O Homem Como Degradador Ambiental
Por: Ana Wanessa Ana • 4/12/2021 • Trabalho acadêmico • 1.807 Palavras (8 Páginas) • 192 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL
O HOMEM COMO DEGRADADOR DO MEIO AMBIENTE
GHEIZON RAUNNY SILVA
JOSÉ KAIO DA SILVA DE FREITAS
MICHEL MAGNO DA SILVA SOUZA
LUCAS ARAÚJO DE AZEVEDO
João Pessoa
2021
INTRODUÇÃO
A todo momento o meio está suscetível a mudanças devido a diversas ações externas, seja através da ocorrência de eventos naturais, a presença de animais, e ao próprio ser humano que desde os primórdios promove mudanças no ambiente. Ao longo da evolução da humanidade essas transformações vão se tornando cada vez mais revolucionárias e agressivas, tornando o homem um potencial degradador.
A primeira grande revolução a modificar o ambiente, foi a agrícola. Em meados de 2.000 anos a.c. começa a domesticação das plantas, o homem busca migrar do sistema de caça e coleta para agricultura, e nesse mesmo período o fogo também é descoberto possibilitando o início de controle de técnicas para dominar a produção de alimentos. Esses fatores adicionados a domesticação de animais permitiram a fixação dessa população em um local, visto que antes eram nômades. (BAILEY, 2001).
Mais a frente acontece uma outra grande revolução, a científica, esta ocorreu a cerca de 500 anos atrás. A Revolução Científica iniciou no século XV, com um conhecimento mais estruturado e prático, desenvolvendo formas empíricas de se constatar os fatos. Os conhecimentos só eram considerados corretos depois de confirmados pela experiência e razão, surgindo assim o método experimental ou científico. A partir desse período, a Ciência, que até então estava atrelada à Teologia, separa-se desta e passa a ser um conhecimento mais estruturado e prático. Esse período marcou uma ruptura com as práticas ditas científicas da Idade Média, fase em que a Igreja Católica ditava o conhecimento de acordo com os preceitos religiosos. Embora na época tenha havido grande movimentação com a divulgação de novos conhecimentos e novas abordagens sobre a natureza e o mundo, o termo Revolução Científica só foi criado em 1939 por Alexandre Koyré.
A Revolução Industrial, é um outro período bem importante para os avanços da sociedade, e no desenvolvimento tecnológico que foi iniciado na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII, ela foi a transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão.
A vida nas cidades se tornou mais importante que a vida no campo e isso trouxe muitas consequências: nas cidades os habitantes e trabalhadores moravam em condições precárias e conviviam diariamente com a falta de higiene, isso sem contar com o constante medo do desemprego e da miséria. No início da Revolução Industrial, os operários viviam em péssimas condições de vida e trabalho. O ambiente das fábricas era insalubre, assim como os cortiços onde muitos trabalhadores viviam.
A jornadas de trabalho chegava a 80 horas semanais, e os salários variavam em torno de 2,5 vezes o nível de subsistência. Para mulheres e crianças, submetidos ao mesmo número de horas e às mesmas condições de trabalho, os salários eram ainda mais baixos. Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e inventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgisse novas tecnologias: locomotivas a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.
Atualmente no Brasil, boa parte dos brasileiros moram na área urbana, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015 84,72% vivem nas cidades. Frente a esta realidade, muitas vezes por falta de uma gestão eficaz e políticas públicas direcionadas a inclusão social e ao meio ambiente, permite com que a maioria da população pobre viva em áreas ambientalmente vulneráveis. Nos centros urbanos, em especial nos subúrbios, estas pessoas vivem em lugares inadequados para a construção de moradias, próximas a córregos, esgotos, locais que alagam facilmente ou em morros (SILVA, 1994).
A constituição brasileira de 1988 é uma das mais modernas e preocupada com as questões ambientais do mundo. O Art. 25 traz a preocupação com as questões ambientais atreladas a sadia qualidade de vida das pessoas, desta e das futuras gerações. Porém a realidade do saneamento básico no país é muito alarmante e desigual, se levado em consideração que a população mais pobre é a mais afetada por esta ausência.
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2018) apenas 46% dos esgotos do país são tratados, ao regionalizar-se verifica-se que as regiões Norte e Nordeste são as mais deficitárias com 21,70% e 36,24% de seus esgotos tratados respectivamente.
Os rios, principalmente os urbanos, sofrem bastante com a eutrofização, devido à presença de esgoto in natura. Essa contaminação é advinda, seja pela presença de fossas vazadas nas moradias da população que não possuem coleta de esgoto, contaminando assim o lençol freático, seja pelo lançamento do esgoto para a rua, que pelo sistema de drenagem pluvial irá seguir o caminho até os rios, sem nenhum tratamento prévio eficaz.
“A coleta de dados referentes a esgotamento sanitário englobou 4.226 municípios, que reúnem 165,4 milhões de habitantes, ou seja, 89,9% da população do país. Ao fim de 2019, essas cidades contavam com 354,3 mil quilômetros de redes coletoras de esgoto. No ano anterior, foram registrados 325,6 mil quilômetros”. (Brasil, 2020)
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