O Panorama das oportunidades e campos de atuação do Engenheiro Ambiental no Brasil
Por: Renata Menegali Abonízio • 8/12/2017 • Artigo • 1.011 Palavras (5 Páginas) • 340 Visualizações
Panorama das oportunidades e campos de atuação do Engenheiro Ambiental no Brasil
Resumo
Palavras-chave:
1. Introdução
Todas as atividades realizadas pelo homem, nos mais diversos campos da Engenharia, são realizadas com o ideal de melhoria das condições de vida populacional. Para esse feito, tem-se canalizado todo esforço no aperfeiçoamento de métodos e técnicas, como as de construção ou ocupação do solo em meio rural e urbano, sem que haja, muitas vezes, projetos adequados ou preocupações com impactos ambientais. Tal realidade tem frequentemente resultado em sérios prejuízos para a sociedade, alguns irreversíveis (MOTA, 2000).
Para Hori e Renofio (2008), é imprescindível que o Engenheiro esteja consciente da importância em proteger o ambiente quando da realização de suas atividades, atento aos casos em que para desenvolvê-las haja a necessidade de alterar o meio natural. Porém, ainda na visão dos autores, tal modificação pode ser feita de forma ordenada, adotando-se cuidados que miniminizam os impactos negativos.
Nesse contexto, segundo Cruvinel, Marçal e Lima (2014), a justificativa da criação do curso de Engenharia Ambiental deu-se pela necessidade de atender as demandas de uso e exploração de matéria prima, sem prejuízo tanto das fontes de recursos naturais quanto da manutenção da vida. Desse modo, o Engenheiro Ambiental é um profissional que deve estar apto para avaliar a importância, magnitude, duração, reversibilidade e natureza das alterações ambientais antrópicas, tendo base que possua conhecimentos técnicos suficientes para adotar procedimentos em diferentes escalas (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, 2008).
De acordo com Reis et al. (2005), na década de 90 ocorreu um aumento significativo de cursos de graduação em meio ambiente no Brasil, principalmente pelas legislações federais e estaduais mais rígidas, pelo crescente apelo da sociedade por empreendimentos mais sustentáveis, como também pela necessidade das grandes empresas de possuírem Sistemas de Gestão Ambiental, com a finalidade de abrirem os horizontes de novos mercados na Europa, Estados Unidos e Japão.
Em 2010 havia 164 cursos de graduação em Engenharia Ambiental cadastrados no sistema INEP/MEC (SeaD, 2010). Já em 2015, conforme dados do Ranking Universitário Folha (RUF), 232 cursos de Engenharia Ambiental no Brasil estavam em atividade, o que demonstra o interesse na área de meio ambiente da sociedade como um todo, na aliança de desenvolvimento tecnológico e preservação ambiental.
Para se identificar com o curso e tornar-se um bom profissional, o candidato a Engenharia Ambiental deve ter habilidades em ciências exatas e interesses em ecologia. São diversos os setores da economia que pode atuar, destacando-se empresas privadas, consultorias ambientais, órgãos públicos, ONGs ou mesmo continuar na área acadêmica, com linhas de pesquisa. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar campos de atuação e as oportunidades de carreira do Engenheiro Ambiental na atualidade brasileira.
2. Desenvolvimento
2.1. Empresas privadas / consultorias ambientais destacando o empreendedorismo de quem abre o próprio negócio;
2.2. Carreira pública / organizações não governamentais (ONGs);
Uma das áreas de atuação do Engenheiro Ambiental é o setor público federais, estaduais e municipais. Tendo como exemplos de possíveis locais de trabalho para o Engenheiro Ambiental, empresas como Petrobrás na carreira pública e de economia mista como Funasa, Secretarias de Recursos Hídricos (SRH), Companhias de Gestão dos Recursos Hídricos, Agência Nacional de Águas, Companhias de Saneamento, Serviços Autônomos de Água e Esgoto e Agências reguladoras, além de órgãos ligados à legislação e fiscalização ambiental como Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades, Ministério Público, IBAMA, Secretarias estaduais e municipais do Meio Ambiente.
Outra área de atuação do Engenheiro Ambiental, segundo Francisco (2010) são as organizações não governamentais (ONG’s), que são entidades do Terceiro Setor, ou seja, são da sociedade civil e de caráter privado, cuja função é desenvolver trabalhos sem fins lucrativos. Existem centenas de ONG’s que atuam na área ambiental, alguns exemplos são a Fundação SOS Mata Atlântica, Greenpeace que protesta contra a energia nuclear e teve uma repercussão positiva e após oito anos de criação virou um ONG Internacional atuando hoje em 29 países, há também a WWF- Fundo Mundial para a Natureza tendo como principal foco de atuação conter a degradação do meio ambiente e promover o uso de recursos naturais renováveis com sede na Suiça e atuando em mais de 100 países.
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