O ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE BIOGÁS
Por: Luccagoulart • 29/10/2021 • Monografia • 5.021 Palavras (21 Páginas) • 96 Visualizações
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
MATHEUS LUCCA GOULART ROSA
ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE BIOGÁS A PARTIR DE DEJETOS SUÍNOS EM FRANCISCO BELTRÃO - PR
FRANCISCO BELTRÃO
2021
MATHEUS LUCCA GOULART ROSA
ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA INDUSTRIA DE BIOGÁS A PARTIR DE DEJETOS SUÍNOS EM FRANCISCO BELTRÃO-PR
Proposta para Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Química, apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 1, do Departamento Acadêmico de Engenharias da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Orientador: Prof. Lindomar Subtil de Oliveira
Coorientador: Prof. Douglas Junior Nicolin
Coorientador: Prof. Adir Silvério Cembranel
FRANCISCO BELTRÃO
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 PROBLEMA 6
3 JUSTIFICATIVA 7
4 OBJETIVOS 9
4.1 OBJETIVO GERAL 9
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 9
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
5.1 BIOGÁS: CONCEITOS, PROPRIEDADES QUÍMICAS E APLICAÇÕES 10
5.2 INDUSTRIA DO BIOGÁS 12
5.3 POTENCIAL DO BIOGÁS NO SUDOESTE PARANAENSE E EM FRANCISCO BELTRÃO 14
5.4 EMPREENDEDORISMO 15
5.5 PLANO DE NEGÓCIOS E SUAS ETAPAS 16
5.5.1 Sumário executivo 17
5.5.2 Análise de mercado 17
5.5.3 Plano de marketing 17
5.5.4 Plano operacional 18
5.5.5 Plano financeiro 18
6 METODOLOGIA 20
7 CRONOGRAMA 22
8 ORÇAMENTO 23
REFERÊNCIAS 24
1 INTRODUÇÃO
Desde a revolução industrial no século XIX, a sociedade, além de ter passado por uma globalização no processo industrial, passou a consumir cada vez mais e, por consequência, a precisar cada vez mais de fontes energéticas para suprir seu estilo de vida. Deste modo, combustíveis fósseis passaram a ser usados de forma desenfreada a fim de sanar esse déficit energético (GUARIEIRO; VASCONCELLOS; SOLCI, 2011). O que não se esperava, eram os altos impactos alavancados com o uso desse tipo de combustível no meio ambiente, como mudanças climáticas, extração desenfreada de recursos naturais, devastação de ambientes e consumo desenfreado. Houveram tempos na história da evolução humana em que esses combustíveis eram, além de altamente necessários para a evolução humana, sua única opção (GUARIEIRO; VASCONCELLOS; SOLCI, 2011).
O que se pode se afirmar atualmente, é que a sociedade já evoluiu o suficiente para encontrar outras fontes energéticas, mas que, desta vez, sejam menos nocivas ao meio ambiente ao passo que sejam avançadas tecnologicamente. Diante disso, uma das opções de fonte energética é o biogás. Segundo a Agência Embrapa de Informação Tecnológica (EMBRAPA), o biogás é um gás resultante da fermentação anaeróbica de matéria orgânica, onde essa matéria é degradada em substâncias mais simples e menos poluentes. Este gás é composto, majoritariamente, por metano (CH4), que possui um alto potencial energético e normalmente é usado na geração de energia elétrica ou até mesmo como combustível para carros (SISTEMA OCB, 2019). Este gás possui alto grau de flexibilização, pois pode agir como complemento para sistemas com déficit energético ou, em outras situações, como combustível para motores e aquecimento térmico. O gás possui, ainda, alta escalabilidade, uma vez que pode ser, inclusive, produzido em vários níveis de escala. Por ser um país de clima tropical, o Brasil tem uma grande vantagem na produção de biogás, já que temperaturas relativamente altas (o suficiente para melhorar o desempenho, mas não para matar os microrganismos) favorecem a produção de metano (AGEITEC, 2013).
São diversas as fontes disponíveis de matéria orgânica para os reatores, tais como, restos de alimentos, dejetos aviários, bovinos e, como no caso desse estudo, suínos. Por ser uma região com uma grande produção de suínos, o sudoeste paranaense se destaca como potencial produtor de biogás a partir de seus dejetos pecuários, como é o caso da cidade de Francisco Beltrão. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária (ADAPAR, 2020), existem cerca de 44.473 animais nos mais diversos ciclos de vida, que configuram na cidade elevado potencial no reaproveitamento desses dejetos para produção de biogás, uma vez que, onde existe matéria orgânica disponível e abundante, existe a possibilidade se obter um superávit energético (AGEITEC, 2013). Além disso, a criação de uma indústria nesse setor geraria impactos significativos na cadeia produtiva além de relevantes benefícios sociais e para o meio ambiente, seja por meio da geração de uma nova fonte de renda – no caso dos produtores – seja para atrair novos investidores e, consequentemente, gerar mais empregos.
Para a realização do projeto de uma indústria de biogás nesses moldes sediada na cidade de Francisco Beltrão, é necessário fazer uma análise da viabilidade de um empreendimento nesse segmento através da utilização de algumas ferramentas, como o Plano de Negócios. O Plano de Negócios (PN) é uma das ferramentas mais utilizadas pelos empreendedores pelo fato de ser objetivo e de fácil acesso (DORNELLAS, 2016).
Usado inicialmente por grandes corporações, o Plano de Negócios passou a ser uma técnica cada vez mais empregada, inclusive, entre os pequenos empresários, que buscavam cometer menos erros administrativos. Seu início se deu na década de 1960 nos Estados Unidos, a fim de atender os problemas de gestão de grandes empresas. Com a sua modernização e democratização, mais segmentos passaram a adotar o PN como obrigatório como, por exemplo, algumas linhas de financiamento do BNDES. No PN são feitas as análises de mercado, operacional e financeira do negócio além da descrição dos produtos e serviços oferecidos. Nele são documentadas as estratégias de venda, padrões de consumo, lucratividade esperada, viabilidade, incertezas e principalmente os riscos corridos pela empresa (DORNELLAS, 2016). Por isso, esse tipo de documento é ideal e inerente ao planejamento do negócio, pois a partir dele é possível identificar e antever os possíveis erros e, reduzindo as chances de um negócio não dar certo.
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