Plastico De Engenharia
Artigo: Plastico De Engenharia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaoxavier • 16/9/2013 • 2.670 Palavras (11 Páginas) • 461 Visualizações
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS
LOM 3009 – ELETRÔNICA E INSTRUMENTAÇÃO
Prof. Dr. Carlos Yujiro Shigue
POLÍMEROS CONDUTORES
Fundamentos e aplicações
Autora: Mariane Martim Sobrosa Passos de Abreu
Mestre em Engenharia de Materiais
2010
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1 INTRODUÇÃO
Para se entender como um material pode ou não ser capaz de conduzir energia
elétrica, primeiro é necessário analisar os tipos de ligações químicas existentes, e
consequentemente seu característico modelo de bandas eletrônicas.
1.1 Metais
Os metais são excelentes condutores elétricos, e esta propriedade está baseada na
sua ligação metálica, esta que se caracteriza por ser uma ligação primária, não
direcional, e envolvendo o compartilhamento de elétrons.
Banda de valência ○
(banda pseudocontínua)
Banda de condução ●
(elétrons livres) ↑
Energia
Eg = espaçamento entre bandas de
energia
Eg = 0 (condutor)
Fig. 1. Diagrama de níveis de energia para o sódio
sólido (ligação metálica).
Fig. 2. Preenchimento de níveis de energia
para um material condutor.
Para metais típicos (Fig. 1), os elétrons de valência estão fracamente ligados ao
núcleo do átomo, sendo desta forma considerados elétrons delocalizados; ou seja, eles
têm uma probabilidade igual de estar associados a qualquer um de um grande número
de átomos adjacentes. Essa delocalização está associada ao material todo, levando a
uma nuvem de elétrons.
Em termos do modelo de bandas eletrônicas de um metal (Fig. 2), os orbitais
mais externos (no caso do sódio sólido, é o nível de energia 3s) estão parcialmente
preenchidos, o que leva a formar uma banda de energia pseudocontínua, chamada de
banda de valência. Os elétrons desta banda são facilmente promovidos para níveis de
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energia superiores desocupados (banda de condução). A disponibilidade de níveis
desocupados em átomos adjacentes gera uma alta mobilidade dos elétrons de condução,
conhecidos como elétrons livres, através do sólido.
1.2 Cerâmicas
As cerâmicas apresentam ligações iônicas fortes e não direcionais, sendo o
resultado de transferências de elétrons de um átomo para outro (Fig. 3). O átomo que
doa elétrons é um cátion (Al3+), e o átomo receptor de elétrons é um ânion (Cl2-).
A ligação iônica é devida à atração coulombiana entre os íons de cargas opostas.
Os átomos têm seu orbital mais externo totalmente preenchido, não disponibilizando
então nenhum elétron livre para a condução elétrica. As cerâmicas são então, em sua
grande maioria, isolantes.
Al2O3
Eletropositivo
Eletronegativo
Al 3+ O 2-
Fig. 3. Ligação iônica entre átomos de alumínio e oxigênio.
1.3 Polímeros
Nos polímeros estão presentes as ligações covalentes, que são altamente
direcionais, e são resultantes do compartilhamento cooperativo dos elétrons de valência
entre dois átomos adjacentes.
No caso do átomo de carbono isolado, a banda de valência corresponde ao nível
de energia híbrido sp3, que está preenchido apenas pela metade. Já para um átomo de
carbono ligado covalentemente com outros átomos adjacentes (Fig. 4), a banda de
valência está totalmente preenchida.
Promover elétrons para níveis de energia acima do nível sp3 em um átomo de
carbono exige que se vá além das regiões de energia proibida. Ou seja, a promoção de
um elétron da banda de valência para a banda de condução só ocorre quando se
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ultrapassa o espaçamento entre as bandas de energia Eg (Fig. 5). Como para os polímeros o espaçamento entre bandas é maior que 2 eV, não há energia térmica que promova um número significativo de elétrons para a banda de condução, tornando os polímeros isolantes elétricos.
Fig. 4. O diagrama de níveis de energia para os elétrons orbitais em um átomo de C12 ligado covalentemente com átomos adjacentes (elétrons em laranja).
Fig.
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