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RELATÓRIO TÉCNICO OTIMIZAÇÃO NA COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Por:   •  24/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.486 Palavras (10 Páginas)  •  365 Visualizações

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PROJETO APLICADO

INSTITUTO POLITÉCNICO - Centro Universitário UNA

RELATÓRIO TÉCNICO

OTIMIZAÇÃO NA COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE.

CURSO: Engenharia de Produção

Kevin Soares, Letícia Moreira, Paulo Ischaber, Rayelle Costa, Renata Nonato e Thaynara Claudia

Professor: Carla Julio da Silveira Brizon

RESUMO: Resíduos sólidos de qualquer natureza devem ser descartados de forma correta devido aos problemas causados se o mesmo não for tratado e destinado adequadamente. No caso dos resíduos de saúde, o gerenciamento de resíduos deve ser implantado e implementado em qualquer estabelecimento que preste serviço de atenção à saúde, pois se não for bem recolhido e destinado pode gerar riscos à saúde da população. Uma das soluções é aperfeiçoar a coleta desses resíduos, onde o tratamento adequado do mesmo possa diminuir custos e o risco de contaminação da população.

  1. INTRODUÇÃO

A nossa civilização chega ao limiar do século XXI como a civilização dos resíduos, marcada pelo desperdício e pelas contradições de um desenvolvimento industrial e tecnológico sem precedentes na história da humanidade. (Ferreira, 1995).

A influência do manejo inadequado dos resíduos sólidos urbanos sobre a saúde humana tem despertado a atenção de diversas entidades e profissionais ligados ao saneamento, face à presença nas cidades de inúmeros locais de acúmulo de lixo que propiciam um triste quadro de degradação social e ambiental. (Catapreta e Heller; 1999). No caso dos resíduos de saúde, um gerenciamento ineficiente dos mesmos pode acarretar inúmeros problemas, desde doenças transmitidas à população até contaminação de áreas onde o descarte incorreto dos resíduos é feito.

A coleta atualmente é realizada seguindo os padrões estabelecidos em legislações existentes e de acordo com rotinas estabelecidas no Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde da instituição. Esta informação deve ser de conhecimento de todos que tem acesso aos resíduos sólidos de serviços de saúde, bem como a divulgação e conscientização de todos que atuam nesta área é primordial. O conhecimento sobre os tipos de resíduos gerados no estabelecimento é de suma importância na criação de um programa que avalie as condições desses e a divulgação da forma de tratamento para cada tipologia, conforme classificação contida na RDC nº 33. Dessa forma é possível traçar estratégicas que busquem a minimização de custos para os estabelecimentos de serviços de saúde e atendam as disposições legais, fazendo-se assim um trabalho de divulgação e de orientação aos usuários desse tipo de estabelecimento, que não importando o tamanho, deverá estar adequado. (DA SILVA et al, 2004)

O objetivo do trabalho é por meio de estudos logísticos otimizar rotas para uma coleta eficiente de resíduos sólidos de saúde, em estabelecimentos

públicos de uma determinada região de Belo Horizonte. A partir dos dados coletados e utilizando recursos da área de pesquisa operacional, serão realizados estudos para determinação do melhor trajeto, com o menor custo para suprir a necessidade da coleta dos resíduos da região.

Pretende-se identificar os parâmetros que comprovem que as rotas encontradas são mais eficientes que as atuais. A situação em estudo será modelada, seguindo o exemplo do problema do caixeiro viajante, que consiste em encontrar a menor rota para atender todos os locais visitando uma única vez cada ponto, sem passar duas vezes pelo menos ponto.

Após o estudo do trajeto, será definido o melhor local para o descarte e a incineração dos resíduos, de modo que sejam devidamente destinados em locais apropriados conforme legislação vigente.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO
  1.  Resíduos Sólidos.

Resíduos sólidos são definidos como resíduos nos estados sólidos e semissólido, que resultam de atividade industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição. Incluem-se, também, nessa definição os lodos provenientes de sistema de tratamento de água, aqueles gerados em sistema ou tratamento de controle de poluição, dentre outros (ANVISA, 2006).

De acordo com IPT/Cempre (2000), os resíduos sólidos podem ser classificados de várias formas:

1) por sua natureza física: seco ou molhado;

2) por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica; 3) pelos riscos potenciais ao meio ambiente;

4) quanto à origem.

Mas as normas e resoluções vigentes classificam os resíduos pelos possíveis riscos gerados ao meio ambiente e a saúde da população, desde modo o presente artigo irá tratar dos resíduos de serviços de saúde que são parte importante do total de resíduos sólidos urbanos, não necessariamente pela quantidade gerada (cerca de 1% a 3% do total), mas pelo potencial de risco que representam à saúde e ao meio ambiente Os RSS (Resíduos Sólidos de Saúde) ocupam um lugar de destaque e merece atenção especial em todas as fases de seu manuseio (separação, condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final) por oferecer graves riscos e apresentarem componentes químicos, biológicos e radioativos.

Os RSS são classificados em função de suas características e consequentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde. De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e Resolução CONAMA no 358/05, os RSS são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E como mostrado na Tabela 1.

Tabela 1: Tabela de Classificação dos RSS

GRUPOS

CARACTERÍSTICAS DOS RESÍDUOS

Grupo A

Engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras.

Grupo B

Contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Ex: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros.

Grupo C

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, como, por exemplo, serviços de medicina nuclear e radioterapia etc.

Grupo D

Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Ex: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.

Grupo E

Materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares.

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