Optica Geométrica: Reflexão e Refração
Por: Lucas Drummond • 15/8/2017 • Relatório de pesquisa • 1.846 Palavras (8 Páginas) • 195 Visualizações
Professor: ______________ Horário da Aula:
Optica Geométrica: Reflexão e Refração
L. D. M. Cabral
Universidade Federal de Ouro Preto
Departamento de Física - DEFIS - MG - Brasil
e-mail: 27.drummond@gmail.com
Resumo. Neste experimento busca-se observar os fenômenos da refração, dispersão e reflexão total da luz de modo que serão feitos dois experimentos, um relativo à refração e outro relativo aos fenômenos da dispersão e da reflexão total da luz utilizando-se da óptica geométrica e para o estudo das propriedades da luz utilizaremos a Lei de Snell-Descartes.
Palavras chave: Refração, Lei de Snell, Dispersão
Introdução
A óptica geométrica é a parte da física que estuda o comportamento da luz de modo empírico, ou seja, não leva em consideração a natureza física da luz. Tal estudo surgiu com a necessidade do homem de conhecer o universo que esta além do alcance da visão humana.
Durante o século XVI surge um debate entre dois grandes nomes da física a respeito da natureza da luz, eram eles Isaac Newton e Christiaan Huygens (1629 - 1695), Newton havia argumentado em sua teoria que um feixe de luz é feito de incontáveis e minúsculos ‘corpúsculos’ velozes (partículas), porem enfrentava um grande problema ao tentar explicar o fenômeno da Refração e da Difração. Refração é o desvio da luz causado pela mudança de meio, quando a luz incide sobre uma interface obliquamente passando de um meio para outro ela sofre um desvio que depende da característica do material (de seu índice de refração, cuja dedução matemática é a razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade no meio o qual ela esta passando, n=c/v ) ou seja, muda de velocidade de propagação devido à refringência do meio, se o meio for mais refringente ela desvia aproximando-se da normal (linha imaginária que atravessa ortogonalmente o plano da interface de incidência), se o meio for menos refringente o feixe de luz afasta-se da normal. Outro problema na teoria de Newton era que sua teoria não podia explicar como, quando a luz bate em muitas superfícies, parte é refletida e parte é refratada.
Em 1678, Huygens argumentou que o espaço era composto de uma substancia chamada Éter, partículas sem peso, e que a luz causava distúrbios no éter no qual as ondas propagavam. Deste modo foi possível explicar a refração em materiais diferentes (água, vidro, etc) e observou-se que em meios diferentes a luz sofre uma alteração em sua velocidade, porem em sua explicação não deteve do rigor matemático, mas sim de aspectos geométricos para o estudo da luz. Tal principio ficou conhecido como princípio de Huygens que é usado até os dias de hoje.
A Lei de Snell, ou Snell-Descartes, é um dos derivados do estudo da óptica geométrica e prova a relação:
[pic 1]
onde n é o índice de refração, Θi é o ângulo de incidência e Θr é o ângulo do raio de luz refractado.
Sua dedução vem do principio de Fermat no qual diz que "A trajectória percorrida pela luz ao se propagar de um ponto a outro é tal que o tempo gasto em percorrê-la é um mínimo." Com o Princípio de Fermat se pode deduzir a Lei de Snell, que afirma que o produto do índice de refração do primeiro meio de propagação com o seno do ângulo de incidência é equivalente ao produto do índice de propagação do segundo meio com o seno do ângulo refratado.
Ao apresentar o fenómeno analiticamente, em um plano cartesiano conforme mostrado na Figura 1:
[pic 2]
Ao apresentar o fenómeno analiticamente, em um plano cartesiano conforme mostrado na figura 1. Seja um meio de propagação com índice de refração e um segundo meio de propagação com índice de refração tais que situamos a superfície que separa os dois meios de modo que coincida com o eixo das abcissas. Sejam, [pic 3][pic 4]
[pic 5][pic 6]
dois pontos fixos situados do plano, de modo que A está situado no primeiro meio, e B no segundo meio.
Seja um raio de luz que se propaga de A a B atravessando a superfície que separa os dois meios no ponto conforme mostrado na figura 1.[pic 7]
O seguinte passo é deduzir o tempo que demora o raio para percorrer e .[pic 8][pic 9]
Sejam e as velocidades de propagação da luz no primeiro e segundo meio respectivamente.[pic 10][pic 11]
[pic 12][pic 13]
[pic 14]
Se buscarmos o valor de x quando t é mínimo, é equivalente ao encontramos o valor de x para o qual a função derivada de t assume valor 0. Então,
[pic 15][pic 16][pic 17][pic 18][pic 19]
Procedimento Experimental
1) Parte A: Refração
Para a reprodução dos experimentos foram utilizados os seguintes componentes:
- Trilho graduado
- Disco graduado e sua base (Ray Table Degree Scale)
- Fenda única (Slit Mask)
- Fenda Múltipla (Multiple Split Mask)
- Lente cilíndrica (Cylindrical Lens)
- Fonte de luz
- Suporte
- Anteparo
O experimento foi dividido em duas etapas, na primeira eta será verificada a Lei da Refração e na segunda etapa o fenômeno da Dispersão.
Para a elaboração da primeira parte do experimento utiliza-se uma montagem conforme descrita na Figura 1:
[pic 20]
Após a montagem do aparato experimental, será observado o comportamento da luz ao incidir sobre a interface plana da lente cilíndrica. Pede-se para observar o comportamento da luz ao incidir ortogonalmente à interface e em seguida pede-se para variar o ângulo de incidência da luz girando-se o disco graduado de 10 em 10º, no sentido horário e anti-horário e anotar os ângulos dos raios refratados em uma tabela (Tabela 1) para posteriormente observar as principais características do feixe luminoso e a refração no acrílico.
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