QUALIDADE DE GRÃOS DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE COLHEITA
Por: Rosecler Pinto • 26/10/2019 • Monografia • 5.826 Palavras (24 Páginas) • 181 Visualizações
QUALIDADE DE GRÃOS DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE COLHEITA
Primeiro AUTOR1*, Segundo AUTOR2, Terceiro AUTOR3, ...
1Nome do Departamento/Instituto, Nome da Instituição/Empresa, Cidade, Estado, País.
2Nome do Departamento/Instituto, Nome da Instituição/Empresa, Cidade, Estado, País.
3Nome do Departamento/Instituto, Nome da Instituição/Empresa, Cidade, Estado, País.
*E-mail: autorparacorrespondência@exemplo.com.br
Recebido em mês/ano; Aceito em mês/ano.
RESUMO: Nesta pesquisa o objetivo foi avaliar o efeito do retardamento da colheita, sobre a qualidade de grãos de soja colhidos em áreas submetidas à aplicação de herbicida dessecante e que não receberam esse manejo. Os experimentos foram conduzidos com a cultivar TMG 132RR na safra 2014/2015. Uma parte da área destinada ao experimento foi submetida a aplicação do herbicida dessecante e outra parte não foi submetida a este manejo. Cada amostra colhida, de ambos os tratamentos, foi submetida a avaliação da qualidade por meio da análise de massa específica aparente, massa de mil grãos, condutividade elétrica, cor, teor de água, germinação e classificação dos grãos. Pelos resultados obtidos pode-se concluir que o retardamento da colheita causa perda qualitativa nos grãos de soja tanto quando as culturas são submetidas ao dessecamento ou quando não são submetidas à esse manejo, proporcionando redução da massa específica aparente, massa de mil grãos, perda da cor característica, aumento dos avariados, redução da germinação e do vigor.
Palavras-chave: Glycine max L., herbicida dessecante, propriedades físicas, retardamento da colheita.
SOYA BEANS QUALITY IN DIFFERENT HARVEST TIMES
ABSTRACT: In this research the objective was to evaluate the effect of delaying the crop on the quality of soybeans harvested in areas subjected to herbicide application wich did not receive this management. The experiments were conducted with the cultivar TMG 132RR in the 2014/2015 crop. A part of the area for experiment was subjected to application of herbicide and desiccant elsewhere was not subject to this management. Each sample taken of both treatments was subjected to quality evaluation by means of the bulk density analysis thousand grain weight, electrical conductivity, color, maisture content, and classifying grain germination. From the results it can be concluded that the delay in harvesting because qualitative loss in soybeans so when crops are subjected to desiccation or are not subject to this management, providing reduced bulk density, thousand grain weight, loss of color feature, rising damaged, reduced germination and vigor.
Keywords: Glycine max L., desiccant herbicide, physical properties, harvest delay.
1. INTRODUÇÃO
A soja (Glycine max L.) é considerada uma das mais importantes culturas agrícolas em todo o mundo, sendo o Brasil o segundo maior produtor dessa oleaginosa, possuindo um vasto desenvolvimento e incremento tecnológico sobre essa espécie (SEDIYAMA, 2009). Dentre as inúmeras pesquisas que visam aumento da produtividade, vários fatores ambientais são levados em consideração, entre estes a temperatura, a precipitação pluvial, a umidade relativa do ar, a umidade do solo e o fotoperíodo, visto que a época de semeadura exerce influência decisiva sobre a quantidade e a qualidade da produção final (MOTTA et al., 2000).
A soja foi uma das principais responsáveis pela introdução do conceito de agronegócio no Brasil, tanto pelo volume físico e financeiro, tanto pela necessidade dos produtores em administrar as atividades que a compõem, como os fornecedores de insumos, processadores da matéria-prima e negociantes (BRUM et al., 2005).
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na safra 2014/2015, o Brasil deve registrar novo recorde na produção de soja e caso não estivesse ocorrido os problemas devido à estiagem, esta produção poderia ser ainda maior. Com isso, a produção nacional de soja deverá ser de aproximadamente 95,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 10,5% em relação à safra 2013/2014 (IBGE, 2015).
O forte crescimento tecnológico voltado para a produção de sementes e a utilização de insumos são um dos principais fatores que possibilitaram aumentar o desenvolvimento e a qualidade da produção da soja, reduzindo os riscos e minimizando o custo de produção. Esses fatores são considerados essenciais para uma maior produção e consequentemente maior lucro para os agricultores e benéficos à economia do país, permitindo maior renda e emprego (TERASAWA, 2008).
A colheita da produção de soja é feita durante os meses de janeiro e março, dependendo da variedade plantada. No centro-norte de Mato Grosso, e em várias outras regiões do estado, esse período é caracterizado por um elevado volume de chuvas, o que dificulta a colheita mecanizada da soja, acarretando perdas na produção.
É considerado como ponto de colheita ideal da soja quando a mesma atinge a maturidade fisiológica, ou seja, quando o grão apresenta máximo poder germinativo, vigor e peso de matéria seca, apresentando um teor de água entre 30 a 65%, o que inviabiliza a colheita mecanizada, pois, o teor de água ideal para a colheita mecanizada deve variar entre 13 e 15%. Já o retardamento da colheita após o ponto de colheita ideal, poderá ocasionar a deterioração do grão devido a exposição ao ataque de pragas e à intempéries climáticas, podendo seu teor de água ficar abaixo dos 12,5%, tornando o grão duro e quebradiço, aumentando os danos durante a colheita (SEDIYAMA, 2009).
Entretanto, variações de temperaturas, acompanhadas de altos índices pluviométricos e flutuação de umidade relativa do ar, nas fases de maturidade fisiológica e pré-colheita da semente, podem ocasionar perdas na qualidade física, fisiológica e sanitária (COSTA et al., 2001). Desta forma, a produção de grãos com qualidade requer, entre outras recomendações, que o produto seja colhido e pré-processado o quanto antes, visando minimizar as perdas ocasionadas no campo pelos ataques de insetos e microrganismos.
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