O Sistema Toyota de Produção por Shigeo Shingo
Por: Vjstar • 4/1/2019 • Resenha • 1.577 Palavras (7 Páginas) • 280 Visualizações
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- Em direção ao JIT
- Não é simplesmente “a tempo”. Significa “no momento exato”. Objetivo controlado pela relação entre Prazo de Entrega (E) e Ciclo de Produção (P). Se E>P, a produção iniciada após um pedido firme será recebida no prazo marcado, sem geração de estoque.
- Objetivo é identificar os eventos que antecedem a demanda real como uma forma de prolongar o prazo de entrega. Claro que também tentando reduzir o ciclo de produção.
- Explorar pequenos lotes ao máximo, cortar tempos de preparação.
- Da TRF aos setups em um único toque
- Somente pequenos lotes conseguem lidar com demanda de alta diversidade e pequeno volume. TRF é essencial.
- Setups automáticos: identificar quais partes envolvidas são as mesmas para mais de um produto e quais são diferentes, para, então, elaborar um método simples de trocar apenas as diferentes.
- Métodos sem toque: “a maneira mais fácil de mudar alguma coisa é não mudar absolutamente nada”. Em vez de supor que as trocas são inevitáveis, procurar maneiras de produzir peças múltiplas sem efetuar trocas.
- O desenvolvimento de um amplo sistema de fluxo
- Diferente do Fordismo em que apenas a montagem utilizava um fluxo de “carro unitário” sincronizado, o STP conecta o processo de montagem a processos de usinagem e pintura, por meio da equalização, sincronização e operações de fluxo unitárias.
- Disposição dos equipamentos fielmente à sequência dos processos das peças.
- Expansão e Extensão da produção mista
- STP foca na produção em pequenos lotes. O limite inferior é a produção mista.
- Estoque de produtos podem ser reduzidos a um mínimo
- Cargas balanceadas podem ser estabelecidas nos processos a montante
- Adoção de TRF sem toque, do balanceamento, de um sistema efetivo de inspeções para prevenir defeitos e a adoção de dispositivos poka-yoke são elementos cruciais nessa evolução
- Para não ficar apenas nas linhas de montagem e poder ir para os processos iniciais, como usinagem, prensagem, soldagem, forjamento e fundição.
- As evoluções do sistema kanban
- Kanban também irá evoluir. Haverá drástica redução no número de kanban entre processos
- Kanban de movimentação poderá ser eliminado se o ciclo de produção fosse consideravelmente reduzido e o sistema das operações de fluxo entre processos fosse ampliado para incluir processos iniciais.
- Redução nos custos de mão de obra
- STP diz que os movimentos devem ser aperfeiçoados antes que o equipamento o seja, i.e., mesmo que uma mecanização de baixo custo aumente em 20% a eficiência, essa despesa é desperdício, se uma melhoria nos movimentos de execução do trabalho pudesse ter elevado a eficiência na mesma proporção.
- A eliminação dos desperdícios nos movimentos é prioridade número um.
- Próximo passo é mecanizar, mas com máquinas que sejam capazes de detectar anormalidades, ao ponto em que cada vez mais o trabalho humano seja transferido para as máquinas, com o objetivo de levar a cabo a autonomação.
- Desenvolvimento das operações multimáquinas
- Podem ser multimáquinas (horizontais) ou multiprocessos (verticais). Elas proporcionam maior economia. As tarefas humanas devem ser aperfeiçoadas, e o trabalho sistematicamente transferido para as máquinas, a fim de maximizar o número de processos que uma única pessoa possa coordenar.
- Eliminação de quebras e defeitos
- Detectar anormalidades rapidamente e agir para remover o sintoma e para que não torne a ocorrer. Isso vale para quebras e para defeitos. Deve ser feita inspeção para prevenir defeitos e não para detectar defeitos.
- Aumento da flexibilidade da capacidade
- As flutuações da demanda devem ser tratadas sem aumento de pessoal, na medida do possível.
- A produção mista balanceada é uma resposta às flutuações de carga que ocorrem durante o mês. Quando não dá conta, usa horas extras e pessoal indireto. Se permanecer a demanda alta, aí sim pode contratar uns temporários.
- Expansão às plantas de fornecedores
- No futuro o caminho será auxiliar os fornecedores a melhorar seus sistemas de produção.
Aqui se discute a implementação do STP nos meios de produção americanos. O que pode ser levado em conta ao considerar a introdução do STP em uma empresa média? Que considerações e procedimentos devem ser adotados ao trazer o STP para sua empresa?
