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Qual A Influência E Avanços Tecnológicos E Dos Polos Educacionais Na Migração Atuais

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Por:   •  22/11/2014  •  2.112 Palavras (9 Páginas)  •  370 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Desde os meados da década de 70, a população do planeta pode sentir as grandes transformações que ocorreram no processo produtivo e nas relações de trabalho. Tais mudanças devem-se às grandes alterações no padrão de industrialização fordista, nos países centrais. Frente à crise que se instaurou, o capital respondeu com o neoliberalismo e a reestruturação produtiva, ocasionando mudanças intensas no âmbito trabalhista, o desemprego estrutural, a precarização do trabalho, etc.

No Brasil, dos anos 90 as mudanças foram intensas, com um impactando profundamente os processos de produção, reprodução e gestão da força de trabalho. Alguns problemas se tornaram bastante presentes e constantes, como a queda do emprego formal, a contração dos salários e a precarização das relações de trabalho.

Tais fatores levaram a uma nova divisão social trabalhista, já que não somente o chefe de família, mas outros membros tiveram que concorrer no mercado de trabalho, em vista da falta de empregos e do achatamento do salário, dessa forma, o que se viu, à partir da década de 70 e, principalmente nos anos 90, é que a porcentagem de outros membros da família que se tornaram provedores aumentou consideravelmente. E aumentou também o número de mulheres trabalhando, o que originou uma nova e diferenciada estrutura familiar, com famílias uno parentais, ou ainda aquelas onde a mulher passou a ser chefe de família, por ser o principal provedor, havendo ainda vários outros tipos de estrutura familiar, conforme podemos observar ao longo deste trabalho.

2. DESENVOLVIMENTO

A reestruturação produtiva e a divisão social do trabalho.

Levando-se em consideração a crise oriunda da estruturação produtiva que assolou o país desde a virada dos anos 70/80 até hoje, é possível perceber, com grande clareza as transformações nas relações de trabalho sofridas pela população global no período observado. Essas mudanças vinculam-se às grandes alterações no padrão de industrialização fordista, consolidado no pós-guerra nas nações capitalistas avançadas.

Esse paradigma, que vigorou desde o pós-guerra até o início dos anos 70, vem, gradativamente perdendo terreno para um novo padrão de produção, o qual, segundo Guimarães (2002) “depende cada vez mais de sua capacidade de inovação, de melhores produtos e de melhorias no processo de produção, de maneira a assegurar maior flexibilidade e elevação da produtividade." Esse contexto, originou novos modelos de relações industriais que tinham capacidade de enfrentar as novas condições da economia mundial deste final de século, dando, dessa forma, configuração a uma nova divisão internacional do trabalho a qual alteraria profundamente a sua divisão espacial, técnica e social.

Ao longo dos anos 90, o processo de desestruturação do mercado de trabalho foi intensificado, ao serem destruídos cerca de 3,3 milhões de postos de trabalhos formais, segundo os dados do Cadastrado Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho. Sendo que os setores mais atingidos foram os das indústrias de metalurgia, têxtil, mecânica, química e produtos farmacêuticos e material de transporte.

E em 1995, com a subida de Fernando Henrique Cardoso ao poder federal, só na construção civil houve uma queda cerca de 322 mil empregos formais. Houve também uma redução de empregos no setor financeiro de cerca de 345 mil vagas. Conforme observa Guimarães (2002), Apenas o sub setor de serviços apresentou um comportamento positivo (alojamento, alimentação, reparação e diversos), com a criação de cerca de 160 mil postos de trabalho .

Além do desemprego, houve também o aumento da precarização das relações de trabalho, com a elevação do indice do trabalho sem carteira assinada e de trabalho informal. À parte isso, houve ainda a preservação dos baixos salários e, sobretudo, a ampliação das diferenças de rendimentos dos ocupados, além de se acentuar a queda dos níveis de sindicalização.

Essa derrocada nas possibilidades de entrada no mercado de trabalho, nos anos 90, provocou a maior queda dos rendimentos, quando houve novamente as diminuição da atividade econômica no inteiro. Esses fatores causaram uma grande alteração na renda familiar per capita, o que forçou a população a procurar soluções para o enfraquecimento de sua renda média, assim, outros membros da família passaram a disputar o já tão concorrido mercado de trabalho, havendo então uma profunda transformação na divisão social do trabalho, já que em muitos casos a maior parte da renda familiar já não vinha mais do homem, considerado o provedor da família e conseqüentemente, detentor do título de “chefe”,mas sim, dos filhos, que passaram a disputar as vagas de emprego cada vez mais novos e, em um nível que cresceu bastante, a cônjuge, passou a colaborar bastante com a renda familiar, tornando-se, até, em alguns casos, a provedora da família.

2 – As relações familiares na contemporaneidade

A chegada da era moderna foi um marco profundo na história da humanidade, pois deu origem a um jeito diferente e novo de se observar e “viver” o mundo. A sociedade moderna se diferencia das anteriores principalmente no tocante às relações sociais.

Vivemos, no mundo contemporâneo, uma nova ordem social , em que a família aparece em um formato completamente diferente daquele que tinha nas sociedades pré modernas.

Conforme Torres e Yacoub (2012, p. 2) “o nome família continua o mesmo, mas em seu interior, a família se modificou completamente.” Mesmo com essa visão, família continua a ser o segmento social onde se pode estabelecer as mais várias formas de convivência humana, sempre possuiu papel de relevada importância na organização do sistema social. Em grande parte dos estudos antropológicos, a família tinha a sua estrutura própria, na qual o membro mais velho, o patriarca, possuía poder total sobre os demais.

Em função das mudanças na organização familiar, outros arranjos passaram a acontecer entre os seus membros. Se antes a figura paterna era imposta como a de principal poder dentro da família, as vontades e a palavra do pai não admitiam contestação, com o passar do tempo, essa autoridade perde força, dando lugar a um pai mais afetuoso e tolerante, representado pela compaixão.

Aos poucos a posição de autoridade do pai é diluída e complementada por outras instâncias como o Estado e a Nação, abrindo-se assim espaço para a figura do feminino, com a revolução

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