Projetos de Máquinas - Torno para madeira

1. Apresentação 1.1. Introdução  

Os tornos para madeira são comumente utilizados em marcenarias e projetos que demandam um acabamento artesanal, mas em sua maioria, são de construção caseira e sem recursos industriais de fabricação ou normas técnicas, o que causa grande risco aos seus operadores.  

O projeto proposto tem como finalidade viabilizar e atender as necessidades diárias de um marceneiro ou até mesmo de um artesão, garantindo a este profissional uma máquina que visa estabilidade, robustez, durabilidade, segurança e baixo custo de manutenção aliado a um excelente desempenho. Pode ser aplicado na produção de objetos ricos em acabamento e detalhes em diversas variedades de madeiras.  

O torno para usinagem de madeira torna-se viável por ter mecanismos simples de funcionamento e construção, o que ainda, suplementa o custo de produção e de manutenção da máquina. Para o consumidor, torna-se também um investimento possível, visto o trabalho diferenciado realizado pelo torno e o valor atribuído aos produtos finais desenvolvidos por este equipamento.  

1.2. Justificativa  

Com o aumento da construção civil nos últimos anos, houve de igual forma um crescimento na procura de aberturas e mobílias. Ainda que, exista materiais substitutos da madeira no mercado, como o alumínio ou os polímeros, as áreas de reflorestamento e a procura por esta matéria prima é crescente. A madeira proporciona diversas vantagens na construção de janelas, portas, móveis e até artesanatos dependendo de sua natureza: beleza, fácil limpeza, manutenção, resistência, valor econômico, isolante térmico e acústico natural, além de fácil usinagem.  

O torno para madeira pode desenvolver trabalhos industriais e artesanais. Tem a possibilidade de tornear diferentes madeiras, de diferentes espessuras. Com a utilização simples e fácil, pode produzir desde pequenos peões de brinquedos até peças de cadeiras e mesas, detalhes de portas e janelas ou corrimãos de escadas. Tem a possibilidade de utilizar diferentes tipos de formões encontrados facilmente no mercado

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e até de efetuar furos centralizados. Também facilita o lixamento da madeira para dar o acabamento final conforme desejado.  

Além das características específicas da máquina, não podemos deixar de pensar na indústria madeireira como um todo e levar em consideração as condições de mercado, exportação, e crescimento do setor. Afinal nosso produto tem a finalidade de formar peças a partir de uma matéria prima, a madeira.  

Segundo os professores M.Sc. Fernando Cardoso Lucas Filho, Prof. Dr. Lourival Boehs da revista da madeira:

A falta de competitividade na indústria de móveis brasileira, quando comparada aos grandes centros exportadores do setor, aponta para causas como ausência de design próprio, falta de certificação da madeira, organização industrial excessivamente verticalizada e baixa eficiência dos processos de transformação da madeira em peças e componentes. Esse quadro é mais evidente nos segmentos de móveis residenciais, confeccionados a partir da usinagem da madeira maciça. (FILHO, Fernando Cardoso Lucas; BOEHS, Lourival. 2007.)

Temos o dever de contribuir da melhor forma possível para o aprimoramento das industrias e máquinas. Acreditamos que a “baixa eficiência dos processos de transformação da madeira em peças e componentes” está alienada aos equipamentos responsáveis pelo processamento desta matéria prima. Cabe então, a nós engenheiros, desenvolver máquinas que possam contornar este problema na indústria madeireira e auxiliar para o aumento da competitividade nas exportações de produtos manufaturados e originários da madeira.  

1.3. Objetivos 1.3.1. Objetivo Geral

O projeto visa desenvolver uma ferramenta que possa servir como hobby ou atividade profissional, tornando assim uma maneira de expressar o potencial criativo e uma real possibilidade de transformar o trabalho com madeira em arte. Tudo isto aliado a um equipamento seguro, ergonômico e de construção confiável para que os riscos possam ser minimizados.  

Segundo o site Nações Unidas no Brasil, o país tem apresentado avanços na redução do desmatamento da Amazônia e do Cerrado. Ainda assim, de 1990 a 2015, o Brasil registrou uma redução de quase 55 mil hectares no tamanho de suas florestas (ONU. 2016). Por isso estamos ainda, construindo um projeto que possa ser

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autossustentável. Isto é, uma máquina na qual podemos fazer um reaproveitamento de madeiras que seriam descartadas em outras operações, e ainda, a reutilização das serragens resultantes do processo de usinagem da madeira para confecção de adubos ou camas de animais.  

Ainda que nosso projeto não vire um protótipo, desejamos que ele possa servir de base para futuros programas e estudos, sejam eles acadêmicos ou empresariais. Temos total convicção da viabilidade e diferencial da máquina por ser pouco explorada no mercado nacional.  

1.3.2. Objetivos Específicos

 Projetar uma máquina competitiva no mercado  Oferecer segurança e ergonomia ao operador  Utilizar materiais de qualidade na fabricação  Reduzir ao máximo o custo de construção  Reduzir o custo e a frequência de manutenção  Reduzir o custo de utilização  Elaborar um equipamento versátil  

 

1.4. Dados de Partida  

Potência do motor elétrico: ½ CV (370 W)

Consumo de energia elétrica: 0,37 Kw/h (em potência máxima)

Rotação máxima do motor: 1700 RPM

Tensão de entrada: 220V – 60Hz

Transmissão: Correias/polias e acoplamento de engrenagens

Sistema de segurança: Embreagem

Velocidades: Variável (velocidade máxima de 2700 RPM)

Dimensão total (comprimento x largura x altura): 1520 x 380 x 410 mm

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Torneamento máximo (comprimento x diâmetro): 1000 x 300 mm

Peso total do torno: em média 50 Kg

Diâmetro da placa: 101,6 mm

Números de castanhas da placa: 3

Sistema de trabalho: manual  

1.5. Condicionamento legal (Normas)

 

Associação Brasileira de normas técnicas.

ABNT NBR ISO 2768-1:2001 - Tolerâncias gerais  Parte 1: Tolerâncias para dimensões lineares e angulares sem indicação de tolerância individual.