Os Novos Avanços da Terapia Fotodinâmica
Por: RenatoMaranhao • 4/11/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 872 Palavras (4 Páginas) • 309 Visualizações
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA
INSTRUMENTAÇÃO MÉDICO HOSPITALAR III
RENATO MARANHÃO DA SILVA
Novos Avanços da Terapia Fotodinâmica
Rio Branco
2017
Novos Avanços da Terapia Fotodinâmica
A Terapia Fotodinâmica tem conquistado cada vez mais espaço na medicina, em especial na Dermatologia. Além das indicações para tratamento de câncer de pele não melanoma (que representa cerca de 90% de todos os casos detectados de cânceres de pele, segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA¹), a associação de luz e químicos tem sido praticada na dermatologia para tratar também outras doenças de pele, como acnes, leishmaniose, psoríase, verrugas e ainda, no rejuvenescimento da pele.
A terapia fotodinâmica trata-se de uma reação química ativada por luz e que destrói de forma seletiva um tecido. Segundo publicação da Agência de Notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP, na Terapia Fotodinâmica “são utilizados fármacos que, ao serem ativados pela luz, geram substâncias oxidantes capazes de induzir a morte celular”².
Atualmente, a maioria dos fármacos fotossensíveis leva à morte das células, enquanto outras substâncias, impedem que a célula-alvo se reproduza. Nas pesquisas desenvolvidas pelo Instituto de Química da USP, utilizando um complexo de rutênio, a eficácia é muito maior por agir das duas formas ao mesmo tempo. O objetivo das pesquisas desenvolvidas atualmente pelo Instituto de Química da USP, com apoio da FAPESP, é descobrir compostos que sejam mais eficazes, ou seja, que produzam efeitos, mas em menores doses e com menor exposição à luz. A busca por esses compostos se dá por uma limitação física da terapia fotodinâmica, a barreira da pele filtra a maior parte da luz já nas camadas mais superficiais. Desta forma, compostos que precisem de menor intensidade luminosa gerarão resultados mais eficientes em camadas mais profundas. Maurício da Silva Baptista é um dos líderes do projeto no IQ – USP e avalia que existem muitos outros fármacos fotossensíveis mais eficientes que os que são utilizados atualmente, no entanto, há a falta de interesse e de investimentos da indústria farmacêutica.
Enquanto em países como China, Índia, Coreia do Sul os investimentos privados são maioria, chegando a 75% dos valores investidos em Pesquisa e Desenvolvimento, no Brasil o maior investidor é o próprio Estado. E, ainda assim esse investimento público está aquém do potencial e das necessidades existentes no Brasil.
A grande diferença entre o Brasil e os outros países desses grupos é o volume de investimento em pesquisa e desenvolvimento feito pela iniciativa privada. O 0,55% do PIB aplicado pelas empresas brasileiras está longe dos 2,68% investidos pelo setor privado da Coreia do Sul ou dos 1,22% da China, por exemplo. Quando se comparam os investimentos públicos, no entanto, os gastos do Brasil estão na média das nações mais desenvolvidas: o 0,61% do PIB brasileiro está próximo do percentual investido pelo conjunto dos países da OCDE (0,69%). ³
Outra pesquisa que vêm estudando a aplicação da terapia fotodinâmica, mas dessa vez em câncer não melanoma, é a pesquisa da parceria entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e a Universidade da Carolina do Norte (UNCC). O coordenador do estudo na UNCC é o Professor Juan Vivero-Escoto, que estuda nanopartículas que, quando trabalhando em conjunto com a solução fotossensibilizadora, ajude no sistema de entrega da Protoporfirina IX, substância que quando sensibilizada libera agentes tóxicos às células cancerígenas. Esse sistema ajuda à fazer com que a liberação das toxinas ocorra mais próximo das células alvo, minimizando o dano às células saudáveis. A pesquisa já conseguiu destruir células cancerígenas em estudos in vitro devendo passar ainda pelas fases de estudos em animais e depois em humanos.
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