de adquirir essa felicidade.

Aristóteles por sua vez, acreditava que a ética devia deixar de ser tão teórica para ser um pouco mais prática. Aqui o homem deveria viver racionalmente, e ainda levar a vida baseada no viver, no sentir e na razão. “A ética aristotélica é finalista e eudemonista, quer dizer, marcada pelos fins que devem ser alcançados para que o homem atinja a felicidade [...]” (p.29).

O capitulo três: Ética e Religião, nós compreendemos a relação que existe entre a religião e a ética. Percebemos como a religião foi e é, grande influenciadora dos conceitos éticos. Nessa parte do livro, o autor mostra o salto que teve na (influencia) ética, quando houve a transição, por exemplo, da religião antiga grega para o cristianismo. A partir dessa transição, vemos sempre Deus em primeiro lugar, enquanto o indivíduo fica em segundo plano.

Um filosofo importante, citado nesse capitulo, foi Ludwig Feuerbach (1804-1872). Não podemos deixar de citar a contribuição desse pensador “que tentou traduzir a verdade da religião, especialmente a cristã, numa antropologia filosófica que estivesse ao alcance de todos os homens instruídos” (p.39). Suas ideias foram de grande influência, para as ideias de Marx que “desenvolve, então, uma nova visão do mundo e da história humana, que, num certo sentido, deveria substituir a religião” (p.39). Além da nova visão formulada por Marx, surgem também outras formas de visão: determinista, racionalista utilitarismo e positivismo lógico.

No capitulo quatro: Os ideais éticos,

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