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O DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

Por:   •  6/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.527 Palavras (7 Páginas)  •  99 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

DISCIPLINA: LIMNOLOGIA

DOCENTE: GEORGETTE CARNILI

REPRESAS E AÇUDES

                                                              Discente:Daniel  

Danilo Arruda França

                                                                                   Guilherme

                                                                             Murilo

                                                                             Robert

CUIABÁ-MT

Abril de 2008

INTRODUÇÃO

        

A limnologia é a ciência que estuda as massas d’águas continentais e tem sua origem nos estudos de filósofos sobre a fauna e a flora de lagos. A consolidação da limnologia como ciência teve início no século XX com pesquisas que tinha caráter descritivo sobre a fauna e flora dos lagos, sua tipologia e a relação de causa e efeito que eram observadas nesses ecossistemas. Esse período se estendeu aproximadamente até o ano de 1950. Após este período, ocorre uma fase de pesquisas de caráter experimental, que segue até os dias de hoje.

        No Brasil, os estudos limnológicos adquiriram grande importância no Nordeste, isso, pois nessa região, devido à escassez de água, necessidade de abastecimento e irrigação havia muitas represas e lagos. Em outras regiões do país esse fato também ocorre, mas também com a intenção de gerar energia, navegação, regularização do curso d’água e lazer.

REPRESAS E AÇUDES

        

Esses termos referem-se ao ato de armazenar água tanto de rios quanto pluviais através da construção de barragens para reter essa água. No Brasil esses termos recebem diversas denominações, tais como lago, reservatório, represas, açudes, entre outros, que na verdade são sinônimos, tendo a mesma origem e finalidade.

        Inúmeras foram as barragens construídas no Brasil com a finalidade de gerar energia elétrica. A realização dessas obras resultou na formação de inúmeros ecossistemas lacustres artificiais. No estado de São Paulo, por exemplo, grande parte dos rios foi segmentada com a construção de inúmeras barragens.

        As represas apresentam grande instabilidade limnológica devido ao baixo tempo de permanência da água na represa, sendo assim, na maioria das vezes as barragens podem ser consideradas um estágio intermediário entre um rio (ambiente lótico) e um lago (ambiente lêntico). Outra peculiaridade das represas é a grande oscilação do nível d’água que pode ocorrer em pouco tempo, conforme as necessidades de  uso de água de uma usina.

        A construção de barragens e por conseguinte a formação de grandes lagos artificiais acarreta diversas alterações não apenas no ambiente aquático, mas também no ambiente terrestre adjacente. Essas modificações podem ser benéficas ou prejudiciais.

VANTAGENS

As secas de 1825, 1827 e 1830 marcaram o início da prática de construção de açudes no Nordeste semi-árido como fonte de água para abastecimento humano e animal durante tais períodos. Em 1831 a Regência Trina autorizou a abertura de fontes artesianas profundas. Em 1856 foi criada a Comissão Científica de Exploração, chefiada pelo barão de Capanema. Dentre as suas recomendações destacam-se: "a abertura de um canal ligando o rio São Francisco ao rio Jaguaribe, a construção de 30 açudes, a abertura de fontes artesianas profundas e melhoria dos meios de transporte".

A construção de açudes tem fundamental importância social, pois permite armazenamento de água para consumo humano e de animais, regularização dos cursos d’água, irrigação e criação de organismos aquáticos como a piscicultura, sendo estes fatores também de grande importância econômica.

        A construção de usinas hidrelétricas tem como principais argumentos favoráveis o caráter renovável da energia produzida; a redução da dependência quanto a fontes não-renováveis que precisamos importar, como petróleo e gás natural; a completa autonomia tecnológica do país neste campo; os baixos custos financeiros e um conjunto de impactos sociais e ambientais relativamente conhecidos e em parte amenizáveis (menos malignos do que, por exemplo, os da energia nuclear).

DESVANTAGENS

Muitos são os aspectos negativos da construção de lagos artificiais que atingem diretamente a população que, na maioria dos casos têm que se deslocar de suas habitações por causa da inundação de áreas próximas. Passam a viver ao redor desses lagos, fazendo mau uso dos recursos naturais disponíveis, modificando o habitat dos seres que ali vivem. Além disso, quando esses aspectos agem sobre o meio ambiente, torna-se uma forma indireta de afetar a população.

Os efeitos sobre o meio ambiente atingem tanto fauna como flora, gerando risco de desaparecimento de espécies raras ou em extinção, ou até mesmo pode ocorrer um aumento significativo de macrófitas aquáticas, Eichhornia crassipes, Salvinja spp e Pistia stratiotes.  

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