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O DIAGNÓSTICO DA CADEIA PRODUTIVA CANA DE AÇUCAR

Por:   •  13/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.639 Palavras (7 Páginas)  •  224 Visualizações

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Geiriele Rodrigues
Juliana Monteiro                                                                                    
Karine Silva
Silmara Barnabé                                                                                  

Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Cana-De-Açúcar

BARRA DO BUGRES
2013
Geiriele Rodrigues
Juliana Monteiro                                                                                    
Karine Silva
Silmara Barnabé                                                                                  

Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Cana-De-Açúcar

Relatório de pesquisa apresentado à disciplina de Gerenciamento da Empresa Rural, da Universidade do Estado de Mato Grosso, no departamento de Engenharia de Produção Agroindustrial, sob orientação do Professor Ramao Humberto Martins Manvailer.

        
BARRA DO BUGRES
2013

Especificidades da Cadeia de cana-de-açúcar

De acordo com Sindaçúcar-Mg1 (2003) apud Siqueira e Reis [2008?], a produção da cana-de-açúcar foi uma das primeiras atividades agrícolas desenvolvidas no Brasil, sendo seus principais produtos são: açúcar e álcool. O país é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, o mesmo possui os menores custos de produção e apresenta os melhores índices de produtividade entre os principais produtores mundiais. É também o primeiro do mundo na produção de açúcar e etanol. O setor movimenta, anualmente, algo em torno de US$ 13 bilhões entre faturamentos diretos e indiretos, o que corresponde a 2,5% do PIB brasileiro.

Conforme o Ministério da Agricultura-MAPA [20--], o Brasil é responsável por mais da metade do açúcar comercializado no mundo e deve alcançar taxa média de aumento da produção de 3,25%, até 2018/19, e colher 47,34 milhões de toneladas do produto, o que corresponde a um acréscimo de 14,6 milhões de toneladas em relação ao período 2007/2008. Para as exportações, o volume previsto para 2019 é de 32,6 milhões de toneladas.

Ainda de acordo com o MAPA, o governo federal lançou uma política para orientar a expansão sustentável da cana-de-açúcar no País que tem como base critérios ambientais, econômicos e social. A política foi definida a partir de estudo minucioso, o Zoneamento Agro-ecológico da Cana-De-Açúcar (ZAECana), que estipulou as áreas mais propícias ao plantio da cultura considerando tipos de clima, solo, biomas, declividade do terreno, e necessidade de irrigação, entre outras características.

Segundo a Agência Embrapa de Informação Tecnológica - AGEITEC [2005-2011], os impactos ambientais decorrentes da cana-de-açúcar têm sido objeto de discussão em diversos fóruns, com importantes avanços nos últimos dez anos. A colheita é a etapa mais sensível do processo produtivo da cana, em razão das queimadas. A vigilância da sociedade e dos governantes frente a esse tema repercute em medidas para promover uma relação menos impactante entre a agricultura e o meio ambiente.

Atualmente, a queimada é proibida em quase todos os municípios do Brasil, decorrente de uma internalização das externalidades negativas feita pelo governo. Em algumas cidades a prática ainda é utilizada, porém, há um prazo para que seja feita a modernização da colheita – mecanizada. Muitas empresas desenvolvem projetos sociais e ambientais, como forma paliativa ao impacto que a produção de cana-de-açúcar tem na região, como por exemplo, os projetos “Doce Vida” do Grupo Barralcool e o “Doce Peixe” das Usinas Itamarati.

Existem selos de garantia que são concedidos pelas empresas certificadoras, tendo em vista as suas práticas ambientais sustentáveis, permitindo aos produtores atingir mercados exigentes em relação à qualidade e à procedência dos produtos. (AGEITEC, [2005-2011]).

De acordo com SEBRAE (2008), a cadeia produtiva da cana-de-açúcar é bastante estruturada no Brasil, sendo este o único país do mundo que domina todos os estágios da sua tecnologia de produção. Representa um conjunto amplo e articulado de atividades que vão desde a produção da cana-de-açúcar, até a colocação dos produtos finais (açúcar e álcool) no mercado, passando por todos os elos de processamento. O agronegócio da cana-de-açúcar compõe-se de elos geradores de várias oportunidades de negócios: produção da cana-de-açúcar, processamento de produtos derivados, serviços de pesquisa, capacitação, assistência técnica e creditícia, transporte, comercialização, exportação, serviços portuários, entre diversas outras.

As atividades a montante da cadeia constituem-se em fornecedores de matérias-primas, máquinas, equipamentos, tecnologias etc. O núcleo central de produção engloba os principais elos que caracterizam as etapas fundamentais para a elaboração dos produtos finais de consumo; a jusante diz respeito as atividades de promoção da comercialização e da distribuição para o mercado consumidor, assim como as atividades industriais de processamento do álcool e do bagaço (subproduto) para geração de insumos para outras cadeias produtivas (energia, fármacos, alimentos etc). (SEBRAE, 2008).

O esquema de funcionamento da cadeia de produção da cana-de-açúcar é representada abaixo:

Fig. 1: Estrutura da cadeia sucroenergética.

[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4]

Fonte: SEBRAE, 2008.

Com base no informativo do SEBRAE (2008), explicaremos a seguir o funcionamento da cadeia agroindustrial da cana-de-açúcar:

  • A montante destaca-se, em primeiro plano, o elo que representa o fornecimento de insumos agrícolas, indispensáveis à atividade de plantio e colheita da cana. Dentre esses insumos, salientam-se os adubos e os fertilizantes resultantes do próprio processo produtivo. Posteriormente os implementos agrícolas (tratores, arados, colhetadeira). As máquinas e equipamentos são instrumentos principalmente utilizados a partir do processo de moagem da cana, passando pelos equipamentos de concentração do caldo, caldeiras, destilarias etc.
  • Após a colheita, o processo produtivo passa pela lavagem e pelo desfibramento, preparando a cana para a moagem. O elo seguinte da cadeia responde pela moagem para produção do caldo e, em seguida, do açúcar e álcool, gerando como subproduto o bagaço, cuja utilização vem sendo feita para geração de eletricidade na própria usina.
  • Depois da concentração do caldo, separa-se o açúcar e o melaço, onde o último pode ser utilizado para a alimentação animal. Nas usinas com destilaria, o melaço é tratado a partir da destilação do álcool, restando como subproduto o vinhoto (ou vinhaça). Este subproduto vem sendo usado na própria usina como fertilizante. Mais recentemente, seu uso foi observado na produção de gás carbônico vendido para fábricas de refrigerantes e de águas gaseificadas.
  • A produção do álcool também pode passar por várias etapas, com novas fases de destilação: da primeira destilação obtém-se aguardente ou álcool cru; da segunda, álcool hidratado; da terceira, álcool anidro; e da quarta, álcool neutro.

Integrantes

Geiriele Rodrigues: Pesquisa bibliográfica a respeito da estrutura da cadeia de produção, inter-relacionamento de cada elo da cadeia. Desenvolvimento de conteúdo.

Juliana Monteiro: Caracterização das principais estratégias utilizadas no setor. Desenvolvimento de conteúdo.

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