- Preparação do terreno
- Minimização dos custos é a linha diretriz do estilo gerencial. O consumidor é quem determina o preço de venda. A empresa precisa reduzir seus custos, pela eliminação das perdas, para ter lucro.
- Do alto executivo ao trabalhador do chão de fábrica, devem entender perfeitamente os conceitos de processo e operação.
- Processo: eliminação do estoque (perda por superprodução). Aqui é a superprodução programada (antes do tempo) e não a superprodução numérica (muitas mercadorias).
- Quando o P>E, o STP procura reduzir drasticamente o P conectando os processos por meio da equalização, sincronização e operações de fluxo de peças unitárias.
- Adoção do TRF para diminuir os tempos de setup.
- Operações: no esforço de cortar custos de maneira geral, o STP leva a cabo profundas reduções na força de trabalho.
- Melhoria do sistema de produção
- É preciso entender os conceitos por trás das técnicas. É crucial! Sem isso, os erros na aplicação serão inevitáveis.
- Sistema de estoque de amortecimento
- Uma mudança abrupta para a produção com estoque zero iria, provavelmente, resultar em grande confusão no chão de fábrica.
- Estoque de amortecimento: durante os estágios iniciais de transição ao STP.
- Projetar o estoque atual como sendo de amortecimento e lacrá-lo. Realizar testes todos os dias. Pegar peças emprestadas e repor no dia seguinte.
- Rumo aos setups TRF
- Visitar um estabelecimento que já tenha adotado o TRF com sucesso é importante.
- Primeira condição é acreditar na viabilidade do TRF, caso contrário a galera não vai acreditar, e aquele 1% que acreditar, vai achar que depende de equipamentos sofisticados, etc.
- Quando eles puderem observar um setup TRF, examinar o equipamento e ver que não tem nada de mais, verão que é possível.
- Redução do ciclo de produção
- Preciso reduzir o P, pois o STP está direcionado para a produção contrapedido com estoque zero.
- Efetivar a produção em pequenos lotes
- Efetivar equalização, sincronização e operações de fluxo de peças unitárias para cada processo.
- Ligar todas as plantas em um sistema de operações de fluxo completamente integradas.
- Rumo à produção com fluxo amplamente integrado
- Mudança de layout é fundamental para, por exemplo, ligar uma seção de usinagem ou de pintura a uma planta de montagem. Isso reduz custo com transporte e estocagem.
- Rumo a um sistema de produção segmentado
- Ao invés de trabalhar com planos de produção mensal em que aumentos de demanda são satisfeitos no mês seguinte ou introduzidos como tarefas urgentes:
- Somente planos de capacidade e de materiais devem ser determinados mensalmente.
- Os planos de produção reais devem ser estabelecidos em regime semanal ou de 10 dias.
- Balanceamento e sistema de produção mista
- Objetivos: dotar os processos a montante de cargas balanceadas e reduzir os estoques de produtos acabados.
- Produção mista: múltiplos produtos são produzidos em paralelo. Isso, com frequência, resulta em redução significativa nos estoques de produtos acabados.
- Precisa ter troca de ferramentas um toque ou sem toque.
- Rumo às operações multimáquinas
- Rumo à pré-automação
- Ou autonomação. Só precisa do trabalhador quando tiver uma irregularidade.
- O desafio dos zero defeitos
- Inspeções: prevenção e não detecção. Inspeção 100%.
- Controle da Qualidade
- Poka-Yoke
- Rumo a um sistema kanban
- É um meio de colocar o STP em prática.
- Um cronograma para introduzir o STP e o kanban
- Apresenta um cronograma para puma planta média hipotética. Os tempos vão depender dos níveis de controle e as capacidades de cada planta.
- O que leva mais tempo é o claro entendimento do tema e o empenho necessário para levar a cabo as reformas por parte da alta gerência.
- Mais importante é garantir a compreensão e o consentimento de todas na planta, especialmente do chão de fábrica, que será determinante para o sucesso ou fracasso final.
- O princípio do não custo
- Estoque zero: a pedra fundamental da eliminação da perda
- Rumo às operações de fluxo
- Redução dos tempos de troas de ferramentas e matrizes
- A eliminação das quebras e defeitos
- Fusão do balanceamento com a produção com estoque zero
- Rumo às operações de fluxo totalmente integradas
- Redução do custo de mão de obra: a segunda pedra fundamental da eliminação da perda
- Da mecanização à automação
- Mantendo e desenvolvendo operações-padrão
- Rumo a um sistema kanban
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