PRINCIPAIS MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL ADEQUADOS A ISO 14001
Por: Sofia Rafael • 18/10/2016 • Trabalho acadêmico • 2.954 Palavras (12 Páginas) • 1.321 Visualizações
PRINCIPAIS MATERIAIS ALTENARIVOS PARA A CONTRUÇÃO CIVIL ADEQUADOS A ISO 14001
Sumário
1. OBJETIVO 3
2. INTRODUÇÃO 4
3. MATERIAIS SUSTENTÁVEIS 5
3.1. Bambu 5
3.2. Concreto Ecológico 7
3.3. Tijolo Ecológico 8
3.4. Telha Ecológica 9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 12
5. Referências Bibliográficas 13
1. OBJETIVO
Revisar na literatura e descrever sobre o histórico, características e aplicações de materiais alternativos sustentáveis para a construção civil, como: bambu, tijolo, telha e cimento ecológicos. Visando agregar à construção civil materiais que não degradem em sua totalidade o ambiente, mostrando que há alternativas de diminuirmos os impactos ambientais conforme a certificação ISO 14001.
2. INTRODUÇÃO
Na construção civil são utilizados vários tipos de elementos construtivos, e a cada dia novos elementos são introduzidos nas obras. Os principais deles são a madeira, o aço, o concreto, contudo, existem outros materiais que vem sendo pesquisados e explorados em estruturas pelo mundo, tendo em vista que, os elementos usuais sofrem um processo de extração para o qual o gasto energético é muito alto ou a degradação do meio ambiente para sua obtenção é muito elevada, surge então, um pensamento ecológico preocupado com o futuro da construção civil mundial e em como o que fazemos agora nos afetará no futuro.
Muitos materiais são derivados de petróleo, boa parte utilizada na construção civil, são altamente poluentes e Segundo o Instituto Para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (IDHEA), o debate mundial sobre a necessidade de construções com menos impacto sobre o meio ambiente começou após a 1ª Crise do Petróleo, em 1973, quando os países exportadores de petróleo subiram abruptamente o preço de seus produtos, forçando o Ocidente a encontrar opções para seu abastecimento.
A extração de quase todas as matérias primas implica a destruição de biomas importantes. Mesmo produtos simples como a areia e, em especial a madeira nativa obtida de forma não manejada, causam grandes impactos. Materiais de construção essenciais como a cerâmica, o cimento e todos os metais dependem de processos térmicos, que geralmente utilizam combustíveis fosseis ou madeira extraída ilegalmente, contribuindo para a mudança climática e outros poluentes (CBCS, 2009).
A construção civil é essencial para o desenvolvimento do país e, portanto, continuará a progredir, porém, a operação das obras consome mais de 40% de toda energia produzida no mundo, 50% da energia elétrica e 20% do total de energia produzida no Brasil, além de gerar 35% a 40% de todo resíduo produzido na atividade humana. Além de que a produção de cimento gera 8% a 9% de todo o CO2 emitido no Brasil. Assim como o cimento, a maioria dos insumos usados pela construção civil é produzida com alto consumo de energia e grande liberação de CO2, consumo de 66% de toda a madeira extraída e 34% do consumo mundial de água (BELTRAME, 2013).
Diante disto, a utilização de alternativas sustentáveis e renováveis para obras e construções é uma solução a esta problemática, tendo como possibilidade a utilização de materiais como bambu, tijolo, telha e concreto ecológicos, que podem fazer a substituição dos materiais convencionais sem impactarem em sua totalidade o meio ambiente, mantendo em parte a qualidade de vida da sociedade e do ambiente em que vivem, enquadrando-se a certificação ISO 14001, que prevê a sustentabilidade socioambiental, minimizando efeitos adversos e maximizando os efeitos benéficos, através da construção sustentável.
Construção sustentável, para o IDHEA é um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de habitação do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.
3. MATERIAIS SUSTENTÁVEIS
3.1. Bambu
De todos os materiais renováveis utilizados na construção ecológica, o bambu se destaca por ser de baixo custo, pouco poluente, resistência comparada a do aço, de fácil plantio e de crescimento rápido, além de atender diferentes características bioclimáticas e ser encontrado em todo o território nacional. Também é um material renovável econômico, durável, de uma beleza estética incontestável; suas propriedades físicas e mecânicas tornam esse material adequado para a construção civil. Cada espécie de bambu tem suas peculiaridades, tamanho, espessura, formas, cor e resistência diferentes, tornando cada tipo mais apropriado para um determinado fim, é uma planta muito resistente, podendo se recuperar de um ano ou uma estação ruim. Tem baixo peso específico, alta resistência à tração, e fácil trabalhabilidade (SOUZA, A. P. C. C. 2004).
A estrutura do bambu consiste no sistema subterrâneo de rizomas, colmos e galhos. Podem atingir 40 metros de altura, colmos com diâmetro de 5 a 12cm. Os que atingem entre 15 a 30m possuem diâmetro de 25cm. Durante toda sua vida não cresce na largura, somente na altura. Todas essas partes são formadas do mesmo princípio; uma série alternada de nós e entrenós. Os colmos na maioria são ocos, consistem em fibras que chegam a centímetros, feitas de lignina e silício, este que agrega resistência mecânica ao bambu e a matriz de lignina dá flexibilidade. (SOUZA, A. P. C. C. 2004).
O bambu é de fácil plantio, podendo ser por semente ou muda, seu corte é feito em períodos determinado e com especificações para que o material tenha melhor qualidade. Após o corte, o bambo é tratado, SOUZA, A. P. C. C. 2004, diz que a cura aumenta a vida útil do bambu em até 25 anos, reduz rachaduras e fendas de dilatação e compressão e pode ser feito na própria touceira, por imersão e por aquecimento. Após a secagem, seu peso diminui, melhorando as propriedades físicas e mecânicas por atingir a umidade de 15%, essa secagem pode ser feita ao ar, em estufa ou ao fogo. O tratamento com preservativos impede o ataque de fungos, insetos, aumenta a durabilidade e eficiência e protege da umidade, para o tratamento existem os métodos por imersão, Boucheire, por transpiração das folhas e aplicação externa.
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