PRODUÇÃO DO CIMENTO E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS DOURADOS-MS
Por: Nayara Faustino • 16/8/2017 • Artigo • 4.182 Palavras (17 Páginas) • 361 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS[pic 1]
BRUNA THAÍNA BARROS
LUIZ CARLOS DOS SANTOS JUNIOR
MARISSA CRISTINE ALPE
NAYARA FAUSTINO
WILLIAN SILVA VIEIRA
PRODUÇÃO DO CIMENTO E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS
DOURADOS-MS
2017
Bruna Thaína Barros[pic 2]
Luiz Carlos dos Santos Junior
Marissa Cristine Alpe
Nayara Faustino
Willian Silva Vieira
PRODUÇÃO DO CIMENTO E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS
Trabalho de conclusão da disciplina Metodologia Científica e Tecnológica apresentado ao curso de Engenharia de Energia, da Universidade Federal da Grande Dourados como requisito parcial para a aprovação na disciplina.
Orientador: Eduardo Manfredini Ferreira
DOURADOS-MS
2017[pic 3]
Resumo[pic 4]
O processo de fabricação do cimento causa diversos impactos ambientais. Para se ter um dimensionamento desses impactos, é necessário conhecimento de todo o processo fabril, pessoas envolvidas, àreas de exploração e as normas técnicas que abrangem essa área de serviço. A demanda por cimento está aumento gradativamente, e políticas ambientais são importantes para a manutenção e preservação da fauna, flora e da saúde das pessoas. Este artigo tem como objetivo exemplificar os impactos negativos da produção de cimento e maneiras de amenizar tais impactos.
Palavras-chave: 1.Cimento 2.Impactos negativos 3.Saúde 4.Processo produtivo 5.Preservação.
Abstract
The cement manufacturing process causes several environmental impacts. In order to have a sizing of these impacts, it is necessary to know the whole factory process, people involved, exploitation areas and the technical standards that cover this service area. The demand for cement is increasing gradually, and environmental policies are important for the maintenance and preservation of fauna, flora and people's health. This paper aims to exemplify the negative impacts of cement production and ways to mitigate such impacts.
Keywords: 1.Cement 2. Negative impacts 3.Health 4.Productive process 5.Preservation.
Sumário[pic 5]
1. Introdução 5
2. Processo de fabricação do cimento 7
2.1 Pedreira 7
2.2 Furação e rebentamento 8
2.3 Britagem 8
2.4 Transporte do material britado 10
2.5 Ensilagem e pré-homogeinização 10
2.6 Moagem de cru 11
2.7 Diagrama da moagem de cru da linha IX 12
2.8 Transporte, ensilagem e homogeneização do cru 13
2.9 Cozedura 13
2.10 Controle do processo 14
2.11 Moagem de cimento 14
2.12 Embalagem e expedição 15
3. Impactos da produção de cimento 15
3.1 Impactos da produção do cimento ao meio ambiente 16
3.2 Impactos da produção do cimento à saúde 16
4. Conclusão 18
5. Referências 20
Introdução
A palavra cimento é originada do latim Caementu, que na velha Roma era uma espécie de pedra natural de rochedos e não cortada. O cimento é o componente básico do concreto, que é hoje o segundo material mais utilizado pelo homem, perdendo apenas para água. O cimento surgiu há cerca de 4.500 anos atrás.
Mas o grande passo no desenvolvimento do cimento foi por volta de 1756 pelo inglês John Smeaton, que conseguiu obter um produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos. O resultado foi um pó que apresentava cor e características semelhantes a uma pedra abundante na Ilha de Portland, sendo denominado então “cimento Portland”. Depois disso seu uso e comercialização cresceram gradativamente em todo o mundo. Em 1818, o francês Vicat conseguiu resultados semelhantes aos de Smeaton, pela mistura de componentes argilosos e calcários sendo então considerado o inventor do cimento artificial. Já em 1855, também na França, Joseph Louis Lambot apresentou inédita e oficialmente, na Exposição Universal de Paris, o “cimento armado”. E o artefato exposto em cimento era um barco. O “cimento armado” teve esse nome até a década de 20, passando a ser de chamado depois de concreto armado. ( Texto adaptado de Maury e Blumenschein, 2012).
A história do cimento no Brasil começou em 1892, tendo o engenheiro Louis Nóbrega como o primeiro a produzir cimento no país, isso em curto período. Outra tentativa para produção de cimento foi a Usina Rodovalho funcionou até 1904, produzindo o cimento “Santo Antonio”, teve várias paradas e retomou às atividades em 1907, lançando no mercado os produtos com as marcas “Lage”, “Torquês” e “Meia Lua”, porém foi extinta em 1918. A terceira iniciativa de implantação de fabrica de cimento no Brasil ocorreu no Espírito Santo, em 1912, através de um fracassado programa estatal de industrialização pelo Governo do Estado. A fábrica Cimento Monte Líbano, que nunca funcionou regularmente e foi paralisada em 1924, quando foi arrendada e remodelada até encerrar de forma definitiva suas atividades em 1958.
No ano de 1926 se estabeleceu um verdadeiro marco para a indústria do cimento no Brasil. Foi a partir disso que o setor conseguiu enfrentar a concorrência do produto importado e mostrar para os consumidores brasileiros que as fabricas nacionais estavam produzindo produtos de qualidade e dignos de confiança. A partir de 1929 a indústria brasileira do cimento iniciou um processo de consolidação e crescimento constante. Conseguindo em 1933, que a produção nacional ultrapassasse as importações.
Todavia, a produção do cimento gera vários impactos no meio ambiente e para a saúde humana, isso em quase todas as suas fases de produção. Mesmo com o aprimoramento do setor e o uso de novas técnicas e equipamentos que geram menos problemas, ainda há registros de danos gerados em algumas regiões onde estão instaladas fábricas. Há impactos e danos à saúde desde a extração de matéria-prima gerando degradação e alterações no ambiente natural próximo às fábricas e às áreas de mineração, passando pela emissão de material particulado, causador de muitos problemas à saúde humana, até o impacto gerado na fase de clinquerização, com forte emissão de gases de efeito estufa. ( Texto adaptado de Maury e Blumenschein, 2012).
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