O Planejamento abrange as ações a serem desenvolvidas na unidade selecionada e na região de abrangência na qual está inserida a Zona de Amortecimento
Por: Caio Barbosa • 6/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.825 Palavras (8 Páginas) • 320 Visualizações
- Introdução
O Planejamento abrange as ações a serem desenvolvidas na unidade selecionada e na região de abrangência na qual está inserida a Zona de Amortecimento.
A composição do planejamento pode ser feita de diversas formas, porém, de modo geral, o fluxograma da Imagem 1 esquematiza a sequencia de elaboração e direciona os elementos necessários em um planejamento para o Plano de Manejo. Entretanto, o conteúdo do planejamento está passível de alterações para atender as necessidades específicas do Plano de Manejo, que podem ter sido previstas na organização do planejamento ou levantadas durante a etapa de diagnóstico. Nesse contexto, os elementos sugeridos devem ser avaliados e aplicados conforme as especificidades da unidade.
Imagem 1: Fluxograma da Etapa de Planejamento
Planejamento
[pic 1]
Caso o Plano de Manejo trata-se de uma revisão, o histórico do planejamento e dos planejamentos anteriores deverão ser abordados, para que seja possível criar levantar os dados dos planos anteriores.
Durante a etapa de Planejamento será realizada uma análise estratégica da Unidade, descritos os objetivos específicos para o seu manejo. As normas gerais de manejo estabelecem a orientação para procedimentos gerais na unidade. A seguir, através do zoneamento, é estabelecido as gradações de uso para a área. São determinados o planejamento das atividades por programas de manejo e o cronograma físico que detalha os prazos para as ações propostas, permitindo o acompanhamento sistemático da implementação do Plano de Manejo. Além disso permite uma avaliação do custo total ou parcial da implementação do Plano de Manejo.
- Característica do Planejamento
Carol
- Histórico do Planejamento
O histórico do planejamento aplica-se apenas às Revisões do Plano de Manejo. Nesse tópico deve-se relatar a história do planejamento que está sendo revisado, de forma a documentar os processos ocorridos, as dificuldades, a motivação e os meios disponibilizados para sua consecução. Mesmo que a área não possui um Plano de Manejo, se faz necessário levantar os tipos de planejamento existente para a unidade, mesmo que este seja um planejamento emergencial ou um Plano de Manejo Florestal, sendo recomendado analisar o seu estágio de implementação, identificar o cumprimento das metas propostas e justificar as dificuldades encontradas para sua implementação. Deve-se avaliar a efetividade do zoneamento e dos programas de manejo estabelecidos.
Tem como objetivo:
• indicar os planejamentos anteriores, inclusive eventual Plano de Ação Emergencial (PAE) e Plano de Manejo Florestal;
• analisar, com base nos planejamentos anteriores, o estágio de implementação do Plano em vigência;
• avaliar a consecução dos objetivos propostos para o planejamento anterior. Se não foram atingidos, explicar o porquê;
• identificar no âmbito interno e externo, as dificuldades encontradas para a implementação do plano;
• relacionar as principais modificações regionais que possam ter influído na aplicação do Plano;
• analisar a efetividade do zoneamento e do planejamento.
Desse modo, será possível aprender com os erros dos planos anteriores e adaptar o plano que está sendo elaborado para a realidade das situações de dificuldade encontradas no passado. Além disso, sendo possível colocar em prática os pontos de melhoria levantados.
- Avaliação Estratégica
A análise estratégica da unidade deve ser feita em relação aos fatores internos e externos que condicionam a consecução dos objetivos de manejo da categoria. Identifica-se com base na análise de uma matriz os pontos fracos e fortes que se referem as condições internas que afetam o manejo da Unidade de Conservação e as ameaças e oportunidades que são os fenômenos ou condições externas que comprometem favorecem seu manejo, como é possível ver na Tabela 1, exemplo da análise estratégica do Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias.
A interação dos pontos fracos e das ameaças forma as forças restritivas que comprometem o manejo e o alcance das metas e dos objetivos, em contraponto, a interação dos pontos fortes e oportunidades forma as forças impulsionadoras que contribuem para que o manejo e os objetivos da Unidade sejam alcançados.
Após preenchimento da Matriz de Análise Estratégica, se faz necessário interpretar os resultados em suas relações de causa e efeito.
Tabela 1- Análise Estratégica Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias
[pic 2]
Fonte: Adaptado do Plano de Manejo do Parque Estadual das Araucárias Fase II 2016
- Objetivos Específicos
Os objetivos específicos de manejo devem ser definidos baseados em:
- No Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei n. º 9.985/2000), considerando:
- O Artigo 4° do SNUC que traça os objetivos do Sistema;
- Os objetivos estabelecidos para a categoria de manejo da UC.
- Os objetivos da UC estabelecidos em seu Decreto de Criação;
- No diagnóstico da unidade, considerando principalmente as espécies raras, migratórias, endêmicas, ameaçadas de extinção, os sítios históricos e/ou arqueológicos e/ou paleontológicos, as amostras representativas dos ecossistemas protegidos, formações geológicas e/ou geomorfológicas, relevantes belezas cênicas e outros.
Imagem 2: Objetivos Específicos do Plano de Manejo do Arquipélago Alcatrazes 2017.
[pic 3]
Fonte: Plano de Manejo do Arquipélago Alcatrazes 2017
- Normas Gerais
Carol
- Zoneamento
O zoneamento é conceituado pela Lei n° 9.985/2000 como definição de setores ou zonas em uma UC com objetivos de manejo e normas específicas, sendo o ordenamento territorial da Unidade de Conservação e estabelece usos diferenciados para cada área, de acordo com as características físicas, geológicas e estruturais, bem como suas potencialidades e especificidades, como atrativos culturais, belezas cênicas etc.
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