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Plano De Estágio

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Por:   •  4/2/2014  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  697 Visualizações

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UFAM – Universidade Federal do Amazonas

FT – Faculdade de Tecnologia

FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

TÉCNICAS RESTROPECTIVAS

Identificação, Conhecimento e Diagnóstico do antigo Hotel Cassina

Memorial Crítico – Proposta Intervenção Paço Municipal

Larissa Lopes Cabral de Sousa

Rachel Gonçalves Teixeira da Silva

Tatiane Melo Corcini

Thaís Carvalho de Santana Maia

Prof.: Vládia Cantanhede

MANAUS, ABRIL DE 2013.

1) Pesquisa documental

O antigo Hotel Cassina, localizado na Rua Bernardo Ramos, número 295, no centro antigo do município de Manaus, foi considerado um bem integrante do Patrimônio Cultural de Manaus a partir do Decreto da Prefeitura Municipal de Manaus, de número 7.176, de 10/01/2004, como Unidade de Preservação de 1º Grau.

O imóvel foi construído em 1899 e representa a Belle Époque de Manaus através de suas características, como o estilo eclético, algumas linhas circulares e a cor branca nos ornamentos do prédio. O nome dado ao hotel é o sobrenome do proprietário da época, chamado Andréa Cassina. Seu momento de esplendor foi no período áureo da borracha, depois foi rebaixado para a condição de pensão, e depois, ainda, passou a funcionar como um cabaré nomeado de Chinelo. Hoje, é um prédio abandonado que se transformou em ruínas.

Na época em que Manaus vivia o seu apogeu econômico, quando o hotel já tinha se transformado em cabaré, era utilizado pelos barões da borracha para apostar suas fortunas e faziam de lá sua diversão através do bordel e do cassino.

No Centro há vários imóveis tombados. Porém, enquanto prédios como o Teatro Amazonas estão bem cuidados e recebem atenção constante do poder público, outros, como o Hotel Cassina que posteriormente virou o Cabaré Chinelo, estão em ruínas e abandonados. O prédio integra o patrimônio cultural de Manaus e foi incluído como unidade de preservação de primeiro grau em 2004. De sua estrutura original restaram apenas as quatro paredes que ainda não foram ao chão pela ação do tempo apenas porque estão escoradas por vigas de ferro.

Segundo a Superintendência do Iphan no Amazonas, o prédio está inscrito pela Prefeitura de Manaus para ser restaurado no PAC Cidades Históricas. Ele deve abrigar um Centro de Artes Popular, conforme o projeto. De acordo com o Implurb, o projeto do resgate do prédio prevê obras de restauração e revitalização. O Palacete Provincial, também na praça Dom Pedro 2º, continua sendo restaurado.

O Iphan não sabe informar a identidade do proprietário do prédio que ficou conhecido como Caberé Chinelo. Outras edificações tombadas guardam apenas as histórias e o valor cultural daquilo que foram um dia porque se não estão em ruínas, estão ofuscadas pelo emaranhado de fios da rede elétrica e telefônica ou por placas de publicidade e bancas de camelôs.

Foto Antiga – Hotel Cassina.

Fonte: http://palavradofingidor.blogspot.com.br/2009_02_01_archive.html

Foto antiga varanda central (hoje não mais existente) – Hotel Cassina.

Fonte: http://jmartinsrocha.blogspot.com.br/2010/05/hotel-cassina-cabare-chinelo.html

3) Memorial

O Paço encontra-se na UES Centro Antigo, no qual suas diretrizes para intensidade de ocupação são de verticalização baixa, permitindo somente 04 andares. A taxa de ocupação máxima do terreno é de 85%, sendo a área total de 2.522,44m², a área construída foi de 1.642,91m². O prédio anexo não possui afastamentos mínimos conforme o Plano Diretor.

O caráter de um edifício é originado do espírito de uma época, dos valores de uma sociedade, das ressonâncias de uma moda ou inclusive de um empenho de seu autor. Seguindo esse pensamento a restauração do Paço não foi estilística, como propunha Viollet-Le-Duc.

Na carta de Atenas, o processo de restauro prevê um tratamento especial para o entorno do Paço, buscando preservar as perspectivas pitorescas existentes, e para o acréscimo de um anexo de apoio ao novo uso adotado para o Paço adotou-se esse conceito, criando uma edificação nova com elementos que propositalmente contrastam com os utilizados pelo bem de restauro, mas que não agredisse o entorno ou o próprio Paço, apesar de duas características.

Sendo assim, propõe-se a minimização dos impactos causados pelas obras do anexo executadas, preservando-a e valorizando a visibilidade para o rio, o favorecimento do acesso aos pedestres e portadores de deficiências físicas e propondo soluções para o aumento do fluxo de automóveis na região. Apreciou-se ainda, a reciclagem da área como meio de manutenção da mesma.

Para o novo anexo, além dos novos materiais, fez-se uso de uma linguagem moderna, observando-se uma concordância com Ruskin, ao se propor um novo uso como forma de sustento da vida do edifício, presente também na Carta de Atenas. No emprego de novos materiais para consolidação do edifício, pode-se fazer uma ponte com as noções presentes na Carta de Atenas, nas concepções de Camillo Boito, e também Brandi que se preocupam com um falso histórico que um elemento adicionado poderia causar no bem de modo a não alterar o caráter do mesmo.

O Paço prevaleceu com suas características, a única modificação no mesmo foi a retirada de algumas esquadrias (portas) para maior fluidez no ambiente, opção adotada para que o bem tivesse relação com o conceito adotado para o novo uso escolhido, uma casa de cultura que busca integrar lados ditos como “distantes”, como o novo e o velho, o bem privado e o bem público, buscando unir todos os tipos de pessoas e culturas e fornecendo um ambiente mais livre. A adoção do uso veio a partir de uma análise

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