O Departamento de Engenharia Química Diadema
Por: aliciamartos • 5/1/2022 • Relatório de pesquisa • 3.179 Palavras (13 Páginas) • 95 Visualizações
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Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
Departamento de Engenharia Química
Diadema – São Paulo
Laboratório de Engenharia Química
RELATÓRIO - Experimento 3
]
Diadema
2021
1 INTRODUÇÃO TEÓRICA
O objetivo deste experimento foi a calibração de um medidor de vazão Venturi. Portanto, se fez necessário a realização do cálculo da vazão volumétrica real e da vazão volumétrica teórica e para assim determinar um valor de coeficiente de descarga (Cd) que representa cada sistema analizado. Ainda, construiu-se um gráfico de Cd versus Re e um gráfico de vazão volumétrica real versus a perda de carga para cada sistema analisado.
O medidor de vazão Venturi ou tubo de Venturi, assim como o próprio nome já indica, foi inventado no século XVIII pelo cientista Giovanni Battista Venturi. Este é um aparato criado para medir a velocidade do escoamento e a vazão de um líquido incompressível, através da variação da pressão durante a passagem deste líquido por um tubo de seção mais larga, e depois por outro de seção mais estreita. (FILHO, 2017)
Este efeito é explicado pelo princípio de Bernoulli e no princípio da continuidade da massa. Se o fluxo de um fluido é constante, mas sua área de escoamento diminui, então necessariamente sua velocidade aumenta. Para o teorema a conservação da energia se a energia cinética aumenta, a energia determinada pelo valor da pressão diminui. (ANTUNES; NONATO; POIT, 2015)
O princípio de Bernoulli acontece considerando um fluido incompressível, irrotacional e não viscoso que esteja escoando através de uma tubulação. Existem três fatores que podem interferir no escoamento do fluido em questão: A pressão que age nas extremidades da tubulação (que podem variar de uma para a outra), a variação na área de secção transversal reta da tubulação (que se caso exista, acarretará variação na velocidade do fluído) e também uma variação na altura (entre uma extremidade e outra). Observando as Figura 1 e 2:
Figura 1 - Deslocamento do fluido no Venturi.
[pic 3]
Fonte: ANTUNES; NONATO; POIT, 2015.
Figura 2 - Deslocamento do fluido no Venturi.
[pic 4]
Fonte: ANTUNES; NONATO; POIT, 2015.
O fluido sofre um deslocamento Δx1. A quantidade de massa Δm possui velocidade v1. Na extremidade direita onde está a saída, atua uma força F2 , produto da pressão P2 pela área A2. Esta força pode ser devido ao fluido existente à direita da parte do sistema que está sendo analisado. Esta é contrária à F1. Nesta extremidade o fluído se movimenta com velocidade v1 através da área A1 de modo que uma quantidade de massa igual a Δm, representada pelo azul escuro, que ocupava o volume V1 delimitado por A1 e Δx1 passe a ocupar o espaço delimitando um volume V2, que é encerrado pela área A2 e o deslocamento Δx2. (ANTUNES; NONATO; POIT, 2015)
A equação 1 obtida pelo desenvolvimento deste fenômeno é
(1)[pic 5][pic 6]
Considerando que o tubo não possui diferenças de elevação, podemos escrever a Equação de Bernoulli conforme a equação 2:
(2)[pic 7]
O Tubo de Venturi é um elemento primário gerador de depressão, uma vez que interage com o fluido com fundamentos físicos diretos, sem mecanismos intermediários (daí estar classificado entre os elementos deprimogênios). Sua função é criar uma diferença de pressão Δp que seja relacionada à vazão Q através de uma equação.
O funcionamento do tubo, como mencionado acima, ocorre devido à diferença de seção transversal. Como a região central do tubo é menor que as demais, a velocidade do escoamento ao longo da região central do tubo será maior, o que resultará em um menor campo de pressão, devido a conservação da energia do sistema. Sendo assim, a diferença de pressão é registrada pela diferença de altura da coluna de líquido ao longo de um tubo em U. Esta diferença é utilizada para determinar a velocidade e vazão do escoamento.
2 METODOLOGIA EXPERIMENTAL
Para a realização do experimento "medidores de vazão", utilizou-se o simulador de medidor de vazão (venturímetro) da plataforma Virtual Labs, desenvolvido pelo National Institute of Technology Karntaka Surathkal (Students Online Laboratory Through Virtual Experientation). O experimento foi realizado em 3 tubos com diâmetros diferentes, sendo o primeiro de 50 mm, o segundo de 40 mm e o último de 20 mm, e 4 vezes para cada tubo. Para todos a metodologia foi a mesma. Primeiro escolheu-se o diâmetro do tubo e anotou-se o valor do comprimento. Em seguida, a simulação foi ativada e os valores das alturas dos dois ramos do manômetro (LL e RL) foram dadas pelo programa e assim calculou-se o valor da perda de carga (H) utilizando a fórmula
. [pic 8]
Após isso, observou-se o fluxo de água pelo medidor Venturi e anotou-se os valores dados pelo simulador dos diâmetros D1 (diâmetro do Venturi) e D2 (diâmetro da garganta do Venturi), e das áreas A (área do tanque coletor), A1 (área do Venturi) e A2 (área da garganta do Venturi). Depois disso, a válvula de saída do tanque coletor foi fechada e o tempo (t) até que a água alcançasse a altura (h) de 5 cm foi medido. Então, o valor da vazão volumétrica de descarga teórica (Qth), a vazão volumétrica de descarga real (Qact) e o coeficiente de descarga do Venturi (Cd) foram calculados a partir das seguintes fórmulas:
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